Lembra daqueles programas infantis que tinha uma apresentadora, ou apresentador, que fazia brincadeiras, ensinava coisas e passava desenho?
Xuxa 1986 png. Mariane Dombrova png. Mara Maravilha png. Angélica png. Eliana png. |
Era tão legal, e de repente acabou. Veja abaixo porque é que eles sairam do ar. Para começar vamos até o início da década de 80.
O Bozo entrou no ar em rede nacional, em 1981, quando o SBT estreou. O infantil reinava absoluto pelas manhãs até a estreia do Xou da Xuxa, em 1986. Vários apresentadores vestiram a fantasia do palhaço, o último foi Décio Roberto que permaneceu no comando da atração até 1991, quando o programa foi extinto dada a dificuldade que a emissora enfrentava para renovar os direitos de imagem do personagem e pela saúde debilitada do artista que acabou falecendo no mesmo ano.
Diante do sucesso do Bozo, no SBT, os diretores da Globo resolveram criar um programa infantil com tema de circo também, e assim a Simony do grupo Balão Mágico foi convidada para estrelar o programa com o mesmo nome do trio, que entrou no ar em 1983. Os personagens Fofão e Cascatinha foram criados para auxilia-la e mais tarde os outros dois integrantes, Mike e Tobe, passaram a atuar na TV também.
A Globo continuava perdendo no IBOPE para o SBT e com a popularidade da Xuxa em alta viram nela uma opção de reforço para as manhãs da emissora. A apresentadora dividiria a grade com o Balão Mágico, mas Simony não gostou da ideia e resolveu deixar o programa. Sem ela, o Balão Mágico se manteve no ar apenas enquanto eram feitos os ajustes necessários para a estreia do Xou da Xuxa, sendo extinto em junho de 1986.
Em junho de 1983 a então modelo Xuxa Meneghel estreou como apresentadora do Clube da Criança na Rede Manchete. Ela popularizou um jeito diferente de fazer programa infantil e chamou a atenção dos diretores da Globo que a convidaram para apresentar um programa lá. Ela aceitou, dando fim ao Clube da Criança pela primeira vez.
Em 1986 Xuxa assinou contrato com a Globo e na metade do ano estreou o seu bem-sucedido Xou da Xuxa, liderando a audiência na faixa da manhã. O programa fez tanto sucesso que foi reproduzido até no exterior, fato que culminou no fim da atração no Brasil, pois diante de tantos convites e oportunidades para estender a sua carreira a nível internacional, a rainha dos baixinhos precisava abrir espaço em sua agenda. O melhor infantil da TV chegou ao fim no final de 1992.
Ao deixar a TV Globo, Simony foi para a Rede Manchete e estreou um programa chamado Nave da Fantasia quase nos mesmos moldes do Balão Mágico e esteve no comando da atração por aproximadamente um ano.
Com a saída de Simony, o diretor Mauricio Sherman colocou a Angélica em seu lugar. Ele a havia conhecido durante a audição de um grupo musical infantil na emissora e resolveu contratá-la, no entanto, sua passagem pelo infantil foi curta, pois Adolpho Bloch, o dono da Rede Manchete, não estava satisfeito com a audiência do mesmo e pediu que acabassem com ele de uma vez, demitindo todo o elenco. Esse foi o fim da Nave da Fantasia.
Silvio Santos, vendo que a fórmula do Xou tinha dado certo, resolveu criar a sua própria Xuxa. Ele pediu que produzissem um programa similar para Mara Maravilha que já tinha apresentado alguns quadros na emissora, além de fazer parte do júri do Show de Calouros com o Silvio Santos e de ser repórter do Viva a Noite com o Gugu. Assim, em abril de 1987 estreou o Show Maravilha nas tardes do SBT, superando todas as expectativas.
O programa tinha praticamente a mesma audiência do Xou da Xuxa, mas não era uma concorrente direta porque passava em horário diferente. Apesar das várias mudanças de horários e reformulações, manteve-se no ar até 1994 e acabou por decisão de Mara, pois a direção da emissora queria cortar gastos e o infantil passaria por uma reforma radical perdendo a plateia, os assistentes de palco e até mesmo o cenário convertendo-se em uma sessão de desenhos. É claro que a apresentadora não aceitou e assim chegou ao fim o bem-sucedido Show Maravilha.
Ainda em 1987, Silvio Santos resolveu ampliar a grade infantil da emissora e encomendou um programa para Sergio Mallandro que, assim como Mara, já estava no SBT e havia atuado em várias atrações. Ele estreou o OraduKapeta, dividindo a faixa da manhã com o Bozo.
Sergio Malandro comandou o infantil até 1990, quando gravou o filme Lua de Cristal com Xuxa e assinou contrato com a TV Globo, dando fim ao Oradukapeta.
Na Rede Manchete, o diretor Sherman desobedeceu o patrão e poupou a Angélica mantendo-a meio escondida na emissora, colocando ela no ar em horários que Adolpho Bloch não assistia TV. A adolescente atuou no programa Shock, nas tardes de sábado, até o Clube da Criança voltar a grade, em outubro de 1987.
