Mostrando postagens com marcador Girl Band. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Girl Band. Mostrar todas as postagens

Trio Maravilha

Em 1986, A Xuxa popularizou um modelo de programa infantil que deu muito certo e fazia muito sucesso em cada emissora que passava e com cada apresentador que assumia o comando da atração. Mas cada um tinha a sua personalidade, a sua identidade, e foi de um desses programas, aliás, de um dos melhores programas infantis da época, que surgiu o grupo Trio Maravilha.

O Show Maravilha estreou em 1987, e tinha o jardim como tema. De elementos cenográficos havia basicamente o sol, umas nuvens que passavam pela frente dele, vários banquinhos em formato de flor e o trenzinho que andava em círculo ao redor desse jardim. Por essa razão, as assistentes de palco da Mara, que comandava o programa, eram borboletas. Além delas tinha o Paulinho que era o maquinista do trem.

Gradativamente o cenário foi ganhando mais elementos, como um carrossel em formato de cogumelo, um balão, e alguns brinquedos mais. E o programa foi ganhando mais personagens, como o palhacinho Tira-Gosto, o Banana e o Chocrível. Mais tarde, beeem mais tarde, surgiram os Marotos, mas até eles chegarem as Borboletas passaram por uma metamorfose.

A primeira formação do Trio Maravilha foi composta por Valesca, Angélica e Danielle.

A mais antiga das três integrantes é a Danielle. Ela fazia balét na escola da Maria Lucia Perossi que criava coreografias para os artistas do SBT e também integrava o casting da agência Print, a mesma em que Angélica e Rodrigo Faro participavam, e através da agência fez várias publicidades para a TV, além de participações em alguns programas do SBT.

O Show Maravilha estreou em abril de 1987, Danielle começou a trabalhar como assistente de palco já na metade do ano quando estreou o programa Oradukapeta. Ela foi escolhida para integrar o elenco do infantil comandado por Sérgio Mallandro como uma das meninas que basicamente dançavam no palco, não era exatamente uma assistente de palco, era uma figurante. E a Marileide, mãe da Mara, a viu nos corredores do SBT e a levou para o Show Maravilha para substituir a borboleta Vanessa, que estava doente, e nunca mais saiu do programa. Ou seja, Danielle se tornou a Borboleta vermelha oficial.

A entrada de Valesca Pontinho no Show Maravilha se deu através de um convite do diretor do programa que a viu em uma foto da agência de modelo na qual Danielle integrava o casting. Ele perguntou se Dani a conhecia e se a menina era muito mais alta do que ela. Vendo que a pequena modelo se encaixava no perfil do infantil, convidou-a para se juntar ao grupo das Borboletas.

Como a ideia era que as Borboletas tivessem um aspecto infantil aquelas meninas que se desenvolviam mais fisicamente passavam o cargo para outras, no entanto, como a Mara não queria se desfazer do seu elenco criava outras categorias para não ter que despedir ninguém. Assim surgiu o grupo das Gatinhas. Então, Gatas e Borboletas passaram a conviver harmoniosamente no mesmo jardim.

Danielle recebeu o traje de Gata branca e Valesca de Gata Rosa, mas um tempo depois ela voltou a vestir a roupa de Borboleta. E foi mais ou menos nessa fase que Angélica Castelhano entrou para o elenco do programa. Ela estava com sua mãe nos estúdios do SBT quando Marileide a viu nos corredores e a convidou para ser uma das borboletas do Show Maravilha. O primeiro uniforme que ela vestiu foi amarelo, mas apenas na primeira gravação, porque segundo Marileide a cor não lhe favorecia, então passou a usar o uniforme vermelho.

Depois da fase das Gatas, Danielle e Valesca receberam um uniforme composto por casaca e cartola, mas elas não tinham um nome específico que as definisse no programa e foi quando a Mara começou a levá-las em suas apresentações na TV. Em uma participação no programa Qual É A Música, Silvio Santos pergunta como elas se chamavam como grupo e a Mara nem sabia o que responder, então o próprio Silvio diz: são as Maretes?

