Luísa Marilac da Silva nasceu em Além Paraíba, no dia 6 de maio de 1978. Ela ficou mais conhecida no Brasil após um vídeo seu publicado em 2010 virar alguns memes de internet.
As falas do vídeo de 2010 de Luisa Marilac se tornaram bordões famosos no Brasil, sendo repercutidos em diálogos de telenovelas e em alguns gibis da Turma da Mônica, dentre eles estão: "Esse verão eu decidi fazer algo de diferente…", "Tomando meus bons drink" e "Se isso é estar na pior, que quer dizer tá bem?".
Após a repercussão do vídeo ela foi convidada para vários programas de TV, inclusive foi convidada para anunciar uma categoria de premiação do VMB na MTV Brasil, em 2011. Mas após aparecer diversas vezes em entrevistas e programas de debates na televisão, afastou-se da mídia e passou a trabalhar em um hotel em São Paulo. Depois disse que nunca recebeu nada pela sua exposição, apesar de render boa audiência por ponde passava.
Em 2015, Luisa Marilac lançou um vídeo em protesto contra os assassinatos de travestis e no mesmo ano começou a trabalhar como escritora para a revista AzMina. Em uma entrevista para o jornal O Globo, em dezembro de 2018, anunciou que iria lançar sua primeira autobiografia, "Eu, travesti", em abril de 2019. O livro foi escrito com o suporte da jornalista Nana Queiroz e tornou-se um sucesso na pré-venda ficando entre os mais vendidos.
Ela já revelou em entrevista que gostaria de trabalhar com Caco Barcellos no Profissão Repórter, o programa investigativo da TV Globo. E já viu seu nome envolvido em algumas polêmicas, como quando sugeriu que Nego do Borel assinasse um acordo em prol da militância LGBT, em vez de pagar uma indenização monetária pelo seu comentário transfóbico. Como parte do acordo de reconciliação, ambos jantaram juntos.
Outra polêmica com Luisa aconteceu após sua entrevista no The Noite com Danilo Gentili, no SBT. Ela foi criticada por participar do programa já que o apresentador é bolsominion, como popularmente são chamados os que criticam a esquerda e defendem o governo atual, pois o mesmo já tomou muitas posições desfavoráveis a causa LGBTQUIA+.
Luisa respondeu: "Existem formas e formas de combater o preconceito, a intolerância. Eu tenho a minha forma de combater mostrando a realidade, discutindo, debatendo (...) Sempre lutei pelo meu direito de ir e vir, pelo meu direito de poder entrar em um bar, comprar alguma coisa, pelo respeito do ser humano em relação a mim. E sei que, automaticamente, lutando pelos meus direitos, estou lutando pelos direitos de muitas travestis. Sempre me senti sozinha no meio LGBT, sempre fui independente. Agora que tenho uma notoriedade, uma visibilidade, a bandeira vem cobrar de mim? Vocês não têm que cobrar nada de mim. Vocês tinham que ter me ajudado em vários momentos que precisei e não ajudaram. Ponham-se no lugar de vocês. Menos."
Atualmente, Luisa se dedica a produção de conteúdos em suas redes sociais, de forma gratuita e por meio pago por apoiadores em acesso restrito e exclusivo à assinantes. Ela mantém frequência semanal em suas produções abordando assuntos comuns do cotidiano como relacionamentos, tutorias de maquiagem, saúde e bem estar, cuidados com animais domésticos, entrevistas com convidados, histórias da vida jovem adulta na Europa e principalmente assuntos relativos à vivência e desafios da vida transexual no Brasil, em especial na capital paulista.
Ela mostrou todo o processo do procedimento para implante capilar em 2020 e também para a retirada do silicone industrial que tinha nos peitos para trocar por próteses adequadas, em 2021. Essa última cirurgia foi paga pelo influenciador Carlinhos Maia.
Apesar de não frequentar nenhuma religião, Luisa se denomina devota à Nossa Senhora Aparecida.
Além dos vários programas de TV em que participou, Luisa também atuou no cinema nos filmes A Bonequinha da Mamãe e Entre Mortos e Vivos, ambos dirigidos por Beto Ribeiro, e escreveu dois livros, o Mundo Estranho, lançado pela Editora Abril e Eu, travesti: Memórias de Luísa Marilac, uma autobiografia.
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