Estou vivenciando a felicidade de ter um novo brinquedinho em mãos e filosofando sobre minha reação a respeito disso.
Talvez a minha felicidade maior tenha sido por ter pagado o aparelho a vista. Prefiro assim, pois não fico com aquela parcela me assombrando por meses a fio. E agora me vejo abrindo e fechando aplicativos, sem necessariamente usá-los. Deliciando-me com a velocidade com que tudo funciona e até curtindo os barulhinhos de teclas e sons de notificação. Ah, a lua de mel.
Como somos frágeis, suscetíveis e nos contentamos com tão pouco. Isso deve explicar porque muitas pessoas não param de comprar coisas e trocar de aparelhos de celular, pois o novo gera felicidade, preenche algo, mesmo que por pouco tempo e vira vício. Aliás, nós seres humanos, somos atraídos por novidades e movidos por conquistas, ainda que seja de um simples objeto.
Poucos dias antes, enquanto seguia em uma carona de Uber, eu conversava com o motorista e mencionei o teste de paciência que o meu celular (velho e morto) me exigia, por ser tão lento e travar o tempo todo. Ele me disse, então, que o dele também não era dos melhores e que não tem coragem de investir mais de mil reais em um aparelho. E ainda, que conhece gente que paga 4 mil por um novo.
Gente, 4 mil Reais é mais do que uma passagem de ida e volta para a Europa, ou para os Estados Unidos. Se somos mesmo dependente de novidades e coisas novas, que tal optar por novidades que sejam significativas como uma viagem?
Além disso, celular, carros... são bens depreciativos, perdem o valor rapidamente, ou seja, investir nesses ítens é perder dinheiro. Invista apenas se eles forem utilizados para te dar retorno de alguma forma.
Fica a dica.
Texto de 2017.
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