Roberto Bettini revela bastidores do Xou da Xuxa.

Um dos personagens mais controversos do universo infantil, é um mosquito transmissor de uma doença perigosa, no entanto, super querido por toda uma geração, foi interpretado por Roberto Bettini, o Dengue, que revelou alguns detalhes dos bastidores do Xou da Xuxa.

Segundo Reinaldo Waisman, em seu canal no Youtube, a fantasia do Dengue foi criada pensando em seu intérprete, o Roberto Bettini, que era magro e muito alto. Essa é uma das razões do personagem ter muitos braços. Mas no começo o nome dele era Murissoka, como aparecia na vinheta do Xou da Xuxa, no entanto, as crianças começaram a lhe chamar de Dengue, porque ele se parecia com o mosquito aedes aegypt, o transmissor da dengue.

Roberto Bettini esteve presente em todos os anos do Xou da Xuxa no Brasil e atuou também no programa que era gravado na Argentina. Depois disso, ele revelou que foi convidado para atuar como Tchutchucão, mas não gostou da experiência, pois a fantasia era muito quente e tinha cheiro de cola.

Roberto passou a trabalhar como produtor artístico em Rondônia, onde foi morar, fazendo grandes produções de exposições agropecuárias, e sua empresa foi a responsável por levar vários cantores solos e em grupos para esses eventos, dentre eles, o Michel Teló, Bruno e Marrone, e Jota Quest.

Em uma entrevista, ele disse que o CD que gravou como Dengue fez muito sucesso no exterior, e ganhou até um disco de ouro. Aliás, na Argentina ele teve até mais espaço do que tinha no Brasil. Contou que soube aproveitar bem tudo o que aquele período lhe proporcionou, mas que não sente saudades.

Segundo ele, o clima nos bastidores do Xou da Xuxa era tranquilo, mas como numa equipe grande é impossível não rolar desentendimentos as vezes o clima esquentava entre as Paquitas e os Paquitos, no entanto, eles se acertavam rápido também. Roberto Bettini se via como um tiozão com um monte de sobrinhos. Inclusive a respeito de Xuxa, ele chegou a dizer que ela era uma criança grande.

Quando lhe perguntaram se alguma vez sentiu interesse por ela, a sua resposta foi, não. Primeiro que a apresentadora não tinha o biótipo que lhe agradava e que ela era grande só em tamanho porque se parecia uma criança. Era muito espontânea e natural em seu jeito de ser, ou seja, aquela sensualidade tão criticada que passava na TV, era mais por conta dos olhos de quem a via.

Ele também disse que em uma ocasião ficou muito chateado, quando foi acusado de agredir uma criança no programa. Mas ao ficar frente a frente com o menino, descobriram que ele se machucou ao esbarrar em um Dengue de brinquedo que decorava o carrossel do cenário. Apesar desse episódio, Roberto Bettini teceu elogios a Marlene Mattos. Disse que seu estilo não era qualquer pessoa que conseguia aturar, mas que tinha um grande respeito por ela, e que apesar da fama de ditadora, a empresária era muito correta, honesta e uma excepcional profissional. E não sabe o que aconteceu para que a diretora e Xuxa rompessem a amizade, já que uma praticamente completava a outra, profissionalmente, e eram grandes amigas.

Roberto disse que as gravações do programa aconteciam às terças e quartas, e de quinta a domingo a equipe viajava fazendo shows no Brasil inteiro e no exterior, eram viagens muito divertidas e cansativas. Ainda assim, ele revelou que nunca conseguiu comprar um apartamento no Leblon ou Ipanema. Disse também que o Praga morreu pobre e que algumas Paquitas passaram por dificuldades financeiras.

Aliás, ele lamentou muito a morte do intérprete do Praga, ter sido ignorada pela imprensa e até pela Xuxa. Armando Moraes trabalhava com o palhaço Carequinha, na Rede Manchete, antes de ir com a apresentadora para a Globo, ele faleceu em 2003, e deveria ter recebido no mínimo uma homenagem. Roberto Bettini só soube do ocorrido dois anos depois e isso foi um ponto de desilusão em sua vida.

Trabalhar com a Xuxa lhe possibilitou conhecer vários famosos como Sophia Loren, Pelé, Roberto Carlos, Ayrton Senna com quem conversava muito, entre outros artistas ao longo dos anos, e isso lhe ajudou no trabalho que passou a desenvolver depois que saiu da TV. Ou seja, não apenas conheceu, ele criou vínculos com os artistas.

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