Eliana

Eliana Bezerra nasceu em São Paulo, no dia 22 de novembro de 1973.

Ela começou a sua carreira artística em meados da década de 1980. A sua primeira aparição na TV foi aos 10 anos, num comercial de sutiã, o Valisère. E em 1986, aos treze anos de idade, passou num teste para integrar o grupo A Patotinha. Foi esse grupo que gravou a música Baile dos Passarinhos, antes ainda do Balão Mágico, que gravou antes do Gugu, que foi quem popularizou a canção.

No Patotinha, Eliana ficou até 1990 quando passou a fazer parte do quarteto Banana Split. O grupo inicialmente era formado por Rosane Muniz, Mel Nunez, Andreia Reis e Adriana Colin. Em 1990, com a saída de Andrea Reis, Ela foi convidada por Gugu a integrar o grupo onde ficou até meados de 1991, quando foi convidada por Silvio Santos para fazer teste de apresentadora no SBT.

No grupo Patotinhas (à esquerda) e Banana Split (à direita)

Em 1991 era o auge das apresentadoras infantis, aliás, foram alguns anos de auge das musas infantis. Nessa época a Xuxa era a rainha absoluta, Mara e Angélica seguiam logo atrás, e teve a Mariane a Simony e alguns outros apresentadores de uma lista bem longa. Então para a Eliana, entrar nesse roll era o máximo do máximo em sua carreira. E o seu teste foi gravado no cenário do programa da Mariane.

E assim, aos 17 anos, em 19 de agosto de 1991, Eliana estreou o programa semanal Festolândia. No entanto, o infantil durou três meses e saiu do ar porque tinha um custo muito alto. E como ela já tinha dado um passo bem grande e não estava a fim de regredir, pediu a Silvio Santos uma outra oportunidade e o programa continuou como uma sessão de desenhos. Mais barato seria impossível, pois não tinha cenário, era um chroma-key e ela disse que as imagens que apareciam no fundo eram de papel de carta que ela mesma escolhia.

O tempo de aparição de Eliana no programa não durava mais de vinte minutos, mas ela conseguiu chamar a atenção pelo seu carisma e pelas canções que cantava sempre que aparecia, e por aparecer só em meio corpo, ela desenvolveu uma habilidade de dançar com as mãos, e fez muito sucesso com o seu primeiro disco solo, Os Dedinhos, que foi lançado em março de 1993.

A música carro chefe era Os Dedinhos, seguida de uma série de poutpourri, 2 - Fui Morar Numa Casinha/Bata Palmas. 3 - O Sapo Não Lava o Pé/Do-Ré-Mi-Fá-Sol-Lá-Si. 4 - Os Sentidos/O Jipe do Padre. 5 - A Dona Aranha/Os Indiozinhos. Ou seja, o que Xuxa fez com o Só Para Baixinho, Eliana fez antes. No mesmo disco tinha ainda a música 7 - Amiga, que entrou para a novela Garotas Bonitas, no SBT. E ainda, 8 - Era uma Vez, que era tema do Festolândia. 9 - Direito de Sonhar. 10 - Abacadabra e, 11 - Rebu no Pomar do Japonês.

Nesse ano, o diretor Nilton Travesso, recém-chegado ao SBT, viu que Eliana podia fazer muito mais do que apresentar desenhos sentada em um banquinho e apresentou um novo projeto infantil para a direção da emissora, o Bom Dia & Cia, que estreou no dia 2 de agosto.

Estamos falando de 1993, quando a era das musas infantis estava passando por uma fase de transformação. Já não existia mais o Xou da Xuxa, o Show Maravilha sim, e a Casa da Angélica também, ambos os programas no SBT, mas a fórmula do Bom Dia & Cia foi outra, e um alento para a programação infantil. De maio de 1997 até setembro de 1998, o programa mudou o nome para Eliana & Cia.

Nesse período Eliana lançou outros 5 discos, em 1994, em 1995, em 1996, em 1997, e em 1998. Com exceção do álbum de 1995 que vendeu 250 mil cópias e do de 1997 que vendeu 350 mil, os outros venderam 100 mil. Todos seguiam o mesmo padrão, com algumas canções inéditas e outras que eram poutpourri de canções de roda ou regravações de músicas já conhecidas.

A partir de 1996, Eliana passou a apresentar também o TV Animal, ocupando o posto deixado por Angélica, mas não teve muita aceitação do público, embora o infantil continuasse fazendo sucesso. E em 1998 aconteceu uma coisa curiosa. Chata, talvez.

