Todos os filmes de Angélica


Angélica, além das telinhas, brilhou também nas telonas interpretando personagens carismáticos, divertidos e memoráveis que conquistaram fãs de todas as idades. Prepare-se para relembrar todos seus filmes e descobrir curiosidades dos bastidores e conhecer suas personagens mais icônicas do cinema brasileiro.

Heróis Trapalhões - Uma Aventura na Selva


O primeiro filme de Angélica foi junto com os Trapalhões, no ano de 1988, em Heróis Trapalhões - Uma Aventura na Selva. No filme, interpreta ela mesma, que acaba sendo sequestrada por um fanático, e interage com o grupo Dominó com quem gravou o dueto Palavras, antes mesmo de lançar seu próprio álbum. O longa levou mais de 3.639.000 pessoas aos cinemas. Esse filme foi a maior bilheteria de um filme com Angélica.


É bem provável que essa sua participação aconteceu porque a Xuxa desistiu da personagem, já que ela tinha recebido a proposta de lançar o filme Super Xuxa Contra Baixo Astral. Segundo a diretora Anna Penido, Xuxa já tinha assinado um contrato para atuar em outro filme quando ela apresentou o projeto e, então, a apresentadora cancelou o contrato para ter o seu primeiro próprio filme. A partir de então, Os Trapalhões passaram a revezar Xuxa e Angélica em seus filmes.

Os Trapalhões na Terra dos Monstros

Em 1989, Angélica atuou no filme Os Trapalhões na Terra dos Monstros interpretando uma jovem cantora que ganha um concurso de talentos e que se perde com seu namorado em uma caverna repleta de seres estranhos. O grupo Dominó participa outra vez das gravações, mas em um papel pequeno. Angélica atua com o Conrado, e tem a sua música Nosso Amor é Uma Festa incluída na trilha sonora do filme. O longa levou mais de 3 500 000 pessoas ao cinema.


Como apresentadora Angélica teve uma ascenção meteórica, além dos dois filmes logo nos primeiros anos do seu comando no Clube da Criança, o primeiro álbum foi um estouro de vendas. E não parou por aí.

Uma Escola Atrapalhada

Em 1990, Angélica atuou em outra obra dos Trapalhões, mas dessa vez a trupe se limitou a fazer uma pequena participação em Uma Escola Atrapalhada e ela foi alçada a protagonista, interpretando a personagem Tamí, contracenando com com Supla. O filme é repleto de artistas que faziam sucesso na época, como o grupo Polegar e o apresentador Gugu Liberato, além de vários nomes que ganharam bastante projeção no meio artistico, como os atores Selton Melo e Leonardo Brício.


A música Angelical Touch, do seu segundo álbum, entrou para a trilha sonora do filme que levou mais 2.571.000 espectadores aos cinemas. Uma Escola Atrapalhada foi um dos longas mais marcantes do ano de 1990, se não da década, junto com Lua de Cristal e Sonho de Verão.

Simão - O Fantasma Trapalhão

Depois de um longo período de crise no cinema nacional, e a dissolução do grupo Os Trapalhões coma morte de Zacarias e Mussum, Angélica só voltou a atuar em um filme do Renato Aragão em 1998, em uma pequena participação em Simão - O Fantasma Trapalhão, interpretando ela mesma. Nesse período o cinema brasileiro estava retomando as suas produções, pode se dizer que estava renascendo e Angélica aproveitou a onda.

Zoando na TV

Em 1999, tivemos o primeiro filme produzido especialmente para Angélica e pela produtora Angélica Produções Artísticas. Zoando na TV é uma comédia romântica onde a apresentadora interpreta a personagem Angel, uma jovem sonhadora apaixonada pelo Rodrigo, interpretado por Márcio Garcia, que é sugado pelo televisor e ela vai atrás vivendo uma grande experiência ao ter que se adaptar aos programas de cada canal onde vai parar. O filme levou mais 900.000 pessoas aos cinemas.


Angélica gravou duas canções para a trilha sonora do filme, Meu Namorado e Meus Amores Da Televisão, essa segunda é uma regravação de Roberto Carlos. E esse filme também foi o primeiro produzido pela Globo Filmes, a produção foi uma parceria entre Globo Filmes e Angélica Produções Artísticas.

Xuxa e os Duendes

Em 2001 aconteceu o encontro de milhões, Angélica interpretou a fada Melissa, junto de Wanessa Camargo, no filme Xuxa e os Duendes. Foi a primeira vez que as duas apresentadoras atuaram em uma mesma produção. Angélica gravou a canção A Magia Do Amor para a trilha sonora do filme. O longa levou mais de 2.657,091 espectadores aos cinemas.

Albumas referências dizem que esse filme encerrou de vez os boatos de rivalidade entre as duas apresentadoras, mas o fato é que as duas realmente se afastaram por um bom tempo. Quando Angélica assinou contrato com a Globo elas nunca mais apareceram juntas, Xuxa só voltou a falar de Angélica quando ela estava na pior fase de sua carreira, já tinha perdido o programa da manhã.

Um Show de Verão

Em 2004, Angélica protagonizou o filme Um Show de Verão, interpretando a personagem Andréa que se torna uma cantora de sucesso, fazendo par romântico com seu futuro marido, Luciano Huck. Deveria ter funcionado como o Lua de Cristal de Angélica, mas apesar do enorme apelo com várias participações de cantores e outros artistas, o filme levou pouco mais de 200.000 pessoas aos cinemas.


Angélica gravou três canções para o filme: Um Show de Verão, Futuro Azul e O Show Tem Que Continuar. Além dessas, outros 18 faixas compõem a trilha sonora. O filme foi produzido em parceria por várias empresas, dentre elas a Xuxa Produções. Eu só não sei se a inteção foi ajudar a amiga ou afunda-la de vez porque esse filme recebeu muitas críticas negativas. E uma curiosidade, a Angélica chegou a aplicar botox na barriga para exibi-la mais enxuta.

Xuxa em o Mistério de Feiurinha

Em 2009, Angélica foi convidada novamente por Xuxa para atuar em um dos seus filmes. Dessa vez ela interpretou a princesa Rapunzel no filme Xuxa em o Mistério de Feiurinha que foi feito basicamente para realizar o sonho de Sasha ser atriz. O filme levou aos cinemas 1.300.000 espectadores.