O fato é que havia um revezamento entre as meninas no programa, como aconteceu com algumas que eram borboletas e viraram gatas, teve quem depois de ser gata voltou a ser borboleta... teve menina que foi manejada para o balét do programa, bailarina que passou a ser assistente de palco... A Danielle usou um outro traje com cores mais vibrantes... Não importava muito o que elas faziam no programa, só eram mandadas embora.

Em 1990, Mara criou o selo musical Maravilha Discos e lançou alguns artistas no mercado fonográfico, dos quais Maria Safadinha foi uma das apostas da apresentadora que ganhou destaque e até teve música na trilha sonora da novela Carrossel.

Como o projeto parecia promissor, ela criou o Trio Maravilha com Valesca, Angélica e Danielle. Aí sim, elas deixaram de ser funcionárias do SBT, ou seja, abdicaram do posto de assistentes de palco do Show Maravilha. As três meninas gravaram um álbum musical com 10 faixas que foi distribuído pela Emi-Odeon, a produção artística ficou a cargo da Mara, que dirigiu o ensaio para a capa e o encarte do álbum, e a parte musical a cargo de Lucas Robles, falecido em março de 2021.

No lado A, tem as seguintes músicas: Adivinhação, Bala Balão, Dançando Hula-Hula, Uma Música Lenta que é regravação de 1979 da cantora Lilian, e Dança das Horas com participação dos Marotos, o grupo formado por meninos que seriam lançados também como uma boy band, eles chegaram a gravar algumas músicas, mas nunca tiveram o disco lançado.

E no lado B, tem as seguintes músicas: Dengar, Por Que Não Me Dá Bola, Trio Maravilha, O Medo Não Existe, e Cara de Pau.

Então para deixar claro, outras meninas foram promovidas, ou admitidas, ao cargo de Maravilhas para trabalhar exclusivamente como assistentes de palco do Show Maravilha, mas o trio que gravou o disco deixou de fazer parte do elenco. Era um grupo musical que se apresentava no programa regularmente, no entanto acabavam fazendo parte das gravações apenas como convidadas.

As meninas acompanhavam a Mara em seus concertos ao vivo e tinham também os seus próprios shows, além de se apresentarem em outros programas de TV. O disco foi lançado em 1991, e pouco tempo depois a Angélica deixou o grupo, ela foi substituída pela Alessandra Canteli.

Quando foi convidada a fazer parte do Trio Maravilha a Alessandra integrava o elenco do Show Maravilha, mas antes de trabalhar com a Mara ela já era contratada do SBT, fez parte do programa Bozo. Ou seja, não era só no Show Maravilha que as meninas eram remanejadas de um cargo a outro, isso acontecia entre os programas da emissora.

O Trio Maravilha ficou em atividade até meados de 1992, quando Danielle saiu e o grupo foi extinto. A Valesca também se afastou da TV, e a Alessandra voltou a posição de assistente de palco do Show Maravilha.


Curiosidades


Danielle Parada era a mais parecida com a Mara e até foi confundida com a apresentadora algumas vezes, inclusive por artistas da casa. Ela saiu do grupo por causa de um namorado que tinha ciúmes e não gostava que atuasse no ramo artístico. Dentre as três meninas do trio era a mais avoada, a que estava presente basicamente para se divertir e não seguiu carreira artística, detalhe, foi diagnosticada com TDAH. Em 2015, mudou-se com a família para os Estados Unidos e é bem atuante nas redes sociais, Instagram e Youtube.

Angélica Castelhano se formou em direito e trabalhou por um tempo na área, mas depois resolveu se dedicar aos negócios da família.

Alessandra Canteli é designer de interiores e publicitária, e montou um escritório de arquitetura.

Valesca se formou em direito e saiu da mídia, hoje ela vive em uma cidade do interior de São Paulo.

Para assistir a este conteúdo, clique na imagem abaixo

Banana Split - as últimas gerações

A primeira formação do grupo Banana Split surgiu em 1989, com 4 integrantes, e aguentou enquanto trio até 1993, quando Gugu comprou o nome e testou outras cantoras para uma nova geração. Na verdade as moças não precisavam saber cantar, elas eram avaliadas por outros atributos.

