O Vídeo Show estreou no dia 20 de março de 1983, o programa foi criado para relembrar os principais momentos dos então 18 anos de vida da TV Globo e com o tempo passou por várias transformações, mas em geral servia para divulgar os produtos da casa.
Ao longo dos anos o Vídeo Show passou por vários formatos e esteve a cargo de diversos núcleos de produção, além de dezenas de atores assumirem o cargo da apresentação, só até 1987, passaram mais de 60 pelo programa.
Dias e horários.
A estreia aconteceu em um domingo, às duas da tarde, e assim se manteve até 1987, quando foi transferido para o sábado. No entanto, no mesmo ano voltou para as tardes de domingo e permaneceu até 1989, quando voltou para as tardes de sábado.
A partir de abril de 1994, passou a ser exibido diariamente, logo depois do Jornal Hoje e antes do Vale A Pena Ver De Novo. Tudo estava indo muito bem até que em 1998, a emissora resolveu colocar o programa às 17h, mas não deu muito certo e pouco tempo depois voltou ao seu horário normal, às 13h30, onde se manteve até sair do ar definitivamente.
Apresentadores
Na estreia a apresentadora era a atriz Tássia Camargo e ela atuava simultaneamente na novela Pão Pão Beijo Beijo, mas como se sentia sobrecarregada de trabalho pediu para sair. Então, ainda em 1983, aconteceu o rodízio de apresentadores que durou até 1987. Paulo Betti, Kadu Moliterno, Júlia Lemmertz, Fernanda Torres, Nuno Leal Maia, Tony Ramos, Patrícia Pillar, Malu Mader e Lucélia Santos foram alguns dos nomes que passaram pelo programa.
Em 1987, quando houve uma reformulação no programa sendo transferido para o sábado, Marcelo Tas assumiu o comando da atração. Na época ele incorporou o personagem Cabeça Branca, mas ele ficou apenas de abril a agosto daquele ano e migrou para a TV Gazeta onde foi um dos apresentadores do TV Mix que ocupava boa parte da programação diária da emissora. Em seu lugar, Miguel Falabella assumiu o posto que foi reformulado de novo e voltou para os domingos.
Em 1989, o programa voltou para os sábados, e Cissa Guimarães que já tinha participado daquela fase de rodízio, se incorporou ao programa acumulando funções, fazendo matérias, narração e gravando algumas chamadas também, onde permaneceu até 2001.
Miguel permaneceu até 2002, foi o apresentador mais longevo e consequentemente o mais icônico. O seu ritmo e a sua tão característica despedida deram uma identidade ao Vídeo Show, no entanto, entre os anos 1997 e 1999, Márcio Garcia apresentou o programa em caráter de substituição e não deixou nada a desejar.
Em 2002, André Marques que até então tinha feito basicamente o mesmo personagem na série Malhação, assumiu a apresentação e permaneceu no comando até 2013. Em 2009, ele ganhou a companhia de alguns outros atores que passaram pelo programa, como o Luigi Baricelli e a Fiorella Mattheis que permaneceram até 2010, a Geovanna Tominaga até 2012, e a Ana Furtado até 2013, quando o Vídeo Show passou por outra reformulação.
Aliás, a Globo mexeu em vários programas da grade e colocou o Zeca Camargo, que estava há anos no Fantástico, para apresentar o programa. O conceito mudou completamente e ele permaneceu no comando até 2015, quando Otaviano Costa assumiu a apresentação.
A entrada do Otaviano marcou um retorno ao padrão antigo do Vídeo Show e ele teve a companhia de Monica Iozzi, recém-saída do CQC da Band. A princípio ela ficaria apenas três meses, mas ficou até 2016, quando optou por se dedicar a atuação. Essa foi a melhor fase do programa dos últimos anos, os dois tinham uma química incrível e faziam muita improvisação.