Angélica comandou a melhor fase do infantil, mas em 1992, diante das dificuldades financeiras da emissora e dos convites que recebia da Globo e SBT, aceitou o convite de Silvio Santos rompendo o contrato com a Manchete no comecinho de 1993. Assim o Clube da Criança acabou pela segunda vez.
Em 1988, Silvio Santos presentou a Simony com o programa Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony, com um lindo cenário e mais conceitual do que todos os infantis existentes no momento, mas não durou muito tempo.
A audiência não estava satisfatória e a Simony deixou a entender que estava sendo boicotada, disse que alguns assistentes de palco apareciam mais do que ela e que não estava gostando do formato do programa porque não podia ser muito natural. E assim, Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony chegou ao fim.
Em 1989, com a saída da Simony, Mariane Dombrova assumiu o comando do programa que passou a se chamar Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si, que teve mais um ano de vida, pois em 1990, a apresentadora ganhou um programa com o seu nome e o Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si chegou ao fim.
Em 1990, Simony ganhou um novo programa, o Show da Simony que passava às 7h30 da manhã e tinha em média três pontos de audiência, com pico de seis, o que para a faixa do horário era maravilhoso, mas um ano depois ela preferiu direcionar sua energia para a carreira musical e assim chegou ao fim o Show da Simony.
Mariane estreou o programa que levava o seu nome no dia em que fez aniversário, 7 de setembro de 1990, e ficou um ano o comando da atração. Nessa época o SBT passava por uma crise financeira e não atendia os pedidos da apresentadora para melhorias em seu programa, então resolveu cortar o cabelo.
Sua atitude foi reprovada por Silvio que resolveu castiga-la colocando-a no horário que antes era da Simony. Pouco tempo depois, em 7 de setembro de 1991, ela foi demitida. E assim se acabou o programa Mariane.
Foi nesse ano, 1991, que a Eliana foi convidada para fazer teste como apresentadora, até então ela era integrante do grupo musical Banana Split. A gravação foi feita no cenário do programa da Mariane e teve Cristina Rocha como concorrente, mas foi a escolhida para ocupar um horário na faixa da manhã e estreou o Festolândia.
O programa não vingou. Não deu o resultado esperado e era caro para mantê-lo no ar. Primeiro se tornou semanal, mas depois de quatro meses depois saiu do ar. Foi assim que acabou o Festolândia, por falta de audiência.
Em 1992, o programa Show do Mallandro, que era um musical nas tardes de sábado, se converteu em infantil e diário. Ia ao ar às 8h da manhã, antecedendo o Xou da Xuxa. Nesse ano a Xuxa decidiu acabar com o seu programa e com a sua saída, o Sergio Mallandro também saiu do ar, pois a emissora optou por renovar a grade com um novo formato para as crianças, e assim acabou o Show do Mallandro.
Em 1993, influenciada pelo sucesso da série Família Dinossauros, a Rede Globo estreou o programa TV Colosso, que era apresentado completamente por bonecos e ocupava toda a faixa da manhã. Há informações de que a atração duraria poucos meses, até que Angélica estive pronta para estrear na emissora, mas ela acabou indo para o SBT.
A cachorrada fez a festa até a metade de 1996, quando Angélica não renovou com o SBT e assinou contrato com a Globo, estreando nas manhãs. Os produtores do infantil não tiveram seus contratos renovados e alguns episódios foram reprisados, saindo totalmente do ar no final do ano. Assim se acabou a TV Colosso.
Em 1993, a atriz Mylla Christie aceitou o desafio de comandar o Clube da Criança na Rede Manchete com uma linguagem circense. Mas diante das dificuldades financeiras, diferente dos anos anteriores, a emissora apenas cedeu a sua estrutura sem compromisso de pagar salários para a apresentadora, ficando a seu cargo a busca por anunciantes. Nesse período Mylla lançou um álbum musical e se manteve no comando da atração até meados de 1994, dando fim ao Clube da Criança pela terceira vez, com menos de um ano desde a sua estreia.
Depois de dois anos apresentando desenhos animados diante de uma tela de chroma key no SBT, Eliana estreou em agosto de 1993 um programa mais bem elaborado diferente dos formatos que dominavam as emissoras, o Bom Dia & Cia. O programa passou por várias reformulações ao longo dos anos, a primeira ocorreu em 1996, quando se converteu em Eliana & Cia, mantendo o mesmo formato, mas alterando o título. A sua saída do infantil ocorreu em 1998, ao resolver assinar contrato com a Record que lhe oferecia as reivindicações que Silvio Santos negou.
Em 1993, ao entrar no SBT, Angélica faria um programa diferente do Clube da Criança, mas ela não gostou do resultado dos pilotos e uma das justificativas era que perdia o protagonismo na atração. Depois de vários ajustes e troca da equipe de produção, estreou o Casa da Angélica no bom e velho formato do Xou da Xuxa que durou até 1996. No último ano, o infantil teve o seu tempo de duração reduzido a meia hora e foi transferido para às 7h30 da manhã, já que pela tarde a apresentadora comandava outros dois programas, o Passa ou Repassa e o TV Animal.
Com o fim do contrato, Angélica optou por aceitar o convite da TV Globo, dando fim ao Casa da Angélica.
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