Essa foi a primeira adaptação literária para um filme da Xuxa, a história foi baseada no livro de Pedro Bandeira, um dos autores mais populares entre crianças e jovens no Brasil, e foi Sasha quem apresentou o livro à mãe, o que levou à concretização do projeto. Diferente de suas produções anteriores, Xuxa não é a protagonista, ou seja, Angélica também não, aliás, sua participação é marcante, mas o papel é pequeno.

De Perto Ela Não é Normal

Somente onze anos depois, em 2020, é que Angélica voltou aos cinemas em outra participação, dessa vez no filme De Perto Ela Não é Normal, da atriz Suzana Pires, interpretando Rebeca, a melhor amiga da protagonista Suzie. O filme é baseado no monólogo teatral homônimo de Suzana Pires, que também escreveu o roteiro do longa.


E essa foi a primeira vez que Angélica atuou em uma produção fora do meio puramente comercial e rodeada de personalidades que se dedicavam a música e a programas de TV. Eu não encontrei a bilheteria do filme.

Virou Manchete (quinta semana de agosto de 2025) - Túnel Do Tempo (agosto de 2000)


No vigésimo terceiro episódio, da sétima temporada, do Que História É Essa Porchat, exibido no dia 19 de agosto deste ano, 2025, Juliana Baroni dividiu espaço com Gabriela Medeiros e Mel Fronckowiak e anunciou uma história inédita, depois de Fábio Porchat comentar que os documentários da Xuxa e das Paquitas já tinham surpreendido bastante. E ela confirmou que sim, que era a primeira vez que ia falar a respeito do ocorrido.


Trata-se da época em que a Xuxa gravava programa na Argentina e as Paquitas se revezavam para as gravações. Geralmente iam quatro de cada vez e se juntavam a elas as outas duas que eram da Argentina. Algumas vezes iam todas, e a Catuxa Ana Paula Guimarães era fixa, ela voltou a integrar o grupo da Paquitas na Argentina, antes de reintegrar o grupo no Brasil, então, estava em todas as gravações.

As meninas levavam uma vida dura. Nos dias que gravavam na Argentina elas tinham que acordar às onze horas da manhã pra tomar um banho e sair do hotel ao meio-dia para gravar os programas El Xou de Xuxa até as quatro horas da manhã. Então chegavam muito cansadas de volta ao hotel, que era de terceira categoria, localizado em áreas populares, tipo o centrão mesmo. Com ruídos do elevador, da rua, gente falando alto... Quem ficava em hotel bom e super protegida era a Xuxa, e a Marlene.

A história que Juliana contou foi de um dia em que elas tiveram folga, mas não podiam sair do hotel e estavam morrendo de fome e quando tomaram coragem para sair para comprar um sanduiche, descobriram que os seguranças não estavam presentes, elas estavam sozinhas trancadas no quarto, e foram, a Xiquita Bianca, a Paquitita Flávia e a Catuxa Juliana comprar sanduiches na lanchonete que estava a umas duas quadras do hotel.

Aqui o Fábio Porchat cometeu um erro que é muito comum, inclusive entre jornalistas, ao dizer que elas correram risco de vida. Risco de viver? Não, risco de morer, o correto é risco de morte. E sim, elas corriam risco de serem sequestradas, ou sabe-se lá o que poderia ter acontecido, imagina o quão desesperadas elas estavam por comida. Mas na rua os fãs que estavam fazendo vigilha no hotel as protegeram, e foram eles que avisaram para elas voltarem rápido porque os seguranças estavam chegando no hotel.

E, a questão é: Jujuba, essa história não é inédita. A gente já sabia. Pelo menos nós fãs, porque está no livro Sonhos de Paquita. Aquele maldito livro não autorizado que resultou na demissão de todas as meninas há 30 anos, lá em 1995. E a Juliana Baroni já contou essa história também em sua entrevista para o documentário Foi Tão Bom da diretora Joana Di Carso. Mas foi uma delícia ouvir de novo. E que bom que apesar de todos os perrengues elas têm muitas histórias para contar.

Imagino que ela não leu esse livro. Aliás, que elas nem fizeram questão de saber o que está lá porque aquela situação da troca das Paquitas deve ter gerado um grande trauma nelas.

LOTV News 

No 2º trimestre de 2025, ou seja, nos meses de abril, maio e junho, a plataforma Prime Vídeo atingiu 22% de participação no mercado brasileiro, superando a Netflix que ficou em 21%. No entanto, essa medição refere-se ao interesse do usuário, ou seja, ações como buscas, cliques e adições à lista para ver mais tarde. Isso não reflete diretamente o número de assinantes ou horas assistidas. 


Mas não será surpresa nenhuma se a Prime superar a Netflix em termos de usuários porque a plataforma tem a vantagem de estar afiliada a um site de compras, a Amazon, e qualquer compra que alguém faça recebe de prova um mês de Prime Vídeo. Eles empurram goela abaixo dos consumidores e se não cancelar a assinatura, ela vai sendo renovada automaticamente.


Sem falar que é mais barata do que a Netflix e oferece algumas vantagens como: canais de TV linear, assinando a parte, e também a possibilidade de alugar ou comprar filmes recém lançados, inclusive os que já estão em outras plataformas. A Globoplay vai pelo mesmo caminho porque oferece o conteúdo da Globo e vários canais, filmes e novelas de outras produtoras também, talvez seja isso que falte na Netflix.

Um canal linear seria legal porque as vezes é muito mais fácil e até prazeroso ligar a TV e simplesmente acompanhar o que já está passando do que ficar procurando coisas para ver. Veja agora como ficou o ranking das plataformas mais acessadas no Brasil no segundo trimestre de 2025.


Em primeiro lugar a Prime Vídeo com 22%. Em segundo a Netflix com 21%. O terceiro lugar ficou com a Disney+ com 16%. Depois tivemos em quarto lugar a Max (HBO Max) com 12%. No quinto lugar ficou a Globoplay com 10%. O sexto lugar ficou com Apple TV+ com 7%. O sétimo lugar é da Paramount+ com 5%. O oitavo lugar ficou com Mubi que tem divergências entre algumas fontes de pesquisas, algumas dizem que foi 3% e outras que foi 4%. E o restante, 4%, ficou com a soma das demais plataformas juntas.

No primeiro trimestre a ordem tinha sido praticamente igual, apenas com a Netflix com 23%, na frente da Prime Video que estava com 21%. No último trimestre de 2024, a diferença entre as duas plataformas era de 5%. Netflix tinha 25%, e Prime Vídeo 20%.

