Letícia Spiller

Leticia Spiller Pena, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de junho de 1973. Ela ficou muito conhecida como a Paquita Pituxa Pastel, mas iniciou sua carreira artística bem antes de começar a trabalhar com a Xuxa. Foi em 1985, quando deu os primeiros passos como atriz fazendo teatro amador no Colégio Sagrado Coração de Maria, onde estudou. Depois cursou o teatro O Tablado, com o professor Bernardo Jablonski.

Em 1989, as Paquitas Ana Paula Guimarães, a Catuxa Catu, e a Louise Wischerman, a Pituxa Alemã, deixaram o grupo para apresentar um programa em outra emissora. A trupe então contava apenas com a Andreia Sorvetão dentre as primeiras soldadinhas, e as Paquitinhas Roberta Cipriani que era a Xiquitita Surfista, a Priscila Couto que era a Catuxita Top Model, a Tatiana Maranhão que era a Paquitita Loira e a Ana Paula Almeida que era a Pituxita Bonequinha. Ou seja, um grupo basicamente de crianças.

 Então, Marlene Mattos abriu um concurso para escolher uma paquitona, uma menina mais velha, e Leticia Spiller fazia parte do casting da mesma agência de modelos que a Andreia Faria, a Xiquita Sorvetão, integrava. E foi ela que persuadiu Leticia a se inscrever para o teste de Paquita. Inicialmente a Marlene queria uma substituta para a Andreia Veiga, que tinha sido a primeira a deixar o grupo, mas como a Leticia era muito parecida com a Louise Wischerman, ela ocupou o cargo de Pituxa e depois ganhou o apelido de pastel por ser um pouco desligada, meio aérea.

Leticia deixou bem claro desde o começo que sua intenção era investir na carreira de atriz aceitando o cargo de Paquita para pagar seus estudos de teatro e para se ambientar na TV. No entanto, com a saída de Andreia Faria em 1990, ela passou a ser a líder das meninas. Isso era algo necessário para manter a ordem no grupo, a primeira tinha sido a Andreia Veiga, com a sua saída a Louise Wischerman assumiu o cargo e depois a Andreia Faria ficou com a responsabilidade. Com a saída da Sorvetão a Leticia passou a ocupar o posto da mais velha do grupo, e coube a ela a responsabilidade de cuidar da meninada.

Apesar de ser a mais solicitada do grupo, a única que viajava para todos os lugares com a Xuxa, em 1990, começou a participar do Grupo Porão, sediado no Teatro Villa-Lobos. Ela já falou em programas de TV que algumas vezes simulou estar doente para poder se dedicar um pouco mais ao teatro, já que a função de Paquita lhe exigia muito e quase não tinha folga.

Como Paquita Leticia gravou os dois álbuns que foram lançados em 1989 e 1991, gravou os filmes Lua de Cristal, Sonho de Verão e Gaúcho Negro, e trabalhou nos programas da Xuxa na Argentina e na Espanha, além do Xou da Xuxa no Brasil e de fazer várias participações em programas de outras emissoras, como o Viva a Noite e o Passa ou Repassa que na época era apresentado pelo Gugu.

Em 1992, no auge do sucesso da Xuxa no exterior, Leticia resolveu sair do grupo e Ana Paula Guimarães foi chamada para ocupar o seu cargo. Ao deixar o Xou da Xuxa ela estreou no humorístico Os Trapalhões com a personagem Querência no quadro Zé do Brejo e, ainda naquele ano, estreou como atriz de telenovela na trama das 18h, Despedida de Solteiro, com a personagem Debbie.

Após a novela, Leticia se dedicou ao teatro, e em 1994, quando deu início a Oficina de Atores da Globo foi convidada a participar da telenovela Quatro por Quatro que a projetou nacionalmente e lhe colocou definitivamente no elenco de atores da TV. E a sua entrada para essa novela foi um golpe de sorte porque o seu papel tinha sido pensado para a Adriana Esteves, no entanto, a novela que deveria ir ao ar foi cancelada e Quatro Por Quatro teve que ser adiantada. Como Adriana Esteves já estava envolvida com outro trabalho naquele momento, Leticia foi indicada e ficou com o papel da Babalu.

