Este post é uma homenagem a uma pessoa muito querida, de alto astral, que viveu a sua vida intensamente sem medo de ser feliz. Ingrid Vieira.
Ela se dedicava a profissão de coaching, o que, aliás, sabia fazer muito bem e publicou um livro em português e em espanhol intitulado Eu no Mundo. Não podia ter outro nome, pois uma das façanhas dessa mulher foi conhecer vários países e essa é uma das razões para ela ter tanta história para contar.
Uma vez que tínhamos nos encontrado, eu participava de um coral e Ingrid foi lá fazer uma visita, na volta para casa, enquanto esperávamos o ônibus me contou uma história muito legal que ela teve com o Paquito Marcelo Faustini, era um relato genial e perguntei se toparia gravar para o meu canal. Ela topou imediatamente, mas logo em seguida recebeu um diagnóstico que a colocou em uma intensa e inesperada luta pela vida, que infelizmente foi derrotada nos primeiros dias de outubro (2021).
Mesmo nesse processo de tratamento, ela me enviou as duas fotos que compartilho aqui e continuou dizendo que a conversa estava de pé, que gravaríamos, era só uma questão de tempo. Como não foi possível, resolvi guardar isso tudo porque não fazia mais sentido uma história sem a sua protagonista até que no finalzinho de outubro (2021) outra pessoa partiu para outros planos, um rapaz que passou pela minha vida, um colega de trabalho que foi super influente, e nos deixou de uma forma muito abrupta. Das tantas mensagens deixadas por amigos em suas redes sociais, uma dizia o seguinte: "Só morre quem é esquecido".
Isso me fez repensar a história da Ingrid e comecei a ouvir novamente os aúdios que trocamos, num deles ela diz que queria contar a sua história para o mundo. Então, minha amiga, aqui está.
Em meados da década de 1990, Ingrid ganhou uma viagem para a Disney. No dia que foi estava acontecendo uma promoção da Xuxa no parque e dois Paquitos, Gigio e Marcelo, recepcionavam as pessoas na loja da apresentadora. Todas as meninas que chegavam eram recebidas com um cordial beijiho no rosto, mas com ela foi diferente. O Marcelo lhe beijou a mão.
Deslumbrada por tudo o que estava acontecendo, ela interpretou o gesto como algo especial, afinal todas recebiam um beijo no rosto e o dela foi na não, como acontece nas histórias de principes e princesas. Então, começou imediatamente a pensar numa forma de resolver a coisa, que tudo não se acabasse ali, e pediu, estrategicamente, um autógrafo dos meninos para que tivesse o nome completo de ambos, mas eles assinaram, se não me engano, uma camiseta, e o nome não saiu legível.
Então, de volta ao Brasil, ela foi até uma locadora de vídeo e locou o filme Sonho de Verão para ver nos créditos o nome completo do seu príncipe. Lembre-se que estamos falando da década de 90, quando a internet era não era acessível, era a idade das pedras do universo digital. E aí, com o nome dele em mãos, ligou para a telefonista.
Se você não viveu nessa época, havia um serviço telefônico de consulta a lista dos que tinham telefone em casa. Obviamente a linha deveria estar registrada no nome do Marcelo para que ele fosse localizado e surpreendetemente a telefonista encontrou uma pessoa com o mesmo nome do Paquito que vivia no Rio de Janeiro.
No entanto, não era o mesmo que ela procurava, mas para a sua sorte, o rapaz era primo do Paquito e passou o número da casa da Paquita Andreia Faria, a Xiquita Sorvetão, o único contato mais próximo que ele tinha no momento para que Ingrid chegasse ao seu príncipe.
Ingrid ligou para a Xiquita, apresentou-se como alguém que havia conhecido o rapaz em uma viagem e precisava falar com ele, mas não tinha o seu contato. A garota nem questionou o porque e prontamente lhe passou o número do amigo.
A partir desse momento, Ingrid passou a ligar regularmente para Marcelo Faustini. Em sua cabeça eram namorados, ainda que nunca falassem do tema. Ao contar essa históira, ela, com muito bom humor como de costume, disse que a relação entre ambos se desgastou com o tempo. Chegou um momento em que já não tinham mais assunto para conversar e as ligações foram ficando cada vez mais distante uma da outra até que pararam de se falar.
Para a sua festa de 15 anos a sua mãe convidou o rapaz para ser o príncipe do baile. Na época ele fazia muito isso, disse em uma entrevista que ganhou muito dinheiro dançando com debutantes, mas no dia do aniversário de Ingrid, ele não pode ir porque já tinha compromisso. Se tivesse dado certo seria a cereja no bolo de uma história incrível.
E essa é uma das histórias da Ingrid. Para assistir a este conteúdo, clique na imagem abaixo.
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