 Aconteceu 

A recém-lançada Xsports, primeira emissora aberta dedicada exclusivamente ao esporte no Brasil, começa a consolidar sua presença no mercado televisivo. No último sábado (23), o canal alcançou seu melhor desempenho desde a estreia, registrando pico de 0,71 ponto durante a transmissão de uma partida do Campeonato Inglês. Em vários momentos, chegou ao 4º lugar no ranking de audiência e empatou tecnicamente com a RedeTV! na média do dia, segundo dados da Kantar IBOPE Media.

Silvio Santos Vem Aí deve chegar aos cinemas no dia 20 de novembro. Com direção de Cris D'Amato e roteiro de Paulo Cursino, o filme retrata os bastidores da TV brasileira nos anos 1980 e relembra a pré-candidatura de Silvio à presidência em 1989. Manu Gavassi interpreta Marília, uma publicitária que investiga o empresário a pedido de adversários políticos, enquanto que Regiane Alves interpreta Íris Abravanel. O filme conta ainda com participação especial de Vanessa Giacomo. A produção é da produtora Paris Entretenimento.

Depois de perder para a Band e ficar em quarto lugar na Kantar Ibope, a Porta dos Desesperados que voltou como um programa apresentado por Sérgio Mallandro vai se resumir mesmo a uma temporada de quatro episódios, segundo o jornalista Flávio Ricco, do Portal Leo Dias. A ideia era de que a produção fosse ao ar apenas em outubro, mas ela teve sua estreia antecipada e que fosse mesmo apenas uma edição especial em comemoração aos 44 anos do SBT. No entanto, mais episódios poderiam ser produzidos se a audiência fosse boa, o que não está acontecendo.

Túnel Do Tempo

No mês de agosto de 2000, a animação Dora a Aventureira, depois de ter o primeiro episódio exibido em 1999, tornou-se uma série regular. O desenho tem caráter educativo e apresenta as aventuras de Dora e seu amigo o macaco Botas que frequentemente falam com o telespectador. No Brasil, a série começou a ser exibido pela Nickelodeon no bloco Nick Jr e depois no próprio canal Nick Jr. Na televisão aberta já foi transmitido pela RedeTV! no programa TV Clubinho entre 2006 e 2007, e posteriormente, na TV Cultura, em 2009, e também foi vendida em DVD.


Os episódios sempre começam com Dora e um amigo (geralmente Botas) se apresentando até um problema ocorrer e eles precisarem viajar para resolverem o problema. Durante o percurso, Dora e Botas muitas vezes encontram problemas pelos caminhos e pedem ajuda aos telespectadores para resolvê-los ou encontrá-los. Se já tivéssemos a televisão 3.0 essa animação funcionaria como um jogo interativo.

Além de Dora Marquez, a personagem principal, a série conta com o macaco Botas, a raposa que usa máscara azul e luvas chamada Raposo, o Trio Party que aparece do nada para felicitar Dora sempre que ela é bem-sucedida em suas buscas, a Mochila roxa de Dora que oferece o que ela precisa para completar suas missões, e o mapa que fornece orientação de viagens e conselhos. E além deles tem vários outros personagens secundários.


Em 23 de outubro de 2017, a Paramount Pictures anunciou uma adaptação live action chamada Dora and the Lost City of Gold. Traduzindo para o português seria Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida. Mentira, seria Dora e a Cidade de Ouro Perdida. O filme foi lançado em 9 de agosto de 2019. É o primeiro filme a ser baseado em uma série do Nick Jr.

Curiosidades das gravações do Planeta Xuxa


Vejo aqui que muitos têm curiosidade de bastidores e vou aproveitar a memória que tenho porque me lembro de muitos detalhes. Fui a uma gravação do Planeta em novembro de 1998 (o programa foi exibido em janeiro). Eu era criança e não tinha idade para estar na gravação, mas minha prima organizava caravanas e conseguiu, não sei como, que liberassem a minha entrada (eu viajei sabendo do risco de ser barrado, então a ansiedade era ainda maior com medo de não ter essa oportunidade).


Nossa caravana chegou por volta das 13h. Paramos numa praça onde fica uma paróquia e os seguranças do Fênix vieram e nos guiaram até o teatro.  Entramos por uma pequena porta pela rua lateral, na Saturnino de Brito na esquina com a Av. Lineu de Paula Machado. Aí ficamos horas esperando na sala de espera. O Russo apareceu nessa sala para dar as primeiras instruções e pegar as agendas a serem autografadas.

Por volta das 16h, passamos por uma espécie de galpão lateral que dava acesso ao palco. (Esse galpão aparece no início do Especial de Natal de 1998. A Xuxa começa o programa no cenário do Park e, na cena seguinte, desce com a Fafy Siqueira por uma rampa até entrar no carro. Aliás, a cortina azul que aparece rapidamente fechando a nave do Park nesse especial é a mesma cortina do Planeta, só que sem os detalhes das estrelas). Nessa rampa ficavam pessoas da produção que separavam quem do público ia para o palco e quem ia para a plateia ao fundo.

A minha prima já havia me explicado que as pessoas selecionadas para o palco eram consideradas as mais bonitas pela produção. Eles diziam: “Você por aqui/ você por ali, etc”. Para a plateia de trás, o público subia por outra escada. Eu subi pela rampa, fiquei feliz achando que tinham me achado bonito, por isso entrei no estúdio pelo palco, mas logo fui encaminhado para aquela espécie de “bar” onde ficavam os Papaquitos.


Nesse lugar ficavam outras poucas crianças ( alguns eram filhos de pessoas da produção). Não fiquei triste porque tive muito espaço para pular e dançar sem nenhum adulto tapando a minha visão, além da liberdade de ir para o palco nos intervalos para ficar perto da Xuxa, já que não tinha nenhuma grade impedindo. E como o estúdio era muito pequeno, o palco ficava pertinho, até para quem estava no fundo. (Lembro de pensar: Nossa, se esse estúdio é tão pequeno, até os adultos que ficavam nessa plateia nas gravações do Xou ficavam pertinho da nave. É muito curioso como é diferente o tamanho que o cenário imprime na tela).

Depois vieram os animadores da plateia e todas as músicas que seriam apresentadas tocaram na íntegra. Logo entendi o motivo: nesse momento, todas as câmeras estavam voltadas para o público. Havia câmeras para a plateia de trás e as câmeras que se moviam pelo palco captando os closes do público da frente. Na edição final, essas imagens eram sobrepostas como se estivéssemos dançando e vendo os cantores e a Xuxa no palco.