Em 1993 o grupo foi relançado como quinteto formado pela modelo Nina Mayer, pela miss Paraná Liz Vargas, por Adriana Guimarães e Karina que já trabalhavam na TVS, a emissora matriz do SBT, e Mirla Nogueira, a única que tinha experiência na música, ela tinha passado pelos grupos Xenomania, Curva Perigosa e A Patotinha substituindo a Eliana quando a mesma saiu para integrar a primeira formação do Banana Split. Fez backing em estúdios de gravação e jingles para comerciais, além de ter trabalhado com Luciano do Valle na Band no programa Dog Show.

Enquanto o álbum dessa geração não ficava pronto elas performaram músicas que tinham sido gravadas pela formação anterior como a música Vem Brincar de Amor Comigo que tina sido gravada pelo trio da primeira geração, mas não chegou a ser lançada. Todas receberam a proposta de sair na capa da Playboy, mas apenas a Liz aceitou.

Em 1994, Mirla engravidou e deixou o grupo e, detalhe, ela era a única do quinteto que cantava. Após sua saída terminou a faculdade de jornalismo e voltou a trabalhar na TV. Integrou o elenco do Valle Tudo na Band, foi reporter da Federação Paulista de Futebol na Rede TV! e Rede Vida, apresentou o Voo Livre na TV Fênix e o Câmera Aberta no Canal 25, fez curso de dublagem, tirou DRT de atriz e trabalhou em produções de teatro.

Apesar de tudo isso, ficou 15 anos longe da mídia quando esteve casada com um militar que a proibia de fazer qualquer coisa no meio artístico.

Poucos meses depois de sua saída, ainda em 1994, a Karina deixou o grupo.

A nova integrante foi a Luciana Priami e então a trupe voltou a ser um quarteto. As 4, Liz, Nina, Adriana e Luciana lançaram o álbum Forró Mix com 12 faixas, das quais 7 são pout porri, e diferente do primeiro disco do Banana Split em que as meninas faziam solo, não é possível identificar a voz de ninguém, todas as canções foram gravadas por um grupo que canta em uníssono.

As músicas são: faixa 1 - Só Pra Me Namorar. Faixa 2 - Cara de Pau, Tic-Tic Nervoso e Vem Quente Que Eu Estou Fervendo. Faixa 3 - Mexa-Se. Faixa 4 - O Xote das Meninas, Ovo de Codorna e Procurando Tu. Faixa 5 - Parceira de Forro. Faixa 6 - Lero-Lero, É O Ouro e Mente E Corpo. Faixa 7 - Cochilou! O Cachimbo Cai. Faixa 8 - Ainda Queima a Esperanca e Lagrimas Nos Olhos. Faixa 9 - Vai E Vem. Faixa 10 - Biquini de Bolinha Amarelinha Tao Pequenininho e Estupido Cupido. Faixa 11 - Eu So Quero Um Xodo, Bate Coracao e Voce Endoideceu Meu Coracao. E na faixa 12 - Jogo de Cintura e Feira de Mangaio.

Depois o álbum foi relançado com a versão em português da música Macarena do grupo Los Del Rio que estava em alta na época. Curiosamente foi a única música que elas conseguiram fazer sucesso com esse disco.

Em 1995 o grupo se desfez, a primeira a sair foi a Luciana. Ela colocou voz na música Ritmo de Festa do Topa Tudo Por Dinheiro do Silvio Santos e depois tornou-se locutora, audiodescritora, repórter, apresentadora, mestre de cerimônias e produtora.

A Liz Vargas ganhou destaque enquanto ainda estava no grupo ao posar para a revista Playboy em 1994, que, aliás, lhe custou o namoro com o Rodrigo Faro. Depois, ela namorou o cantor Leonardo, com quem tem um filho, o Matheus Vargas, cuja gravidez aconteceu enquanto ainda fazia parte do grupo. Depois posou nua outras duas vezes para a revista Sexy, uma em 1995 e outra em 1997.

A Nina Mayer fez merchandising em programas de TV, foi apresentadora do Liquida Mix, na CNT, e participou do concurso Garota Corpo Dourado no Domingão do Faustão disputando uma vaga como atriz na novela Corpo Dourado.

