O Angel Mix foi o primeiro programa de Angélica na Rede Globo, estreou no dia 16 de setembro de 1996, às 11h, depois da TV Colosso, com direção do núcleo do Boninho e durava meia hora. No mesmo dia, às 11h30, entrou no ar a novelinha Caça Talentos com meia hora de duração também. Com o passar do tempo a atração ganhou meia hora a mais começando a partir das 10h30, e passou a ocupar toda a grade infantil da emissora a partir de janeiro de 1997, iniciando às 8h30.
O programa manteve as tradicionais brincadeiras dos programas infantis de auditório, a competição acontecia entre duas equipes, a azul e a laranja. Cerca de 500 crianças de oito a dez anos participavam das gravações e o cenário tinha uma arquibancada e duas passarelas de dois andares, montado no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro.
Inicialmente havia um quadro em que umas crianças invadiam o programa via Internet para conversar com Angélica, mas não durou muito tempo. Angélica contava com o auxílio do robô Robobão e do computador PC do Bem que entregavam cartas e e-mails à apresentadora, além de quatro meninas, as Angels, Juliana Silveira, Geovanna Tominaga, Micheli Machado e Mirella Tronkos. E dois Angélcios, o Caio César Bonafé que foi junto do SBT e outro Caio que foi selecionado para o programa na Globo.
Esse segundo menino ficou pouco tempo no programa, depois dele o Carlos Manuel do Vale que também já tinha trabalhado com a Angélica no SBT, no Passa ou Repassa, assumiu o posto. Ao longo dos anos em que o programa ficou no ar, passaram outros três rapazes, o Daniel Florenzano, o Sylvio Carvalho e o Sandro Almeida.
A produção do programa havia preparado uma nuvem com uma a letra A gigante que seria de veículo de entrada de Angélica no palco, isso chegou a ser usado nos pilotos, mas talvez o resultado não tenha sido satisfatório, poi a ideia foi descartada.
Em Caça Talentos, Angélica interpretava a Fada Bela, que era meio fada, meio humana e veio ao mundo real para fazer uma experiência. Esse foi o projeto mais bem-sucedido dela, a novelinha teve 500 episódios e contou com a atuação de grandes nomes da emissora. Alguns se tornaram grandes depois. Tinha o Eduardo Galvão, a Helena Fernandes, a Ana Furtado e a Cláudia Rodrigues que estrearam com atrizes, a Marilu Bueno, a Betina Viany, o Antônio Pedro, o Tony Tornado, o Igor Lage e a Paula Sanioto, além de várias outras participações especiais.
A personagem de Angélica ganhou um tema, a Fada Bela, que entrou para o seu CD. Além dessa canção, o álbum que foi lançado nesse ano contou com os hits a dança dos 40 limões, Chocolate, Meninas, Big Bom e A festa da pachanga que entrou no álbum Bailando Salsa e Merengue que fez parte da novela Salsa e Merengue, além de outras. O álbum teve 16 faixas contando com um remix da dança dos 40 limões.
Em 1997, o cenário teve algumas alterações, mas ainda mantinha as características anteriores e Angélica passou a dedicar parte do programa para as crianças de até 5 anos, a primeira hora, das 8h30 às 9h30.
Ela lançou um novo CD, que apesar de não ter tantos hits como o anterior, esse vendeu mais do que o dobro. O seu principal hit foi Ciúme e teve também A dança da fadinha.
Em 1998, a direção passou para o núcleo do Jorge Fernando. E no decorrer desse ano o cenário passou por mais algumas alterações, o programa ficou mais temático, mais teatral, comemorando por exemplo, a Copa do Mundo, as Festas Juninas, a chegada da primavera... E ficou mais educativo. Angélica passou a interpretar alguns personagens, como a professora de ginástica gorda, a Malha Sônia. Uma salva-vidas perua, a Brigite. Uma hippie que não sabia cozinhar e vendia sanduíches naturais, a Alga Maria. E a Sereia Serena que lia as cartas e e-mails enviados pelo público, auxiliada pelo polvo Zé Polvilho, um boneco cuja mobilidade era fruto do trabalho de dois manipuladores.