E é por isso que mesmo quando vemos closes das pessoas da plateia da frente, não vemos nenhuma câmera se deslocando ao lado dos cantores e da Xuxa. Inclusive dá para perceber alguns erros de continuidade: vemos uma pessoa numa posição e, no corte seguinte, essa mesma pessoa aparece em outro lugar. Isso acontecia porque a edição colava imagens da pré-gravação.

Por conta dessas músicas, todos já sabíamos quais grupos e cantores iriam se apresentar (No início do programa, quando Xuxa anunciava os cantores, já não era nenhuma surpresa). Percebi também que os câmeras gostavam de dar close nos mais animados, porque víamos algumas imagens nos monitores. Dancei e pulei muito em todas as músicas e fiquei suado e feliz.

Aí vem o Dudu (o personagem coveiro) e dá algumas instruções E CONTA A data que o programa iria ao ar, e que por ser perto do Carnaval, precisávamos estar muito animados. O público reagiu com um “Ahhhhh” pela demora para a exibição. E Marlene falou no microfone: “É porque a apresentadora está precisando de férias”.

Aí vieram as paquitas distribuindo as agendas autografadas pela Xuxa. Depois elas se juntaram com “You Can Dance” e Bombom no palco e se colocaram na posição para a abertura. A cortina se abriu, vimos a esfera fechada e a música começou. No primeiro intervalo, fui para o palco tentar uma foto com a Xuxa. Mas uma das paquitas veio perguntando: “Ô, garoto, onde você vai?”. Respondi: “Quero tirar uma foto com a Xuxa”. Ela disse: “Aqui não é assim, não, onde você pensa que está?”. Eu respondi: “No programa da Xuxa”.


Nessa hora ouvi uma voz aguda e linda atrás de mim: “Algum problema?”. Virei para trás e abracei aquela loira linda, que me abraçou forte. Ela perguntou: “Por que você está chorando?”. Respondi: “É de felicidade, eu te amo muito”. “Você está gostando do programa?”, “Muito.... Xuxa, vai sair meleca no seu vestido.” Ela disse: “Não tem problema, pode abraçar”. Ela me deu um beijo na bochecha e tiramos uma foto. Eu não lavei o rosto por uma semana até a marquinha sair. (Mais recentemente, contei a história do puxão de orelha para essa paquita. Ela pediu desculpas e nós demos risadas. Eu disse que entendia que o trabalho não era fácil porque os fãs da Xuxa são muito apaixonados e as paquitas precisavam protegê-la). Nos intervalos seguintes, ninguém me repreendeu quando eu chegava perto da Xuxa.

Naquela parte da pré-gravação, dançamos também uma música de um grupo que não apareceu no palco durante o programa. Esse grupo já havia estado no programa semanas antes e gravou vários números que foram aproveitados em edições diferentes. A edição colou as imagens do grupo no palco com a plateia da nossa gravação. A Xuxa anunciou a atração, aplaudimos e ela explicou que já estava gravado e que veríamos em casa. Um outro grupo entrou na hora errada e sua entrada precisou ser repetida. Achei o quadro "Intimidade" um tédio e percebi que poucos prestavam atenção (tédio é exagero, eu tava que nem pinto no lixo, mas aproveitei o tempo para observar todos os detalhes daquela engrenagem).

Nos intervalos sempre vinham pessoas da produção distribuindo água. Eu aproveitava para puxar papo com pessoas que frequentavam as gravações para saber mais detalhes. Uma delas me disse que as meninas que estavam fazendo testes pra paquitas tinham o meu tamanho, kkkkk. Uma das crianças tinha um álbum de fotos caseiras das paquitas, com vários amigos ou fãs nas casas delas (não sei se essa menina era irmã de alguma paquita). Fiquei surpreso de ver tantos trans no público de trás. Para mim era uma experiência nova. Eram os mais animados, engraçados e muito legais de conversar. 

Em um dos intervalos, ela foi para o “bar” e onde eu estava para gravar um merchan de balas. Nós, crianças,  ficamos ao lado dos câmeras. Ela aguardou sentada enquanto resolviam um ajuste de luz. Ficou um tempão esperando em silêncio. A Xuxa perguntou no microfone: “Marlene, por que a gente não faz lá no palco? Dá para levar essa placa lá para baixo?”. A resposta veio: “Não, Xuxa. Você fica aí porque esses técnicos são muito bem pagos para fazer esse trabalho direito. Então eles que resolvam isso rápido, se quiserem continuar trabalhando!”. A Xuxa olhou para baixo, séria. Eu falei um pouco alto: “Nossa, que grossa”. Ela olhou para mim e deu um sorriso tímido.

Com o avançar da noite, percebi que a plateia do fundo foi ficando vazia, com vários buracos. Seria estranho a câmera focar na plateia daquele jeito. A gravação terminou bem tarde, mas não lembro que horas porque eu já não ficava mais checando o relógio a todo tempo. Só queria aproveitar cada minuto daquela experiência. Descemos a rampa, pegamos o sanduíche com suco e saímos muito animados em direção ao ônibus que estava a uns dois quarteirões de distância. Lembro dos seguranças nos acompanhando durante todo o trajeto, mas não me lembro de nos pedirem silêncio. (Peço desculpas para os moradores da Saturnino).

Hoje, vendo os programas, acho que a plateia do Teatro Fênix era muito mais animada do que a do Projac. Penso que o público era bem diferente. Tinha gente que chegava depois do trabalho, pessoas que estavam em várias gravações. E como o Projac é longe, imagino que o perfil do público tenha mudado, não sei. Ou porque o Fênix era menor. Ou talvez fosse o calor. Ou, quem sabe, o Fênix tinha uma energia diferente. Mas pra mim é muito nítida a diferença.

Bom, é isso. Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida. Infelizmente a minha prima parou de organizar excursões e nunca mais voltei. Guardo até hoje a roupa que usei naquele dia. Recentemente eu voltei àquele endereço e senti uma sensação estranha de ver o prédio que foi construído. Fiz todo o trajeto que fizemos da saída do ônibus. A banca de jornal que ficava em frente à porta por onde entramos continua lá. A casa onde funcionava a produção da Xuxa continua igual e hoje é um restaurante. Entrei lá também de curiosidade.