A terceira formação do Banana Split se inicou em 1997, com a admissão da Marcia Regina Alves. Em 1998, entraram a Mônica Nocete, a ajudante de palco do Celso Portioli Mariana Peres e a modelo Sandra Pascutti que passaram por uma seleção de mais de 1500 meninas promovida pela Promoart. Depois entrou a Adriana que foi admtida através de um concurso realizado no Programa Domingo Legal.

Elas assinaram com a gravadora RGE e lançaram o novo álbum com 12 faixas. São elas: Tão Só Se Vive Uma Vez, 40 Graus, Bate Bate, Margarida, Namoro, A Dança do Melado, Chegou Banana, Sou Mais Você, Mulato Latino, Fantasia, Boca Com Boca, e A Dança do Toca Toca.

Todas as integrantes posaram juntas para a revista Playboy, elas sairam na capa da edição de outubro de 1998. Além disso, Sandra tinha estampado a capa da revista CD Rom Sexy antes de entrar no grupo e depois a revista relançou uma edição especial com ela na Capa. A moça voltou em outra edição, a Sex Way, em 2002, e no mesmo ano a Mônica estampou a capa da Sexy, ela teve o ensaio repetido nas edições especiais da revista.

Em 1999, o grupo fez uma turnê pelo Japão. As 5 integrantes chegaram a gravar algumas outras canções como Dan Dan De que já tinha sido gravada pelo grupo Dominó e Dançando Coladinhho, mas apesar de ter apresentado essas músicas em alguns programas de TV não foram lançadas em nenhum álbum.

Em 2000, Marcia deixou o grupo após se casar com Chitãozinho que faz dupla com o irmão Xororó, ela chegou a anunciar que iria lançar sua carreira solo, porém o projeto não se concretizou. Na época, a Hebe Camargo recebeu em seu programa a Adenair Lima, ex-exposa do cantor, junto com seus filhos, e falaram muito a respeito da separação, inclusive a a apresentadora passou dos limites ao chamar a ex-integrante do Banana Split de amante e garota de programa de luxo. A fala custou um processo de 186 mil e 600 reais a rainha da TV, que faleceu antes de quitar a dívida.

As 4 meninas que ficaram lançaram o segundo álbum dessa geração, ou seja, essa foi a única formação do Banana Split que lançou 2 álbuns. O lançamento aconteceu em 2001, intitulado Som Caliente, com 12 faixas, das quais 3 são regravações. São elas: Te Quero Baby que é a regravação da música gravada pela geração anterior, Eu Sou Free que é uma regravação do grupo Sempre Livre dos anos 80, e Bilú Teteia que é uma regravação do Sergio Mallandro.

As outras músicas são: La Bamba que é versão de uma antiga canção mexicana, e Levantando Suas Mãos, Mexe o Bumbum, A Galera, Cara ou Coroa, Dança do Pula Pula, Vem Dançar, Menina Bonitinha, Rum Com Coca-Cola.

Esse álbum ficou bem melhor do que o anterior! Algumas canções seguem a mesma sonoridade dos grupos de axé e pagode que estiveram em alta na segunda metade da década de 90, e é também o último álbum do grupo Banana Split. No mesmo ano em que foi lançado, em 2001, saíram a Mariana que deixou o ramo artístico e montou um restaurante chamado Padrecito, casou-se, teve 1 filho, depois se separou e passou a trabalhar em uma empresa de sua familia... E  a Sandra que participou em um seriado da Gazeta chamado 20 e poucos anos e também em uma novela na globo. Depois, assim como a colega de grupo, também se casou, teve um filho e se separou, abdicou do ramo artístico e passou a trabalhar em uma loja de carros.

No ano seguinte, em 2002, as outras duas integrantes também sairam, inevitavelmente pondo fim ao grupo. Adriana seguiu o mesmo caminho das colegas que saíram antes, casou-se, teve 1 filho e passou a trabalhar em uma produtora de vídeos, abandonando a carreira artística. Mônica também teve uma filha, e voltou ao grupo em 2006, mas ficou pouco tempo. Ela trabalhou com a dupla Teodoro e Sampaio durante 5 anos e depois saiu do meio artístico, atualmente tem um perfil no Instagram onde compartilha dicas sobre doces, sobremesas, e algumas outras coisas relacionadas a comidas e bebidas.