Com a saída de Monica, Maíra Charken entrou, mas ficou na bancada só até 2016, depois dela passaram pela bancada a Giovanna Ewbank, o Rafael Cortez, a Susana Vieira e a Alinne Prado por pouco tempo, e o Joaquim Lopes que se deu melhor na apresentação e se manteve no posto com a saída de Otaviano em 2018. A partir de então ele dividiu a apresentação com Sophia Abrahão, Fernanda Keulla e Vivian Amorim que passaram pelo programa até o seu encerramento em 2019.
Repórteres
Boa parte dos repórteres também apresentaram o programa, como foi o caso de Cissa Guimarães que se tornou uma das vozes mais famosas porque ela fazia a narração das matérias e também reportagens externas. Além dela, outros grandes nomes passaram pelo Vídeo Show como a Renata Ceribelli que ficou de 1993 até 1998. Algumas pessoas ficaram menos tempo, mas foram também marcantes, como a Virgínia Novick em 1995, e uma lista enorme de atores e apresentadores que saíram a campo com o microfone em mãos, olha algumas delas: Bruno de Luca, Ellen Jabour, Nívea Stelmann, Didi Effe, Rodrigo Sant'Anna interpretando a personagem Carol Paixão, Paulo Vilhena, Sérgio Hondjakoff, Zezeh Barbosa, Maurício Meirelles, Matheus Mazzafera, Rafael Cortez, Susana Vieira e André Marques antes de assumir a bancada, assim como Ana Furtado e Otaviano Costa.
Vinhetas
Nos quatro primeiros anos a vinheta do Vídeo Show era uma compilação de imagens com a música Don't Stop 'Til You Get Enough, de Michael Jackson. Em 1987, com a reformulação do programa, passou a ser um casal dançando ritmos diferentes na sala de uma casa. Quando o Miguel Falabella assumiu a apresentação, entrou no ar o desdobramento das letras espelhadas que formavam a logo do programa, além de ganhar um novo fundo musical, a versão instrumental otimizada da música do rei do pop.
Tanto essa música, quanto todo o trabalho gráfico da vinheta se tornaram clássicos. A ideia se manteve a mesma com algumas adaptações a cada ano, ou seja, não tinha uma mudança brusca de uma temporada para outra. A maior mudança aconteceu em 1995, quando a abertura mostrava as letras da logo do programa sendo montadas a partir de uma colagem de imagens da emissora.
No ano 2000 teve um novo reajuste, bem visível se comparado com os anos anteriores, mas ainda seguia o mesmo padrão. Em 2007 teve outra mudança que ganhava alguns detalhes distintos nos anos seguintes, mas mantinha a mesma música e a mesma logo desde 1987.
Em 2009, aconteceu uma mudança bem radical. Mudou a vinheta, a música sofreu uma alteração, embora continuava reconhecível, e a logo também mudou, mas ainda se mantinha parecida com a antiga. A partir de 2013, a abertura mostrava imagens dos artistas e de ambientes da central de produção da Globo, e quando o Zeca Camargo assumiu a apresentação, a logo mudou radicalmente.
A partir de 2015, a produção do programa deu um passo para trás, recuperou a logo anterior, mas a música mudou radicalmente e a vinheta apresentava formas e cores mais modernas.
Cenários
Em grande parte da história do Vídeo Show as gravações foram feitas em ambientes improvisados. Em 1983, o cenário tinha um tom avermelhado com quadros de famosos em preto e branco que logo foi substituído por uma tela de chroma key e a imagem inserida era da ilha de edição.
Em 1987, o cenário passou a ter alguns televisores espalhados pelo estúdio que tinha um aspecto de depósito. O conceito estava alinhado com a proposta do programa que era mostrar os bastidores da TV. Esse padrão se manteve pelos anos seguintes, com algumas alterações, mas sempre dentro da mesma estética.
A partir de 1993, o cenário passou a ser basicamente um fundo colorido, nesse ano haviam luzes de neon, e nos anos seguintes eram pontos luminosos, difusos. Em 1998, ao completar 15 anos, o programa voltou a ganhar elementos físicos, a parede era composta com vários pedaços de tubos partidos ao meio, algo parecido com isso, e passou a contar também com um set para as entrevistas.