Ao longo dos anos fui a alguns shows da Xuxa (todos lindos) e em 2019 a duas gravações do The Four. O programa era até legal, mas era outra vibe. O que não mudou é que a Xuxa continua batendo papo com a plateia nos intervalos. E mesmo depois do dia inteiro de gravação ela ainda teve paciência de tirar fotos com a plateia toda naquele esquema de fila (quando não podemos nos virar para falar com ela, imagino o cansaço dela).
 Espero que gostem desse relato. Abraços. Tom.

Um detalhe que lembrei agora: lembro que Xuxa perguntou a um dos cantores como tinha sido a virada de ano. Ele falou que foi ótimo e tal (e eu assim: que mentira hein, estamos em novembro). Depois com outro grupo ela falou que uma música estava estourada no carnaval (como ela poderia saber? A música nem tinha sido lançada. kkkkk)

Todas as teledramaturgias de Angélica


Angélica não atuou em muitas novelas, mas não por falta de convites. A direção da Globo queria ela fizesse parte do elenco da novela Top Model, já em 1989, no entanto, sua carreira como cantora e apresentadora estava em plena decolagem. Ou seja, não fazia sentido nenhum que ela deixasse tudo de lado para fazer uma novela que dura sete meses.

E depois, em 1993, ela foi convidada de novo para interpretar a personagem Elisa na novela O Mapa da Mina fazendo o papel de uma freira que esconde a localização de um tesouro em uma tatuagem em seu corpo, o papel ficou com a atriz Carla Marins. E outra novela que teve a protagonista pensada para Angélica foi O Negócio da China, cujo papel ficou com Grazi Massafera após a recusa de outras atrizes também.

Avenida Paulista

Coincidentemente sua primeira atuação em um folhetim aconteceu no mesmo ano em que Xuxa fez uma participação na novela Elas Por Elas em 1982.


Enquanto a rainha dos baixinhos viveu a pesonagem Ieda em um sonho, Angélica, ainda com nove aninhos, fez uma breve participação na minissérie Avenida Paulista, exibida pela TV Globo também interpretando a personagem Anamaria, vivida por Bruna Lombardi, em cenas de flashback.

O Guarani

O grande papel de Angélica em uma teledramaturgia aconteceu em 1991, na minissérie O Guarani, exibida pela Rede Manchete. Na trama, ela interpretou Cecília de Mariz, filha de um fidalgo português, que se apaixona por Peri, um indígena guarani interpretado por Leonardo Brício. A minissérie foi uma superprodução da emissora, com 35 capítulos, e foi transmitida entre 19 de agosto e 28 de setembro de 1991.


Naquela época a Manchete estava na sua melhor fase, e a Angélica também. Aqui no canal tem um vídeo sobre a minissérie O Guarani.

Caça Talentos

Em 1996, com sua ida para a TV Globo e sua estreia no comando do programa Angel Mix, Angélica protagonizou também a série Caça Talentos que foi uma aposta do Boni, diretor da emissora na época, que queria fazer uma novela para o público infantil mesmo.


Deu tão certo que ficou quatro anos no ar. Ana Furtado e Claudia Rodrigues que estavam em ascenção na emissora tiveram essa série como um grande trampolim na televisão.

Flora Encantada

Em 1999, Angélica protagonizou outra novela dentro do seu próprio programa, a Flora Encantada, que teve duração média de uma novela de verdade. Ficou no ar entre 11 de outubro de 1999 a sete de março de 2000.


Foi o primeiro trabalho na emissora do ator Leonardo Miggiorin que ganhou bastante destaque na minissérie Presença de Anitta, após a conclusão das gravações com Angélica.

Bambuluá

Entre nove de outubro de 2000 a 31 de dezembro de 2001, Angélica atuou na novela infantil Bambuluá, que ocupou o horário antes ocupado pelo seu programa nas manhãs da TV Globo. Sua personagem se chamava Bel, e era uma das protagonistas da história que misturava aventura, fantasia e música, voltada principalmente para o público infantil e pré-adolescente.


Foi dentro do Bambuluá que nasceu a TV Globinho, ou melhor, foi resgatado porque já era um programa antigo da emissora.

Um Anjo Caiu do Céu

Em 2001, a Globo finalmente conseguiu o que queria, colocou Angélica em uma novela. Ela interpretou a personagem Angelina, uma jovem alegre e otimista que ajudava a espalhar boas ações e valores positivos em Um Anjo Caiu do Céu.


A novela contava a história de anjos enviados à Terra para ajudar as pessoas a resolverem seus problemas, com muito humor e emoção. Mas acabando a novela ela voltou a se dedicar em sua carreira de apresentadora, limitando-se a atuar apenas em algumas participações.

Sitio do Pica Pau Amarelo

Em 2002, ela fez uma participação no episódio A Pedra Mágica de Tupã, do Sitio do Pica Pau Amarelo, como a Cuca falsa.


Essa foi praticamente a despedida dela, porque se passaram vários anos até a sua atuação.

As Cariocas

Em 2010, Angélica atuou na série As Cariocas, exibida pela Rede Globo, no episódio A Traída da Barra, no qual interpretou Maria Teresa, uma mulher que descobre a traição do marido, vivido por Luciano Huck, com sua melhor amiga. O episódio foi transmitido em 21 de dezembro e foi um dos mais assistidos da série recebeu elogios pela performance de Angélica e pela trama envolvente.


A série As Cariocas teve 10 episódios independentes, cada um estrelado por uma atriz diferente e ambientado em um bairro distinto do Rio de Janeiro. Uma das protagonistas foi Sônia Braga, nossa atriz Hollywoodyana que vive nos Estados Unidos desde o comecinho dos anos de 1990.

Detetives do Prédio Azul

Nove anos depois de sua última atuação na TV, Angélica fez uma participação especial na série infantil Detetives do Prédio Azul exibida pela TV Gloob. Ela interpretou a personagem Rexy Rowlands, uma famosa atriz de Magawood que visita o Prédio Azul para lançar um novo filme. O episódio, intitulado Rexy, a Ex, foi transmitido na 12ª temporada da série, em 2019.


Angélica revelou que a experiência foi nostálgica porque a fez relembrar de Caça Talentos, devido à atmosfera mágica e ao público infanto-juvenil. Ela também mencionou que seus filhos eram fãs do programa e estavam entusiasmados com sua participação.

A Dona do Pedaço

Ainda em 2019, Angélica participou da novela A Dona do Pedaço interpretando ela mesma como apresentadora do fictício reality culinário Best Cake. Sua participação começou no capítulo 122, exibido em 8 de outubro de 2019, e o concurso se estendeu até o capítulo 139, sagrando Maria da Paz como a grande campeã.


