A primeira história em quadrinhos foi publicada nos Estados Unidos, em 1894, em uma revista chamada Truth, pelo americano Richard Outcault. A revista se chamava The Yellow Kid. Já no Brasil, o primeiro gibi apareceu a pouco mais de um século, em 1905. O Tico-Tico foi idealizada por Renato de Castro e publicada pelo periódico O Malho, mas foi em 1960, que realmente deu um boom. A Turma do Pererê, criação de Ziraldo, foi a primeira publicação nacional totalmente colorida.
Antes de A Turma do Pererê surgir já aparecia meio timidamente uma tira e outra de alguns personagens como Bidu e Franjinha, mas nada que despertasse tanta atenção. Foi nos anos 60, que Maurício de Souza ganhou destaque com a sua turma da rua do Limoeiro.
Mas, entre esses clássicos das revistinhas infantis volta e meia aparecia, ou aparece, algum filão. Ou seja, alguém que está na moda e pode render alguma graninha para os seus criadores e para a pessoa inspirada. Já teve, por exemplo, revista em quadrinhos do Leandro e Leonardo, do Ayrton Senna, do Pelé, do Ronaldinho Gaúcho, e até do Tiririca.
Agora prepare-se para se surpreender com outras dez revistinhas de famosos, começando da mais recente até a mais antiga.
Na décima posição temos Ana Maria Braga. Ela está em frente às câmeras desde 1977, quando era jornalista na TV Tupi. Na década de 1990, a apresentadora se destacou fazendo um programa à tarde, direcionado para mulheres, na Rede Record, onde ensinava a fazer artesanatos, culinária... ficava ao vivo durante horas, todos os dias, e já tinha a companhia do seu fiel companheiro o Louro José. Ana ganhou a sua revista em quadrinhos, a Aninha, em abril de 1998, antes de ir para a Globo, que era publicada pela Editora Nova Cultural, e como todas as revistas em quadrinhos infantis, as histórias têm um humor leve. É mais bonitinho do que engraçado.
Em oitavo lugar, Fausto Silva. Os quadrinhos do apresentador chegaram nas bancas em março de 1991, dois anos depois de sua estreia na Globo. A publicação era feita pela Editora Abril e apresentava dois personagens fictícios, o Faustinho e a Faustinha. O menino virou um personagem no programa de tv também, foi o mesmo ator que mais tarde interpretou o macaco no Disney Club, antes ele tinha sido repórter mirim do Xou da Xuxa.
Na sétima posição temos Angélica. Assim que assumiu o comando do Clube da Criança na Rede Manchete, ela se tornou uma sensação rapidamente e gravou discos, fez filmes, teve bonecas e revista em quadrinhos. A publicação chegou nas bancas em julho de 1989, pela Editora Bloch. A fada do Brasil conversava com seu ursinho de pelúcia, sapo... entre outros personagens, e ao invés de aparecer fim quando acabava as histórias, era o seu jargão bye que bye bye bye.
Em sexto lugar, Xuxa. Desde que a modelo estreou como apresentadora na TV, em 1983, ela teve uma carreira sempre em ascensão e no Xou da Xuxa contava com uma turma de personagens, além de ter na equipe um cara que já tinha experiência com quadrinhos, o Reinaldo Waisman que tinha trabalhado com o Mauricio de Souza. Ou seja, ela tinha o queijo e a faca nas mãos. A revistinha chegou nas bancas em janeiro de 1989, pela editora Globo. Reinaldo conseguiu sensualizar ainda mais a apresentadora, mais do que ela já era na vida real, e as historinhas tinham a presença de toda a sua trupe, além de alguns personagens fictícios, como a sua arquirrival Mocreia Fantástica que sempre queria roubar o seu posto de rainha dos baixinhos, além de Maria, a senhora que trabalhava em sua casa na vida real. E até as Paquitas tiveram gibi também. Elas eram presença obrigatória nos quadrinhos da Xuxa, mas ganharam os seus próprios.
Em quinto lugar, Sergio Mallandro. A revista em quadrinhos chegou nas bancas em outubro de 1988, pela editora Abril. Mas aí em 1990, ele assinou com a Globo e as historinhas passaram a ser publicadas pela Editora Globo, zerou tudo e começou de novo.
Em quarto lugar, o rei dos sábados, Gugu. Gugu liderava a audiência nas noites de sábado com o Viva a Noite, ele era tipo a versão masculina da Xuxa em termos comerciais. Tinha discos, bonecos, fez filmes e é claro, uma revista em quadrinhos. A primeira edição chegou nas bancas em setembro de 1988, pela editora Abril. E aí a Editora Sequência também publicou algumas revistinhas com traços e histórias diferentes do que Abril costumava fazer.
O terceiro lugar é do Fofão. O personagem mais popular do saudoso humorista Orival Pessini. O alienígena foi criado para integrar o infantil Balão Mágico na Rede Globo e ganhou vida própria. Ele gravou discos, filme, teve o seu próprio programa de TV, o nome e a imagem licenciada para vários produtos, entre eles o gibi. A primeira publicação do Fofão chegou às bancas em abril de 1987, pela Editora Abril e o roteiro ficou por conta do próprio Orival, tudo o que levava o seu nome, tinha o seu dedinho.
O segundo lugar é dos Trapalhões. O humorístico estreou na TV em 1974, na Tupi e depois, em 1977, foi para a Globo. A trupe é um dos recordistas de filmes nacionais, eles chegaram a gravar discos também e até fizeram participações nos álbuns de outros artistas, cantaram com a Xuxa, com a Angélica, quando elas ainda estavam na Manchete. A primeira versão da revista em quadrinhos chegou nas bancas em 1976, pela Editora Bloch. Em janeiro de 1988, a revistinha passou a ser publicada pela editora Abril com um design reformulado. E em 1996, a Bloch voltou a publicar a revistinha.
E o primeiro lugar, a revista em quadrinhos mais antiga é do Bozo. O personagem foi criado por Alan Livisgston, em 1946, como narrador de discos infantis, e quem emprestava a voz ao palhaço era o ator Pinto Colving, o dublador original do Pateta, da Disney. O programa de TV só foi estrear em 1949, e em 1954 ele chegou no Brasil.
Em janeiro daquele ano, o Gibi Batuta passou a publicar os quadrinhos de "Bozo, o Rei dos Palhaços". Ou seja, a primeira publicação das histórias do Bozo chegou às bancas em janeiro de 1954, através da editora Orbis. A capa era colorida, mas os quadrinhos em preto e branco.
Detalhe, o programa só estreou no Brasil em 1981, com Arlindo Barreto, além dele teve o Paulo Seyssel e o Luiz Ricardo que também vestiram a fantasia do palhaço, só para citar alguns, porque existiram vários. Mas antes de todos, o humorista José Vasconcelos vestiu a roupa do Bozo para fazer shows e para promover as vendas dos álbuns em lojas de discos. Aliás, ele gravou também as versões em português dos álbuns. O primeiro foi A Canção das Boas Maneiras, um disco com duas faixas musicais. E em 1956, ele gravou outros três discos, Bozo nas Selvas, Vamos Rir Com Bozo e O Palhaço Bozo Apresenta Suas Aventuras. Os discos mesclavam canções e histórias infantis.
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