Até no álbum musical desse ano a Angélica ficou pedagógica, o CD é totalmente infantil, que, aliás, é muito bem produzido, é gostoso de ouvir. Começa com a canção Palavrinhas Mágicas e dentre as tantas canções tinha Amor de Fada, o terceiro tema da Fada Bela, que teve a sua última temporada.
No final do ano o programa passou a ter direção de criação de Carlos Manga que mexeu também no cenário. E em 1999, a direção ficou a cargo de Marcelo Zambelli que reformulou tudo outra vez, inclusive o logo do programa. Nas férias de janeiro, Angélica passou a encenar histórias baseadas em clássicos infantis, como Ali Babá e os 40 Ladrões, Os Três Porquinhos, Simbad, o Marujo, Chapeuzinho Vermelho, João e o Pé de Feijão e Festa no Céu, além de lendas brasileiras. Ela contava com a companhia da tartaruga Tatá, a bordo do Mixmóvel. E Angélica anunciava os desenhos animados com um chroma key de fundo.
Em março, o programa voltou a ser direcionado para os adolescentes, mas a Rede Globo não aprovou a mudança e demitiu o diretor e colocou Inácio Coqueiro em seu lugar. Nessa altura com tanta mudança, Angélica já estava descontente e estudando a possibilidade de ir para a Record, ela ganhou um novo cenário com plateia e essa parte passou a ser chamada de Angel Mix Games, que ia ar às 11h.
Nesse ano, Angélica lançou o álbum Angel Hits & Amigos, fazendo dueto na maioria das canções. Inclusive regravou o seu maior Hit, Vou de Táxi, com a participação de Claudinho e Buchecha.
No mês de junho estreou a temporada Angel Mix Férias, com gravações externas em algumas regiões até fora do Rio de Janeiro, como no zoológico de São Paulo; e num parque aquático em Fortaleza. Em outubro, nas vésperas do Dia das Crianças, foi lançada a novelinha infantil Flora Encantada, exibida dentro do Angel Mix às 10h30, com duração de 30 minutos. Tratava-se de uma série com tema ecológico que transmitia noções de cidadania, preservação da natureza, qualidade de vida e solidariedade. Angélica interpretava Flora, uma moça com dons de fazer as plantas florescerem, e contava com a atuação de alguns bonecos confeccionados e manipulados pela equipe de Renato Spinelli e Quiá Rodrigues que criou os bonecos da TV Colosso.
Os cenários apresentavam três ambientes diferentes, a floresta, a sede da reserva e a casa da bruxa Gana Ganância. Inicialmente a novelinha apresentava duas a três histórias curtas e independentes por dia, e a partir de fevereiro de 2000, as histórias passaram a ser semanais. Além de Angélica e dos bonecos, no elenco tinha Fernanda Lobo, Leonardo Miggiorin e Vanilson Bente. A série ficou no ar até março de 2000, quando o Angel Mix sofreu uma nova reformulação, agora pelas mãos de Roberto Talma, o sexto diretor do programa em pouco mais de três anos.
Nesse ano o programa teve a melhor vinheta de abertura e passou a contar com um auditório de 100 crianças e com novos quadros, além de uma parte de dramaturgia que mostrava o cotidiano e as aventuras de uma família substituindo Flora Encantada. A novelinha era baseada nos personagens do livro e da peça teatral As Molecagens da Vovó, de Márcio Trigo. A participação de Angélica nesse quadro era conversando com os personagens pela televisão.
O último Angel Mix foi ao ar no dia 30 de junho de 2000, pouco antes de completar 4 anos. Na semana seguinte, Angélica passou a comandar o Férias Animadas, fazendo viagens e chamadas de novos desenhos até meados de agosto e, em outubro, estreou o programa Bambuluá.
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