Ou seja, não foi uma mera participação, Angélica apareceu em vários capítulos.

Tarã

E para finalizar, em 2022, Angélica gravou com Xuxa a série Tarã para a plataforma Disney+. Ela fez o papel de uma das líderes do povo das nove Luas, uma comunidade tradicional da Amazônia. Sua personagem se chama Niara e atua como mentora e guia espiritual para Gaia, uma jovem indígena que busca salvar o planeta da extinção.


As gravações ocorreram no Acre, e a série foi anunciada para 2025.

Virou Manchete (quarta semana de agosto de 2025) - Passou Nesse Mês (agosto de 1995)


No ar desde 2005, o quadro Dança dos Famoso do Domingão do Faustão chamou a atenção pela participação de vários artistas que não fazem parte do casting da Globo. Essa é uma atitude muito legal do Luciano Huck que sempre fez falta na Globo, porque enquanto as outras emissoras se permitem receber artistas das concorrentes e liberar os seus também, a Globo se fechou em sim mesma.


Fazem parte da nova temporada, os atores David Junior, Duda Santos, Allan Souza Lima, Silvero Pereira, Lucas Neto, Tereza Seiblitz e Fernanda Paes Leme que também é apresentadora. Os apresentadores Rodrigo Faro, que também é ator e cantor, e Catia Fonseca. Os cantores Luan Pereira, Wanessa Camargo e Manu Bahtidão. Os influenciadora digitais Álvaro, Nicole Bahls e Gracyanne Barbosa. E o ex-jogador de futebol Richarlyson.


Além de nomes que não são do casting da Globo, tem aqueles que já tiveram seus momentos na emissora, como a Tereza Seiblitz que teve seu auge nos anos 90, e o curioso é que ao alcançar o posto de protagonista em Explode Coração, ficou uns 20 anos fazendo papeis pequenos. A gente ouviu falar mais do Ricardo Macchi que fez seu par romântico, o cigano Igor, do que dela.


Outra característica que o Domingão com Huck ganhou nos últimos anos foi a realização de homenagens para grandes personalidades da televisão, que fizeram história em outras emissoras. Uma das mais recentes foi a dedicada a Carlos Alberto de Nóbrega. O Faustão chegou a levar a Hebe para o seu programa, mas só quando ela estava sem contrato na televisão. E a Mara que foi algumas vezes na emissora também.


O Luciano Huck já levou a Patricia Abravanel, recebeu a Sonia Abraão, a Ticiane Pinheiro... Levou para a Batalha de Lip Sync o João Augusto Liberato que dublou o Gugu, no mesmo dia em João Silva, filho do Faustão, que já estava na Band. A Luciana Gimenez também já foi. Está lá a Livia Andrade que é ainda tem a cara do SBT.

A Globo dificilmente liberava seus artistas para não dar IBOPE para as concorrentes, mas o fato é que quando recebe artistas de outras emissoras, isso sempre repercute muito. Olha o estrondo que foi quando Eliana participoudo Criança Esperança. O Silvio Santos sempre defendeu essa liberdade dos artistas visitarem outras emissoras.

LOTV News 

O remake do filme O Beijo da Mulher Aranha já ganhou trailer e tem a atriz e cantora Jennifer Lopez como estrela do longa. O filme acompanha dois companheiros de cela numa prisão clandestina da ditadura argentina. Valentín, vivido por Diego Luna, foi preso por seu ativismo contra o regime, enquanto Luis, interpretado por Tonatiuh Elizarraraz, foi levado ao cárcer apenas por ser gay e conta ao companheiro de cela a história de um filme para distraí-lo dos horrores ao seu redor.


O romance que leva o nome do filme foi publicado pelo escritor argentino Manuel Puig, em 1976. Em 1985, foi adaptado por Leonard Schrader e levado ao cinema com direção de Hector Babenco que colocou Sonia Braga como protagonista. Além dela, o estados-unidenses William Hurt e o porto-riquenho Raúl Juliá estrelaram o longa que contou também com José Lewgoy, Milton Gonçalves, Miriam Pires, Nuno Leal Maia, Fernando Torres e Herson Capri no elenco de apoio.

O filme estreou no Festival de Cannes de 1985, onde Hector Babenco foi indicado para a Palma de Ouro. O ator Willian Hurt ganhou o prêmio de Melhor interpretação masculina e, ainda, o Oscar e BAFTA, quando o filme estreou nos Estados Unidos, em 25 de julho. No Brasil, chegou em 13 de abril de 1986. O Beijo da Mulher Aranha foi indicado ao Óscar de Melhor Filme, mas perdeu para Out of Africa.

Em novembro de 2015, o filme entrou na lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), ocupando a posição de número 61. Foi através desse filme que Sonia Braga conquistou Hollywood. Em 1987, ela se tornou a primeira brasileira a apresentar uma categoria na premiação do Oscar e desde 1990 vive em Nova Iorque.

O que podemos esperar da nova adaptação de O Beijo da Mulher-Aranha? Música! A nova versão é uma adaptação do musical da Broadway de 1993. O filme tem estreia prevista para outubro de 2025 nos cinemas estados-unidenses, e no Brasil anda não sabemos.

 Aconteceu 

SBT definiu os quatro jurados que irão compor a nova temporada do The Voice Brasil, que estreia no último trimestre do ano em parceria com o Disney+. São eles: Péricles, conhecido como o rei da voz, Duda Beat, Mumuzinho  e a dupla sertaneja Matheus & Kauan.


Serginho Groisman ganha novo programa na Globo após 25 anos de Altas Horas. O projeto já foi aprovado, mas os detalhes ainda estão sob sigilo, assim que estrear ele continuará com o Altas Horas.


Shrek 5 foi adiado por um ano além da data da estreia programada. Inicialmente o filme entraria em cartaz no dia 1º de julho de 2026, mas foi adiado para 23 de dezembro de 2026 para não concorrer com Minions 3. Depois foi adiado para para 30 de junho de 2027, com a justificativa de evitar confronto com grandes lançamentos do cinema. Fãs e cinéfilos dizem que é uma desculpa para corrigir falhas, já que o filme recebeu muitas críticas quando vazou detalhes da produção.


