Gilberto Braga

Gilberto Tumscitz Braga nasceu no Rio de Janeiro, no dia 1 de novembro de 1945.

Ele é considerado um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira. Estreou como autor em 1973, ao assinar dois episódios de Caso Especial: As Praias Desertas e Feliz na Ilusão. Na mesma época desenvolveu em parceria com Lauro César Muniz a autoria do folhetim Corrida do Ouro (1974), mas se afastou na metade do trabalho por ainda não estar habituado ao ritmo de escrita para a televisão.

Gilberto Braga foi o primeiro autor brasileiro formado exclusivamente para a televisão, jamais escreveu para teatro. Sua telenovela de 2007, Paraíso Tropical, foi indicada em 2008 ao Emmy na categoria de melhor novela. Uma das suas marcas registradas era um assassinato misterioso nos capítulos finais da trama.

O professor de francês ingressou no jornal O Globo como crítico de teatro e cinema, experiências que lhe permitiram passear por obras clássicas e contemporâneas na TV. Ele adaptou obras literárias como Helena, de Machado de Assis e Senhora de José de Alencar, além de Escrava Isaura, baseada no romance homônimo de Bernardo Guimarães, que durante muito tempo, foi a novela mais vendida de todos os tempos e consagrou mundialmente a atriz Lucélia Santos, que iniciava a carreira.

Com a novela Escrava Isaura, foi considerado o responsável por levar a teledramaturgia brasileira para o mundo, sendo vendida para países como Cuba, China, Alemanha, Rússia e outros.

Em 1975, Gilberto Braga colaborou com Janete Clair na autoria da novela Bravo! e a substituiu quando ela teve que preparar outra trama para o lugar de Roque Santeiro, de Dias Gomes, cuja exibição fora proibida pela censura militar no dia da estreia. Com a proibição, ela escreveu então aquele que se tornaria um dos maiores sucessos, a novela Pecado Capital.

É de Aguinaldo Silva as telenovelas e mini séries: Senhora (1975), Helena (1975), Escrava Isaura (1976), Dona Xepa (1977), Água Viva (1980), Brilhante (1981), Louco Amor (1983), Corpo a Corpo (1984), Anos Dourados (1986), O Primo Basílio (1988), Vale Tudo (1988), O Dono do Mundo (1991), Anos Rebeldes (1992), Pátria Minha (1994), Labirinto (1998), Força de um Desejo (1999), Celebridade (2003), Paraíso Tropical (2007), Insensato Coração (2011), Babilônia (2015) e o seu maior sucesso Dancin' Days de 1978.

A trilha sonora internacional de Dancin'Days, basicamente com canções de discotecas vendeu mais de um milhão e meio de cópias, enquanto a trilha nacional vendeu um milhão de cópias. A trama estimulou o crescimento de novas casas do gênero e lançou diversos modismos, como voos de asa delta e meias de lurex usadas com sandália.

Gilberto se tornou tão influente na Rede Globo que escalava, além dos atores para as suas tramas, a trilha sonora também. E gostava de inserir clássicos como fundo para as suas histórias.

Além de escrever várias, tramas, Gilberto Braga também fez colaborações com outros autores, revisão de textos e substituiu Sílvio de Abreu a título informal em alguns capítulos na autoria da novela Rainha da Sucata (1990) quando o autor precisou se afastar durante algumas semanas devido a problemas pessoais. Em 1992, substituiu Glória Perez na condução da novela De Corpo e Alma em parceria com a fiel colaboradora Leonor Bassères para que a autora se afastasse por algumas semanas devido ao assassinato de sua filha, a atriz Daniela Perez.

No dia 26 de dezembro de 2013, Gilberto Braga e o decorador Edgar Moura Brasil ficaram noivos para, em 22 de março de 2014, oficializar o casamento. O longo relacionamento de ambos durou quase 50 anos.

Gilberto Braga morreu em 26 de outubro de 2021, aos 75 anos de idade, no hospital Copa Star, no Rio de Janeiro (RJ), vítima de complicações decorrentes do Mal de Alzheimer e uma infecção sistêmica decorrente de uma perfuração no esôfago.

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