A geração seguinte do Banana Split surgiu em 2003, formado por Vanessa Zotth, Camila Viana, Gizelle Maritan, Danieli Stanguini e Andrea Messiano. Elas gravaram a música Vem Comigo que é uma versão de Christina Aguilera, e tinham um grande potencical, pois apresentavam uma ótima sonoridade, mas durou apenas um ano sem nenhum álbum lançado.

Em 2005, a empresária Patrícia Gomes, adquiriu a marca Banana Split, e em 2006 o grupo recebeu um convite para fazer uma turnê internacional em Portugal, Espanha e França, apresentando-se em Paris durante uma temporada. A partir dessa geração o grupo não teve projeção na mídia e nem presença nos programas de TV como antes.

Em 2013, uma nova versão foi formada com a finalista do programa Popstars Dayanna Gon, como vocalista, junto com Monique Souza, Lidia Moura, Nadia Antonov, Madá Bertoldo e Vanessa Leony. O trio que permaneceu com Dayanna Gon, Maggie Salles e Vanessa Leoni seguiram por um determinado tempo.

Em meados de 2021, foi anunciado um concurso para uma nova formação do Banana Split, que a princípio seria com 5 integrantes entre 18 a 25 anos, mas no final do mesmo ano o grupo foi apresentado como trio formado por Vitória Lopes, Leticia Pego e Vanessa Vellozo.

Para assistir a este conteúdo, clique na imagem abaixo.

Grupo Banana Split - primeira formação

A miss Rio de Janeiro Rosane Muniz, a miss São Paulo Adriana Colin e a miss Santa Catarina Andréia Reis se conheceram nos bastidores dos concursos de miss pelo Brasil. Em 1989, elas começaram a trabalhar como elenco de apoio do humorístico Veja o Gordo, de Jô Soares, no SBT, e então conheceram a carioca Mel Nunes.

As quatro tinham a música como uma paixão em comum e foram incentivadas pelo humorista a investir na área musical, então montaram o show Certas Mulheres onde cantavam e dançavam canções de artistas que admiravam como Rita Hayworth, Madonna, Janet Jackson, Marilyn Monroe, entre outras, sob o nome de As meninas do Jô.

E o Jô Soares as apresentou ao Gugu Liberato que ficou encantado com elas e ofereceu um contrato pela Promoart. As quatro escolheram outro nome para assinaram também com a gravadora Continentale, assim, em 1990, lançaram o primeiro álbum sob o título de Banana Split que se tornou um grande sucesso. O disco tem 10 faixas e seguiam o ritmo do momento, a lambada.

A primeira faixa é Vem Lambadear Comigo que fez muito sucesso e entrou no álbum Lambateria Sucata, que fazia parte da trilha sonora da novela Rainha da Sucata. Depois tem Quero Lambar, Te Quero Baby, Perigosa, Somos Garotas, Dance e Balance, Tira a Mão Antônio, Vamos Lambatear, Vamos a La Playa, e Chorando Se Foi que é uma regravação do grupo que era o maior fenômeno na época, o Kaoma.

As quatro tinham grandes ambições que foram freadas pelo apesentador. Elas queriam fazer um show performático com banda ao vivo e figurino inspirado em criações de grandes estilistas, mas também com um quê de popular. Queriam ser meio como as Frenéticas, levando cultura ao público e ao mesmo tempo sendo chique, mas o Gugu que já sabia a receita do sucesso disse que se elas só usassem sainha e rodopiassem pelo palco daria mais certo.

O grupe fez uma turnê pela Europa e, lá, a Rosane sofreu um grave acidente de ultraleve. Ela ficou em coma por mais de um mês, mas cinco meses depois já estava fazendo shows outra vez. Foi nessa época que a Andréia saiu do grupo, ela engravidou e preferiu não voltar, uma das razões desse afastamento foi o choque que sofreu com o acidente da colega.