A empresa francesa Swile Brasil resolveu aderir as novelas verticais e produziu a trama A Firma, com participação da atriz Gabriela Spanic, que gravou com as atrizes gêmeas Giselle e Michelle Batista. A mini trama tem oito episódios e pode ser vista pelo Instagram. É por isso que se chama novela vertical, as cenas são gravadas como um estórie, é um formato que está em ascenção e ganhando muita popularidade.


Passou Nesse Mês

No dia 10 de agosto de 1995, foi lançado o álbum Paquitas New Generation. Todas as curiosidades do álbum você pode ver aqui um post exclusivo.


Na terça-feira dia 22, estreou o SBT Repórter, um programa jornalístico de grandes reportagens e temas diversos. O programa teve seu dia de exibição alterado para quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira e segunda-feira. Ao longo dos anos foi apresentado por Mônica Teixeira, Monica Waldvogel, Marília Gabriela, Hermano Henning e César Filho. O programa saiu do ar no dia 12 de agosto de 2013, pelo alto custo de produção, mas recebeu protestos por parte de funcionários e telespectadores para que continuasse no ar.


O SBT Repórter tinha um ótimo faturamento e marcava altos índices de audiência. Em seu ano de estreia venceu o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor programa da televisão brasileira graças a uma série de 3 reportagens apresentadas pelo jornalista Roberto Cabrini: A histórica entrevista exclusiva com Fernando Collor de Mello (a primeira depois do impeachment), o documentário no Iraque de Saddam Hussein e, ainda, a entrevista exclusiva com o líder palestino Yasser Arafat, em seu bunker em Gaza.

Dentre as reportagens marcantes estão o surto do vírus ebola na África, os horrores do Camboja, e um especial sobre o Titanic na ocasião da estreia do filme nos cinemas. Mas apesar de tantos bons materiais, o programa apelou sistematicamente pela exploração da nudez explícita em campos e praias de nudismo. Isso era regular, no final dos anos 90 a gente via gente pelada sem tarjas com muita frequência no SBT Repórter.

Em novembro de 2017, foi confirmado a volta do jornalístico com apresentação de Carlos Nascimento, como parte do especial de fim de ano e anunciado para agosto de 2025 como parte das celebrações dos 44 anos do SBT.

Os discos e os artistas que mais venderam no Brasil


A mídia musical que deu o ponta pé para o hábito de consumirmos música em casa aconteceu entre 1890 e 1900. Chamava-se Fonoautógrafo, ou Fonógrafo. Tratava-se de um cilindro de cera de 10 a 12 centímetros e meio de altura, por três centímetros e meio, a quatro, de diâmetro. Essa era a medida padrão, mas podia variar de tamanho. Pesava entre 50 a 100 gramas e tinha capacidade de 2 a 4 minutos de som.


Entre os anos de 1920 e 1940, surgiram os Discos de 78 rotações por minuto. Eram feitos de goma-laca, uma espécie de resina, e tinha capacidade de três a cinco minutos de áudio em cada lado. Ou seja, uma música basicamente para cada lado.


O Long Play, que ficou conhecido como LP, surgiu em 1948. Feito de vinil e com 33 rotações por minuto. Mais precisamente 33 1/3. Pode comportar várias faixas e tem duração média de 25 minutos por lado.


No ano seguinte, em 1949, surgiu o Compacto, de 45 rpm, mas com apenas uma música por lado. Com o vinil as gravadoras conseguiram melhorar a qualidade do som, mas era comum que muitos artistas lançassem músicas soltas e o compacto comportava até duas músicas de cada lado.


A Fita cassete surgiu em 1963. Uma Fita magnética dentro de uma cassete plástica, com duração aproximada de até 45 minutos por lado. Ou seja, com capacidade maior do que o disco de vinil. E uma curiosidade, o termo cassete vem do francês que significa pequena caixa. Então, cassete é a caixa que protege que a fita.


Essa mídia se tornou bem popular nos anos 70 e 80 pela praticidade de carregar e armazenar, além de oferecer mais versatilidade na maneira de ouvir música. Inicialmente quem tinha carro podia se beneficiar da fita cassete, mas no comecinho dos anos 80 a Sony lançou o walk-man, um toca-fitas portátil para ouvir músicas com fones-de-ouvidos.


E a fita cassete trouxe também, além da praticidade, um grande problema, a pirataria, porque era muito fácil gravar com elas. Quem é que passou pelos anos 80 e 90 que nunca ficou esperando tocar na rádio uma música que gostava só para apertar o rec da fita cassete? O problema é que o radialista as vezes falava no meio da música. Então, algumas pessoas mandavam cartas, ou ligavam, para pedir música e avisavam: é para gravar. Que aí o radialista não falava nada.

A fita cassete era uma opção alternativa do disco, mas o vinil recuperou seu protagonismo, porque os artistas passaram a priorizar os LPs que ofereciam mais do que uma mídia de música e eram praticamente uma experiência, uma obra de arte desde a capa aos encartes, até a própria concepção do disco em si. Mas mesmo com a popularização do Long Play, os compactos persistiram por bons anos. Uma artista brasileira que lançou muitos desses pequenos discos foi a Gretchen. 


Entre os anos de 1978 e 1985, ela lançou 16 compactos. Em alguns anos ela chegou a lançar quatro compactos. E foi no decorrer dos anos 80 que os artistas passaram a priorizar os LPs, mas os compactos ainda persistiram por um bom tempo.


O Brasil viveu a sua era de ouro nas vendas de discos entre os anos de 1970 e de 1990, esse foi o período em que os vinis dominavam as prateleiras, ou seja, quando a indústria fonográfica atingiu seu auge. E lá no comecinho de 1980, surgiu o compact disc, conhecido pelas suas iniciais CD, foi lançado em 1982, pela Sony. O material do CD é mais curioso, o disco é moldado, basicamente, em plástico, o policarbonato, mas tem também uma camada metálica reflexiva, corante e resina.
Embora muito menor do que um disco de vinil, sua capacidade de áudio é bem maior, em média 80 minutos. E, além de ser mais resistente, se desgasta menos, a leitura do CD é também a mais avançada em relação ao vinil e a fita, é através de leitura óptica, ou seja, laser. Uma das grandes promessas do CD era que a qualidade do som seria superior ao vinil e a fita, pelo menos mais limpo.

Com o tempo, o CD foi se espalhando para outros países e chegou no Brasil em 1986, foi quando começaram as primeiras importações dos disquinhos e de aparelhos tocadores, caríssimos na época. E em 1987, foi inaugurada a primeira fábrica de CDs da América Latina, em Manaus, no Amazonas, pela Sony Music, mas os preços continuaram salgadinhos, não eram para qualquer bolso.