A novela entrou no ar só com 4 capítulos prontos, mas a personagem de Leticia, assim como sua interpretação, foi considerada destaque da novela, transformando a cabeleireira Babalu na personagem mais popular da obra de Carlos Lombardi e uma das mais populares no contexto das telenovelas da década de 90. Seus trejeitos, maneira de andar e roupas eram copiadas pelas meninas da época. E Leticia acabou se casando com o ator Marcelo Novaes, com quem fazia par romântico no folhetim.

Ainda na década de 90, Letícia atuou nas novelas Cara & Coroa, O Rei do Gado, Zazá e Suave Veneno ocupando outra vez um papel de protagonista. Mas não foi só na TV que ela trabalhou não, atuou no filme O Pulso, na série Mulher e em algumas obras de Teatro.

A Leticia tem um estilo caricata de atuar e além dos trejeitos e sotaques que ela adota para cada personagem, não tem problema também em mudar o visual. Para a personagem Babalu ela cortou o cabelo, depois para a vilã Maria Regina de Suave Veneno ela cortou mais ainda e pintou de preto. Em 2001, ela rescusou o papel da Jade na novela O Clone porque estava fazendo teatro e raspou a cabeça para o seu personagem, voltou a televisão em 2002, quando interpretou mais uma protagonista das 18h, a Diana de Sabor da Paixão e usando peruca porque o seu cabelo ainda não tinha crescido o suficiente.

Só na década de 2000 ela atuou em sete novelas, já começou com Esplendor, depois fez Sabor da Paixão, Kubanacan, Senhora do Destino, Duas Caras, Viver a Vida, além da série Amazônia e de participações em várias obras da emissora como A Grande Família, Sítio do Picapau Amarelo, Cidade dos Homens e Linha Direta. Esteve no cinema no longa Oriundi, Villa Lobos Uma Vida de Paixão e Flordelis Basta uma Palavra para Mudar, e no curta O Problema. Atuou no teatro, mas apesar de tudo, em 2006 participou do reencontro das Paquitas no especial Xuxa 20 Anos.

E junto com a rainha dos baixinhos, ela atuou no filme Duendes 2 - No Caminho das Fadas, em 2002, e Sonho de Menina, em 2007.

Na década de 2010, ela esteve em Malhação, Salve Jorge, Joia Rara, Boogie Oogie, I Love Paraisópolis, Sol Nascente, Os Dias Eram Assim e o O Sétimo Guardião. E foi o ano em que mais fez cinema. Esteve nos longas: De Corpo Inteiro, O Gerente, Desenrola, O Inventor de Sonhos, O Casamento de Gorete, Tudo Que Deus Criou e Eu Sou Brasileiro.          

Apesar de eu não colocar os nomes das peças teatrais aqui, o teatro sempre esteve presente em sua vida e na década de 2010 não foi diferente. Além de atuar na TV, nos cinemas e nos palcos, ela também ingressou na música, em 2017, Letícia se tornou uma das integrantes do Coletivo El Camino, um grupo que nasceu da união de seis artistas de lugares diferentes; seus espetáculos envolvem teatro, música, artes plásticas e literatura.

Na década de 2020, com a reformulação de contratos da TV Globo, ela foi dispensada da emissora em 2021. Mas como tem uma carreira bem consolidada como atriz, trabalho não lhe faltou, pois só nesses primeiros anos dessa década já atuou em três filmes, são eles, Nunca Fomos Tão Modernos, Um Ano Inesquecível – Inverno, e Dano Moral com previsão de estreia para 2024. Além de atuar na segunda temporada da série Cidade Invisível, na Netflix, e participar do documentário da Xuxa no Globoplay.

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