Andreia investiu na carreira musical, chegou a cantar durante alguns anos na banda 5ª Avenida, mas conseguiu se estabilizar mesmo na TV. Quando a Rede Mulher foi inaugurada em Araraquara ela começou a apresentar o Jornal da Mulher e durante os 5 anos que a emissora ficou no ar, trabalhou como âncora de vários programas como o Em Cartaz, que era transmitido para todo Brasil. Nessa fase entrevistou vários artistas e depois se formou em jornalismo. Durante três anos apresentou o Talk Show Iguatemi - SESC, mais tarde passou a se dedicar a fotografia e edição de imagens. Ela um arquivo de fitas e fotos do Banana Split.

Com a sua saída, a Eliana, que fazia parte do grupo A Patotinha, foi convidada para integrar o quarteto, mas ficou poucos meses. Além de ser a mais novinha do grupo ela se sentia excluída porque as outras já se conheciam a muito tempo, batalhavam pelos títulos de miss pelo país, trabalharam no programa do Jô Soares e tinham morado junto. Então, naturalmente eram mais conectadas e curiosamente foi ela que chamou a atenção do Silvio Santos que a convidou para ser apresentadora no SBT.

Segundo a Eliana, o Silvio Santos disse que o grupo não ia muito longe, mas na TV ela poderia construir uma boa carreira. Então, como não tinha construído um vínculo emocional, afetivo, com as companheiras de grupo, não pensou duas e deu tchau.

Adriana Colin, Rosane Muniz e Mel Nunes

Rosane, ao sofrer o acidente de ultraleve ficou em coma por mais de um mês e operou a perna várias vezes e fez terapia para se recuperar. Em 5 meses depois disso voltou ao trabalho, mas como ela era a mais inquieta sempre questionava o trabalho que faziam e depois que acordou do coma ficou ainda mais indagadora.

Esse acidente mexeu bastante com ela, que chegou a ficar bem agressiva. Disse que as vezes não sabia se estava desacordada ou o que estava acontecendo era real e batia na fratura da perna para provocar dor e voltar para a realidade, mas acabava desmaiando. Em entrevista disse que deu graças a Deus quando o grupo acabou.

Ao sair do grupo, ela casou com o escritor do Programa do Jô, Wilton Marques, com quem tem uma filha, fez doutorado em Artes, trabalhou como figurinista e enveredou para o caminho acadêmico. Depois passou a fazer parte da Oistat, Ong Internacional de técnicos e Cenógrafos de Teatro, viajando pelo mundo divulgando o trabalho dos figurinistas.

A Mel resolveu investir na carreira de atriz assim que acabou o grupo. No entanto, apesar de fazer participações bem legais em algumas novelas, como Caras e Bocas, nunca conseguiu um contrato na TV.

Entre um trabalho e outro, casou e engravidou e quando teve o seu filho desenvolveu um pouco de síndrome de pânico, então, como o trabalho não vingava resolveu redirecionar o seu foco. Ela foi convidada para ser gerente da grife Blue Man, foi quando se apaixonou pela carreira administrativa e se demitiu da vida artística. Hoje em dia prefere no anonimato.

A Adriana Collin era a que tinha o maior apego pelo grupo, foi a que mais sofreu com o término. Ela disse em entrevista que ficou chateada porque era um projeto muito puro, ingênuo, e estava de acordo com o Gugu. Eles se tornaram bons amigos e considera o Banana Split como um divisor de águas em sua vida. Apesar disso, tinha um vínculo muito forte com as integrantes e para se livrarem do contrato venderam o nome do grupo para a Promoart e tentaram formar outro grupo, As Valquírias, mas não vingou.

Em 1993, apresentou o programa esportivo A Grande Jogada, na Rede Manchete, onde ficou até 1995. Em 1998, apresentou o programa Fantasia no SBT e no ano seguinte teve uma breve passagem pela TV Gazeta onde apresentou o Gazeta Esportiva. Formou-se em jornalismo e Educação Física, e em 2000 foi para TV Record, onde ficou por dois anos apresentando programas esportivos. Em 2002, tornou-se apresentadora comercial do Domingão do Faustão, na TV Globo, onde ficou até 2009.

Depois dessa passagem pela TV, Adriana tornou-se apresentadora de eventos coorporativos pelo Brasil. Em entrevista ela disse que ainda têm muita química com as colegas de grupo e que chegaram a subir no palco para cantar no casamento da sua sobrinha, mas sem pretensão de planejar nada na carreira artística, hoje a relação delas é só de pura cumplicidade, amizade e união.

