Tenho o poder de escrever o futuro.

Uma das coisas que aprendi com o Yôga, é que a mediunidade, que agora talvez eu faça uma grande salada com informações cruzadas, tem a ver com o giro dos nossos chakras. E que o sentido que eles giram permite a poucas pessoas desenvolverem esta capacidade de ver o que a maioria não vê.

Explicando rapidamente, os chakras (pronuncie tchácra) são pontos de destribuição de energia em nosso corpo, e temos vários deles, muitos para ser mais exato. Esses pontos giram vertiginosamente alimentando nossos canais energérticos e produzem efeitos físicos. São esses pontos e canais que a acupuntura, por exemplo, interfere para produzir os efeitos desejados através das agulhas colocados num paciente do acupunturista.

Pois bem, geralmente os chakras giram em sentido anti-horário, ou seja, se você olhar para um relógio de ponteiros, os seus chakras estarão girando na direção contrária dos ponteiros e produzem um efeito de liberação de energia, como uma centrífuga. Já os sensitivos e médiuns têm esse pontos energéticos girando em sentido horário, o que produz um efeito de absorção de energia.

Médium, eu não sou. Sensitivo também não. Mas já me deparei com algumas situações curiosas, como por exemplo, fatos de uma história ficticia que escrevi para um livro acontecerem quase que ipsis litteris na vida real. Teria eu escrito algo que já estava no meu insconsciente? Só adiantei algo que já estava determinado de acordo com o rumo que minha vida tomava?

Pode ser.

E aí, em 2020, sempre me deparando com muitos vídeos de efeitos especiais para chroma key, no Youtube, resolvi juntar alguns deles para, a partir desses efeitos, construir uma história. Como acho complicado reunir pessoas para gravar participações eu optei por atuar sozinho e como desculpa para ser o único ser vivo naquele que seria meu primeiro curta metragem, ou minha primeira tentativa pelo menos, o tema escolhido foi O Dia Em Que A Terra Parou.

Na histórinha, meu personagem despertava em um avião voando sem nem um outro passageiro e para a sua surpresa a cabine de comando estava vazia também, todo mundo havia sumido, mas tudo não passava de um sonho. No entanto, ao despertar, notou que precisava comprar pão e ao sair a rua percebeu que a cidade estava deserta, então ele começa a se imaginar dono do mundo, explorando todas as possibilidades possíveis sem a intervenção de ninguém até ser trazido a realidade com um aviso de greve geral.

Parecia uma boa ideia e comecei a gravar os primeiros vídeos para teste, e de repente... o mundo parou. Entramos em quarentena. As ruas ficaram vazias, quase tudo como eu havia pensado em retratar no vídeo. Que loucura.

Desisti do projeto, até porque na época a situação era muito tensa, havia medo no ar, um clima de filme de terror. Não era um bom momento para brincar com a situação. Mas passado mais de sete meses, eu resolvi retomar o projeto com um roteiro adaptado para registrar como foi ficar preso em casa e já está em fase de produção, aguarde. Mas desta vez com a aparição de alguns convidados que foram inseridos digitalmente nas cenas.

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