Sei que não sou o único a fantasiar eventuais acidentes e contratempos diante de algumas cenas corriqueiras do nosso cotidiano porque isso é uma forma de auto preservação.
Dou-te um exemplo. Todas as vezes que eu via um caminhão limpando os bueiros da cidade, aqueles caminhões tanques de médio porte que colocam uma mangueira dentro do esgoto para sugar toda a porcaria para dentro do reservatório que fica na carroceria do veículo, eu imaginava aquilo todo explodindo quando eu estivesse passando ao lado, e por isso, ou atravessa para o outro lado da rua, ou acelerava o passo.
Nunca vi nem um tipo de acidente com esses caminhõezinhos, mas ainda que não explodissem, eu poderia tropeçar na mangueira, cair no bueiro aberto, enfim, estaria suscetível a qualquer tipo de acidente se caminhasse desatento.
Esse é só um exemplo, pois eu tenho a imaginação bem fértil e quase sempre imagino algo desagradável acontecendo em coisas que quase nunca oferecem um risco real. E não é porque eu seja uma pessoa negativa, pelo contrário, sou bem otimista e sempre evito situações que geram mal estar e quanto a essa minha forma de ver as coisas, eu fiquei muito feliz quando ouvi que é um instinto natural que herdamos dos nossos antepassados das cavernas.
Naquela época, quando as pessoas tinham que sair de suas cavernas para procurar comida ou buscar água, elas precisavam estar muito atentas para que não fossem devoradas pelas feras que dominavam a Terra. O perigo estava atrás de qualquer rochedo, árvore ou moita, e é esse instinto de sobrevivência que chamamos de medo que não podemos ignorar, subestimar.
Pense nisso. E respeite mais os seus instintos se quiser ter uma vida longa.
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