Quanto tempo de vida te custa os teus gostos?

Há um filme que já vi duas vezes, não porque seja maravilhoso e recomendável, mas porque eu estava na companhia de pessoas que queriam vê-lo e ele não é de todo ruim. Chama-se "In Time", lançado em 2011 com Justin Timberlake no papel principal, e traduzido para "O Preço do Amanhã" no Brasil.

Trata-se de um mundo onde as pessoas amadurecem fisicamente até os 25 anos e a partir de então deixam de envelhecer, mas para continuar vivendo precisam ganhar tempo. Ou seja, a moeda corrente é tempo de vida, e enquanto alguns serão imortais com suas milhões de horas acumuladas, outros precisam batalhar para continuar vivos no dia seguinte.


Não sei se José Mujica, o ex presidente do Uruguai, viu esse filme ou outra coisa qualquer que talvez até o próprio diretor Andrew Nicool tenha se inspirado, mas ele já comentou que as coisas que compramos não pagamos com dinheiro e sim com tempo de vida, e isso faz todo sentido.


Estive pensando nisso recentemente. Quanto tempo temos que trabalhar para conseguir o valor que necessitamos para comprar algo que precisamos ou apenas queremos para uma realização pessoal?

A vida é muito mais preciosa do que qualquer capricho, então, se esse presente seja material ou algo como uma viagem, vai contribuir para a sua/felicidade, e é mais importante do que o tempo que você vai dexar de viver para conseguí-lo, está tudo bem.


E como temos que trabalhar para suprir as necessidades mais básicas que é comer e ter um abrigo, é importante escolher uma profissão que gere prazer. Aliás, qualquer atividade quando é executada por necessidade ou obrigação deixa de ser prazerosa, então o desafio é encontrar um trabalho que gere o menos possível de estresse.

Tempo é vida e não podemos desperdiçar nossa vida apenas para acumular bens, devemos trabalhar porque precisamos, mas devemos exercer um ofício que nos dê tempo, mais do que dinheiro, ou o dinheiro não servirá para nada e não se recupera tempo perdido.

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