Programa H da Band


O programa Livre que estreou em 1991, no SBT, com Serginho Groisman, incomodou tanto as concorrentes que elas tiveram que promover alterações em suas grades. A Globo, depois de testar alguns formatos como o Radical Chic que tinha a apresentação de Maria Paula, retirada da MTV para levar a audiência jovem adolescente com ela para a empresa dos Marinhos, não vingou. No entanto, a emissora conseguiu reter o público fazendo o que sabe fazer de melhor, novela. Pois em 1995, estreou Malhação e deu tão certo que ficou no ar por 25 anos. Já a Band não foi nada discreta, resolveu usar a mesma tática do SBT com alguns elementos a mais, e foi assim que nasceu o programa H.


O programa H estreou no dia 28 de outubro de 1996, inicialmente exibido as 16h, sob o comando de Luciano Huck. Ia ao ar diariamente e tinha um formato mais próximo de um talk show, misturando entrevistas e atrações musicais sempre com muito bom humor e contou com a participação do DJ Théo Werneck desde o primeiro dia.


Tinha alguns quadros gravados, mas a transmissão era ao vivo, o que dava mais espontaneidade no programa, e o cenário do primeiro ano foi bem na linha do Programa Livre, mas com o tempo ganhou uma identidade própria e como Luciano sempre soube, desde sempre, usar de apelos para atrair atenção e manter a audiência, colocou no palco as Hzetes, suas assistentes, que deram um tom mais sensual que o Serginho Groisman não tinha.


As duas primeiras, Taís e Fabiana estamparam a capa da Playboy, juntas, na edição 288 de julho de 1999.


Em 1997, Suzana Alves que até então tinha trabalhado no SBT incrementando as plateias dos programas da casa, atuou como assistente de palco do Sergio Mallandro, contracenou com Angélica no programa Casa da Angélica e concorreu a um posto de Bambina da Mariane, foi até a Band acompanhando uma amiga, uma das Hzetes, e o diretor Cristiano Mendes a convidou para se apresentar como uma personagem que ele tinha idealizado para o programa, inspirada em um quadro que viu na televisão espanhola quando esteve de passagem pelo país.

Ela só aceitou porque achou que as gravações não passariam do piloto e porque precisava do dinheiro para pagar a faculdade que estava com as mensalidades atrasadas, e ainda peidu para usar uma máscara. O nome saiu por acaso, sem saber muito como anuncia-la, Luciano disse que uma tiazinha ia entrar no palco para participar do programa. Depois disso os jovens começaram a pedir sua participação mais vezes, sempre gritando em coro pelo nome de Tiazinha. Em fevereiro de 1998, ela passou a fazer parte, oficialmente, da atração, sempre em lingerie, chicote e a característica máscara que diminuiu bastante de tamanho.


Seu papel era depilar e dar chicotadas nos jovens que erravam as respostas de um quiz, ou dançar se eles acertassem. Pelo teor das brincadeiras, a atração passou a ser exibido as 21h, no horário nobre, alavancando a audiência da emissora de 2 pontos para 15 no novo horário. O programa, que inicialmente era mais musical, passou a apostar em jogos, pautas sobre o universo jovem e maior interação com a plateia.

Em pouco tempo, Tiazinha se tornou um fenômeno e se converteu em campeã nacional de correspondência da televisão, ultrapassando Cláudio Heinrich, da Rede Globo, que era quem mais recebia cartas até então. Com o sucesso, Tiazinha teve diversos produtos licenciados. No final do ano, outra personagem se juntou ao H, tão, ou mais, provocante que Tiazinha, a Feiticeira, que fez sua primeira aparição no dia seis de dezembro.


Na verdade, ela já integrava o elenco do programa, Joana Prado era uma das Hzetes, mas a partir do momento que incorporou a odalisca que realizava desejos dos participantes da atração tornou-se outro fenômeno.


Durante o verão daquele ano, entre dezembro de 1998 e janeiro de 1999, o H ganhou uma edição exibida na praia com a participação de Susana Werner.

O ano de 1999 foi o colapso do programa H. Cresceu tanto, ficou tão famoso, que a Globo entrou em ação para levar Luciano Huck para seu canal. Ele, a Tiazinha e a Feiticeira participaram do retorno de Xuxa aos cinemas no filme Requebra.


O programa ganhou um CD e Tiazinha também lançou um álbum musical em março de 1999, além de ter licenciado o nome e o rosto da personagem para vários produtos, como cadernos e calçados para crianças.


No mesmo mês em que estampou a capa da revista Playboy, expondo-se pela primeira vez sem a máscara, batendo o recorde de vendas que antes pertencia a Adriane Galisteu, com mais de um milhão de cópias vendidas.


Susana Alves optou por sair do programa ao saber que Luciano Huck já estava de malas prontas para a Globo. A direção do programa e o próprio apresentador tentaram convence-la a permanecer na atração como co-apresentadora, mas ela preferiu investir em sua própria série.


Antes de sair, Luciano abriu um concurso para escolher o Tiozinho do H. O vencedor foi o Osvaldo Lot que, segundo o próprio, em entrevista, atuou no programa por aproximadamente dois meses. No entanto, segundo a revista G Magazine do mês de novembro, na qual ele foi capa, o programa H foi interrompido antes de apresentar o vencedor do concurso Tiozinho. Oswaldo Lot foi um dos finalistas.

Luciano Huck comandou o programa até o comecinho de outubro, sua despedida aconteceu no dia dois.  A partir de quatro de outubro Otaviano Costa assumiu o comando da atração. A Feiticeira e o DJ Théo Werneck permaneceram e ganharam mais protagonismo. Ele passou a comandar um quadro de entrevistas com cantores e ela a fazer reportagens.


Em dezembro, a Feiticeira estampou a capa da revista Plabyboy e superou as vendas da sua ex-colega de programa, a Tiazinha.


Com a entrada de Otaviano Costa o nome do programa foi mantido até o final do ano e em janeiro de 2000 mudou para O+ (Ó Positivo) para se adequar ao nome do apresentador. Ou seja, entrou em outra fase e deixou de ser o programa H.

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