Em 2000, outra mudança. O cenário resgatou aquele padrão da tela de TV no fundo com estruturas metálicas, mas agora com bastante luzes e cores. E a grande novidade é que Miguel Falabella passou a receber os convidados e a realizar as entrevistas no estúdio, que incluía a presença de uma plateia.
Em 2001, o cenário foi simplificado outra vez, voltou a ter somente um fundo colorido com linhas abstratas, e somente em 2007 é que o programa ganhou um cenário melhor, mais amplo e com bastante elementos em cena, com um computador para André Marques interagir com os telespectadores e um telão gigante para apresentar as matérias.
Em 2009, o cenário foi reduzido outra vez, era composto por quadrados coloridos e a logo do programa servia de vídeo.
Em 2012, os apresentadores passaram a gravar o programa tendo a redação como fundo, bem ao padrão dos telejornais, mas com uma cara mais alegre. Em 2013, com Zeca Camargo no comando, o cenário passou por uma grande mudança, com tons mais fortes, menos colorido e voltou a ter plateia, essa foi a maior descaracterização já feita e pouco lembrava o que tinha sido o Vídeo Show nos anos anteriores.
Em 2015, Otaviano Costa assumiu o comando do programa e nos primeiros meses não tinha nem estúdio, era apresentado nas ruas lá do complexo de estúdios da Globo. A partir de abril, ganhou um cenário que se limitava a uma bancada e um telão no fundo onde passavam faixas coloridas. Monica Iozzi costumava satirizar a situação dizendo que era um puxadinho no cenário da Fátima Bernardes com uma antiga mesa do Jornal Nacional.
E de fato era, a produção apenas colocava uma parede de cada lado do telão do cenário do programa Encontro.
Em 2016, a emissora cedeu um cantinho próprio para o programa, o estúdio ficava em um ponto bem estratégico com vistas para o complexo de estúdios da Globo onde se manteve até sair do ar. Começou com bancada e depois os apresentadores passaram a apresentar em pé.
Quadros
Outra característica do Vídeo Show eram os quadros que faziam parte do programa, teve vários, como Antenado, Telinha Direta, Espelho Mágico, Vídeo Boy, Vale a Pena Rir de Novo, Pediu, Passou, Novelão da Semana... Mas alguns se tornaram clássicos, como o Falha Nossa que estreou em agosto de 1987, e mostrava os erros de gravações das produções da emissora. Outro era o Túnel do Tempo, que estreou em 1991 e mostrava o que tinha acontecido na TV em alguns anos anteriores.
No quadro Por Onde Anda?, a produção ia atrás dos artistas que já estavam um tempo fora da TV. E no Fora do Ar, mostrava o que os artistas faziam quando não estavam trabalhando, ou seja, em seus dias, ou em suas horas de descanso. Em Gentem com a Gente, Cissa visitava a casa dos famosos para mostrar que fora da TV eles tinham as mesmas necessidades de qualquer outra pessoa comum.
Um quadro bem inteligente foi o Astromóvel. Como o complexo de estúdios da Globo é bem grande, a produção do programa estilizou um dos carrinhos elétricos que serve de transporte para os artistas e enquanto levava-os do portão até os estúdios de gravação um repórter encarregado fazia uma entrevista.
Mas o quadro que se tornou uma extensão do programa e poderia ter ganhado vida própria foi o Vídeo Game apresentado por Angélica, que entrou no ar em 2001 e permaneceu até 2011. Era uma competição entre artistas da emissora que permaneciam de segunda a sexta-feira. Tudo era gravado no mesmo dia, já que os episódios eram curtos e nem os convidados, nem a Angélica faziam questão de trocar de figurino entre uma gravação e outra. Em novembro de 2017, o quadro teve uma edição especial.
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