Ainda em 1993, Gugu selecionou outras três integrantes para uma nova formação do Banana Split, mas isso fica para outro post. Para assistir a este conteúdo, clique na imagem abaixo.

Cantores que nos enganaram - 2

Você pode conferir aqui no blogue um artigo sobre 5 cantores ou grupos musicais que se lançaram no mercado fonográfico sem ter posto voz nas canções que utilizavam, e acredite, essa tática é mais comum do que parece, ao menos foi em um passado não muito distante. Veja agora outros 4 casos parecidos.

Victória Beckham.

Victória Beckham é uma das integrantes da girl band mais bem-sucedida da história da música mundial, as Spice Girls. O quinteto fez um enorme sucesso em meados da década de 90, infelizmente não durou tanto tempo, mas sempre que as integrantes se reúnem viram notícia outra vez. Depois do lançamento do terceiro álbum do grupo, já sem a Geri Halliwel, a ginger spice (gengibre ou ruiva), as quatro moças começaram a investir em suas carreiras solo e nem uma fez tanto sucesso quanto o grupo, e a que se tornou a mais popular de todas não canta.

Victória Beckham que ficou conhecida como a posh spice (posh: elegante, fina) se casou com o jogador de futebol David Beckham e gravou um álbum sólo no ano 2000, mas vendeu apenas 50 mil cópias, mesmo assim gravou um segundo álbum que foi editado em duas versões, cada um com uma sonoridade diferente. Ela chegou a liberar duas canções, This Groove e Let Your Had Go, para ver qual agradava mais e qual dos dois álbuns seria posto á venda, mas não lançou nem um e devido as duras críticas sobre sua carreira de cantora solo ela se dedicou ao mundo da moda e se destacou no meio artístico como estilista ao criar sua própria marca.

Em relação à música, Victória colocou voz nas canções dos álbuns do grupo e do seu álbum solo também, mas das cinco meninas que integravam as Spice Girls ela era a que menos cantava, inclusive em um dos maiores hits do quinteto, Victória não canta. Em Wannabe, ela está no vídeo clipe e performa o refrão, mas é a única que não tem um momento solo porque simplesmente não gravou essa música e parece que era meio poupada no grupo.

Depois que Geri saiu Victoria disse que finalmente poderia ter um pouco mais de espaço, demonstrando que queria participar mais, mas depois quando o grupo já estava desfeito, disse coisas opostas como, que não se sentia confortável com a atitude selvagem das meninas e que as vezes pensava que estava tomando o lugar de outra pessoa, porque ela não se sentia totalmente realizada como as suas colegas quando estavam em cena.

Disse também que gostava de usar salto porque isso lhe permitia ser mais contida e pelo fato de ser a que tinha a moda como parte de seu personagem podia ter mais investimento para adquirir figurino de marca, já que as roupas das outras meninas eram baratas. E, por fim, admitiu que seu microfone ficava desligado nos shows.

Ela disse: Eles costumavam desligá-lo e deixavam as outras cantarem. Acabava me saindo bem.

Na turnê de reencontro de 2007, quando elas se juntaram para comemorar os 10 anos do grupo, Geri, Emma, Mel B e Mel C performaram uma música dos seus álbuns solos, exceto Victoria que preferiu fazer um desfile como se estivesse em uma passarela de moda ao som de um remix de Like a Virgin.


Loco Mía.

Em meados da década de 1980 surgiu nas ilhas de Ibiza, na Espanha, o grupo Loco Mia, formado por quatro rapazes que usavam umas roupas meio loucas com ombreiras enormes e dançavam com leques gigantes. Eles se tornaram um dos grupos espanhóis de maior reconhecimento mundial. Xavier Font, o criador do grupo, dividia palco com Carlos Armas, Manuel Arjona e Juan Antonio Fuentes.


O empresário e a gravadora fizeram várias exigências para os rapazes para que eles tivessem a imagem vendida para o maior número de pessoas, uma delas era que deviam esconder sua sexualidade, já que os quatro eram homossexuais. Outro detalhe que deveria ficar escondido é que o grupo não tinha muito talento vocal, então foram chamados outros cantores para gravar as canções e inclusive o próprio empresário, Manolo Gil, colocou voz no disco, o primeiro single do grupo é ele quem canta.

