Weluma Brown era filha de empregada doméstica, negra e travesti desde criança. Ela trabalhou como profissional do sexo, como muitas que não se encaixam no padrão cisgênero, por fata de opção. Foi presa diversas vezes enquadrada no Cod.59 - Vadiagem, passando por torturas e até auto mutilação para resistir à prisão.
Mas foi reconhecida no meio artístico através do canto e da dança entrando para a história da Televisão no Brasil. Pois, mesmo durante os anos de repressão da Ditadura Militar, ela foi uma das Chacretes do famoso Programa A Buzina do Chacrinha.
Weluma foi uma estrela e brilhou em Paris onde teve a sua casa de espetáculos, a Le Galaxie, trabalhando com ícones trans como a famosa Coccinelle. Foi a primeira travesti a atuar em um programa na TV francesa mostrando coisas do Brasil, carnaval e samba.
De volta ao Brasil, trabalhou na prefeitura do rio, além de receber das mãos do Prefeito da cidade, César Maia, o Prêmio Diversidade Sexual 2008. E foi Diretora Geral da ASTRA/Rio.
Através da arte Weluma salvou muitas travestis. Ela faleceu em 2013, e deixou como legado às gerações trans o seu nome e a marca de luta por dias melhores.
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