Talvez o grande trunfo de Barcelona seja o seu tamanho. Territorialmente a cidade é pequena e como é bem populosa não tem espaço para se formar favelas, aliás, eu nem sei se tem casas comuns, não me recordo ter visto, pois os prédios imperam na cidade. Em sua grande maioria, baixos, mas estão por toda parte e colados um ao lado do outro.
No entanto, por acaso eu entrei em uns becos onde visivelmente os edifícios se diferenciam dos que estão nas áreas de maior movimento.
Eu tinha combinado de encontrar uma amiga e como ela estava trabalhando no centro antigo, conhecido como cidade gótica, eu precisei usar o gps do smartphone, mas em um dado momento passei de um ponto onde deveria entrar e depois para corrigir o percurso fui entrando em outras ruas até voltar a rota da navegação.
A cidade antiga, cidade gótica, parece um labirinto com suas ruas muito estreitas que formam corredores e exigem que andemos em zigue zague, já que os percursos são curtos e se foram planejados a intenção era impedir a fuga de algum desavisado que caisse por lá.
Em uma parte desse centro, onde as pessoas são visivelmente mais pobres, eu fui abordado por uma prostituta que se dirigiu a mim como uma caçadora que identificou sem esforço uma presa. Ela não parecia perigosa, mas eu senti medo, medo de tudo, do lugar, dos becos com poucas pessoas, das pessoas... Aliás, eu sou bem medroso e essa experiência me ensinou uma grande lição.
Também já fui advertido para tomar cuidado com pertences no bolso e na bolsa, pois existem muitos batedores de carteira. Já fui abordado por 3 pessoas pedindo dinheiro e já vi algumas dormindo nas ruas. Ah, em um passeio com um grupo de amigos no Parque Guell, o parque onde estão as obras de Gaudi, vimos uma casa invadida. Os invasores fizeram questão de escrever frases de resistência no telhado do predinho ocupado.
Outro detalhe de Barcelona, que se estende por toda a Europa, é que as pessoas fumam muito. Nesse aspecto o Brasil está léguas de distância a frente, pois a lei que proíbe pessoas de fumarem em locais fechados ainda não chegou por aqui.
Ainda assim, as pessoas são o que há de melhor na cidade, a educação e o respeito ao próximo é mais precioso do que qualquer monumento que eu já tenha visto por aqui.
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