Bem, trabalhar com o Silvio Santos me parece que é sempre um trabalho constante de dominar as emoções porque a sua forma de liderar a emissora sempre foi muito caótica. E nesse ano o que saiu na mídia é que ele queria colocar a Jaqueline Petckovick para trabalhar junto com a Eliana e ela não gostou da ideia.

Dizem que ela pediu aumento e mais espaço na emissora, como um programa semanal, além disso, a Record estava lhe oferecendo um contrato melhor. Aliás, até a Globo queria tê-la, mas lá o seu futuro seria incerto, pois ela ficaria na geladeira até limpar a sua imagem estreando só no ano seguinte, e assim perderia muito dinheiro com as licenças de seu nome para os inúmeros brinquedos que colocou à venda.

Então, Silvio fez um teste com Jackeline e gostou tanto que se Eliana ficasse no SBT, as duas dividiriam o programa. É claro que ela não aceitou a proposta e trocou de emissora. A Record lhe ofereceu um contrato de quatro anos, com dois programas e um tratamento de estrela. Assim, praticamente em seguida, após a sua saída do SBT, Eliana estreou no dia 12 de outubro de 1998 o infantil Eliana & Alegria, e em 1999, estreou o semanal Eliana no Parque, que era exibido aos domingos e durou 1 ano e 3 meses.

Em 2003, o programa Eliana & Alegria saiu do ar, dando lugar ao novo programa infantil Eliana na Fábrica Maluca, que teve inspirações no cenário do filme A Fantástica Fábrica de Chocolate. Alguns personagens como Chiquinho e Pitoco foram mantidos, e com o passar do tempo, a abordagem do programa mudou de faixa etária, para os adolescentes. O programa saiu do ar em 12 de outubro de 2004, e assim em 7 de agosto de 2005, ela estreou o Tudo é Possível, nas tardes de domingo.

Com esse novo formato, ela chegou a ganhar várias vezes em audiência do SBT, e em 2009, retornou à emissora onde iniciou sua carreira de apresentadora após quase onze anos na Rede Record. No dia 30 de agosto (eu não disse? Agosto de novo) estreou o programa Eliana que se mantem no ar até o momento deste post.

No tempo que esteve na Record, Elaina lançou outros seis discos. Primavera, em 1999, que foi lançado exatamente no primeiro dia de primavera, e foi indicado ao Grammy Latino de melhor álbum infantil. Depois outro álbum em 2000. Em 2001. Em 2003, intitulado É Dez. E no mesmo ano o álbum Festa. Em 2004 ela lançou o último álbum intitulado, Diga Sim.

Uma curiosidade sobre os álbuns de Eliana, nesse período que ela esteve na Record, foi quando mais vendeu discos, com exceção do álbum Primavera, todos os outros foram produzidos por Guto Graça Melo, o produtor do primeiro disco do Xou da Xuxa. Alias, o álbum da Eliana, É Dez, foi em comemoração por ser o seu décimo álbum sólo e teve kit CD e DVD, tal como o Xuxa Só Para Baixinhos.

Depois, os outros álbuns já eram uma tentativa de transição de público, com canções direcionadas para adolescentes, mas essa coisa mista não funcionou direito com as outras apresentadoras e como ela não foi diferente. O seu último álbum foi o que menos vendeu, cerca de 50 mil cópias. Nessa fase da Record, ela produziu e estreou o filme Eliana em o Segredo dos Golfinhos, em 14 de janeiro de 2005.

Em 2007 ela regravou a canção Essa Ternura, para a trilha sonora da novela Luz do Sol. E em 2012, regravou Ao Mestre com Carinho, para o remake da novela Carrossel.

Curiosidades.

O primeiro namorado da Eliana foi o Marcos, do grupo Dominó. Ambos são sócios hoje em dia, ele comanda a "EMB Produções", empresa de entretenimento que cuida não só dos produtos dela, como o de outros artistas. E Eliana já namorou outros famosos, como o Luciano Huck, Roberto Justus e Edu Guedes, com quem foi casada. El ela está no seu terceiro casamento. 

E em 2009 Eliana inaugurou a Master Books, a sua editora de livros de arte, que ficou ativa até maio de 2019, mas antes disso ela já tinha lançado dois livros, em 2005, Os Segredos dos Golfinhos, e em 2006, Os Segredos do Pantanal, que fazem parte do PNLD 2006 (Programa Nacional do Livro Didático).

Em 2009, Eliana participou da novela Vende-se um Véu de Noiva, e em 2013, de Chiquititas. Em 2011, com a ida de Hebe Camargo para a RedeTV! ela foi convidada para ser embaixadora do Teleton. Em 2012 ela lançou um portal totalmente dedicado às mulheres, intitulado de DaquiDali.

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