No segundo álbum já tem voz dos integrantes porque eles tiveram tempo de treinar e se preparar para gravar as novas músicas, ainda assim se limitam a fazer coro e apenas um dos rapazes teve mais participação no disco. Ao longo dos anos o grupo Loco Mia tentou por várias vezes emplacar outros discos e outras canções com novos integrantes, mas o que fez sucesso mesmo foi aquele que ninguém canta.


Modern Talking.

Modern Talking foi uma dupla alemã, composta pelos músicos Thomas Anders e Dieter Bohlen que fez grande sucesso nos anos 80, foi a dupla pop mais bem sucedida da Alemanha.

A dupla esteve ativa entre os anos de 1984 e 1987, depois voltaram a se reencontrar em 1998 e permaneceram juntos até 2003, quando já haviam vendido mais de 120 milhões de discos, mas nesse ano se separaram sem nenhuma possibilidade de retorno.

Só que antes da ruptura definitiva da dupla, parece que o clima entre eles já não andava bem e em 2001 saiu a tona o grande segredo de Modern Talking, os pegajosos falsetes de suas músicas não eram eles que cantavam. E mais, o moreno da dupla até que tinha colocado a voz em algumas partes de algumas músicas, mas o loiro nunca entoou uma sílaba sequer. Os verdadeiros intérpretes de seus refrões eram três cantores profissionais, chamados Rolf Köhler, Detlef Wiedeke e Michael Schol. Quando se descobriu o engodo, os autênticos vocalistas tentaram em vão empreender uma carreira como trio, com o nome de Systems in Blue, mas o trio não vingou.


Michael Jackson.

Em 2009, Michael Jackson se preparava para fazer uma turnê de aposentadoria. O cantor já estava bem debilitado devido a vários problemas de saúde e dependente de medicamento controlado, mas concordou em fazer 50 shows e a produção estava em andamento quando o ele faleceu. Ou seja, a turnê que já tinha ingressos vendidos não chegou a estrear, mas as gravações dos ensaios viraram um documentário.

Pouco mais de um ano depois de sua morte, em dezembro de 2010, foi lançado um álbum póstumo com canções inéditas que foi bem criticado pela família dele, assim como também pelos amigos e colaboradores que consideravam falta de respeito publicar canções que não tinham sido concluídas, além de pairar uma dúvida no ar. Será que as canções eram mesmo interpretadas por Michael Jackson?

Anos depois, sua filha Paris revelou em uma conversa por vídeo com vários amigos que Michael não gravou nenhuma das canções deste álbum e ainda sugeriu: Procure no YouTube por Jason Malachi. É ele!.

A conversa foi gravada e vazou na Internet aumentando ainda mais as especulações sobre a fraude e aí o próprio cantor intérprete se manifestou. Ele disse o seguinte: Crianças, acho que chegou a hora de confessar. Eu é que cantava Breaking News, Keep Your Heard Up, Monster e Stay. Eu tinha um acordo com a gravadora, mas agora a coisa vazou. Peço perdão a todos os meus fãs e a todos os fãs de Michael Jackson.

Para assistir a este conteúdo, clique na imagem abaixo.

Túnel do tempo

Veja o que aniversariou em 2021, e quantos anos completou.

Em maio de 2021, completou 30 anos da estreia do jornalístico Aqui Agora, do SBT.

Em junho, o Xou da Xuxa chegou aos seus 35 anos.

Em julho, 25 anos de Wanabee, o primeiro single das Spice Girls.

Em julho, a novela Vamp completou 30 anos.

Em julho, o programa Sabadão Sertanejo, do SBT, chegou aos seus 30 anos.

Em setembro, foi a vez do Angel Mix completar 25 anos.

Em setembro, Glub Glub, da TV Cultura completou 30 anos.

Em outubro, o icônico reality Casa dos Artistas, do SBT, completou 20 anos.

Em novembro, foi a vez do álbum Laundry Service de Shakira, a que lhe apresentou da América Latina para o mundo, completar 20 anos.

E em dezembro, completou 20 anos do filme Xuxa e os Duendes.