Então, graças ao preço do CD, o disco de vinil continuou com seu protagonismo por mais alguns anos e as fitas cassetes também tiveram seus espaços garantidos. Aliás, os três conviviam harmonicamente, as gravadoras costumavam lançar um álbum em disco, fita e CD. O primeiro a perder espaço foi a fita, depois o disco. Em meados de 1990, as gravadoras deixaram de produzir discos e passaram a comercializar somente CDs. O auge das vendas ocorreu entre 1995 e 2005.

O CD preservou o que já tínhamos com o vinil, e até melhorou em alguns aspectos, o encarte, por exemplo, em formato de livreto, ou um pôster dobrado, e ainda ofereceu mais vantagens como: a qualidade do som que era melhor, riscava menos e os riscos não comprometiam, exatamente, a execução da faixa. Ocupavam menos espaço físico e tinham mais capacidade de áudio. Aliás, as gravadoras começaram a lançar álbuns com muitas faixas. O vinil limitava um disco em 14, e com músicas picotadas. Já os CDs tinham 17, 20... E os aparelhos de som ainda tinham carrosséis que permitiam colocar vários CDs para que quando um acabasse, já começasse outro.


Lembra do walk-man? Pois, passamos a ter disc-man, um tocador portátil. E os toca-fitas dos carros foram substituídos por toca-cds. E além disso, com o surgimento do CD virgem podíamos fazer o mesmo que fazíamos com as fitas, a nossa própria seleção. Somado a isso a popularização da internet, a pirataria ganhou mais força. Foi maior do que na era das fitas.


A pirataria chegou a movimentar mais dinheiro do que as gravadoras. Os CDs piratas custavam até um quinto do valor de um CD original. E para piorar, em 1999, deu-se início ao compartilhamento de arquivos MP3 pela internet através do Napster. Ninguém mais precisava pagar nada para ter um álbum musical, dava para fazer download grátis.

Esse momento foi um grande marco na indústria musical porque, até então, quem tinha vendido muito disco... vendeu. E quem não tinha conseguido ainda... não conseguiria mais. Tivemos algumas exceções, alguns artistas solos e algumas bandas que conseguiram vender muito bem, mas os dez discos mais vendidos no Brasil, tais vendas ocorreram entre 1980 e 2000.


Segundo o site da Abramus, por ordem decrescente, temos em décimo lugar o álbum Xou da Xuxa, lançado em 1986, que atingiu 2.689.000 cópias. Esse disco foi revolucionário na indústria musical porque foi o primeiro a ganhar certificação de diamante. Segundo o produtor Guto Graça Melo, o diretor da Som Livre reclamou que tinham que produzir muito disco de platina para a Xuxa e ele sugeriu que inventassem um disco de diamante, com uma margem de vendas maior.


Em nono lugar: Um Sonhador, de Leandro & Leonardo, lançado em 1998, com 2.732.735 cópias. Cujas vendas foram potencializadas com a morte de Leandro, em junho daquele ano.
Em oitavo lugar: Xegundo Xou da Xuxa, lançado em 1987, com 2.754.000 cópias.

Em sétimo lugar: 4º Xou da Xuxa, lançado em 1989, com 2.920.000 cópias. 
Em sexto lugar: Quatro Estações – O Show, de Sandy & Junior, lançado em 2000, com 3.000.000 cópias. Esse foi o único álbum já dos anos 2000 que entrou para a lista dos discos mais vendidos no país.

Em quinto lugar: Só pra Contrariar, lançado em 1997, com 3.000.000 cópias. Empatou com Sandy e Junior, mas entrou na lista antes deles.
Em quarto lugar: Rádio Pirata ao Vivo, da banda RPM, lançado em 1986, com 3.000.000 cópias. Também a mesma coisa que aconteceu com o Sandy e Junior e Só Pra Contrariar, vendeu o mesmo número de álbuns, mas foi lançado antes.

Em terceiro lugar: Leandro & Leonardo, lançado em 1990, com 3.145.814 cópias. Esse foi o quinto álbum da dupla.
Em segundo lugar: Xou da Xuxa 3, lançado em 1988, com 3.216.000 cópias. O álbum se manteve em primeiro lugar por 10 anos até ser lançado Músicas para Louvar o Senhor, do Padre Marcelo Rossi, em 1998, ocupando o primeiro lugar: com 3.328.468 cópias. Apenas 12.468 cópias a mais do que Xuxa.


Se compararmos essa lista com as informações da Wikipédia, com números mais atualizados, a ordem se altera. Aliás, a relação se altera. Em décimo lugar temos Só pra Contrariar. Em nono lugar: Mamonas Assassinas. Em oitavo lugar: o álbum O Canto da Cidade, de Daniela Mercury. Rádio Pirata cai para a sétima posição. 4º Xou da Xuxa sobe para a sexta e Xou da Xuxa sobe para a quinta. Todos com 3.000.000 de cópias.

A ordem de classificação se dá pelos anos em que foram lançados, os que chegaram antes ocupam as melhores posições.


Depois temos em quarto lugar: Leandro & Leonardo, lançado em 1990. E em terceiro lugar: Xegundo Xou da Xuxa. Ambos com 3.200.000 cópias.

O segundo lugar fica com Músicas para Louvar o Senhor, do Padre Marcelo Rossi, que mantém o mesmo número de vendas. E o primeiro lugar volta ao Xou da Xuxa 3 com 5.000.000 de cópias. Isso é o que eu já falei várias vezes, que esse álbum deve ter recuperado o seu posto de mais vendido porque teve vários relançamentos ao longo dos anos.


Agora, olha que curioso, na soma geral das vendas, a lista muda outra vez. Dentre os dez artistas que mais venderam discos no Brasil, em décimo lugar temos a dupla Milionário & José Rico, com 32 milhões de discos vendidos. Em nono lugar está a dupla Chitãozinho & Xororó, com 35 milhões de discos vendidos. Em oitavo lugar: Nelson Ned, com 45 milhões de discos vendidos.

Depois temos em sétimo lugar: a dupla Tonico & Tinoco. Em sexto lugar: Benito di Paula. E em quinto lugar: a Xuxa. Os três com 50 milhões de discos vendidos.


Em quarto lugar: temos Rita Lee, com 55 milhões de discos vendidos. Em terceiro lugar temos: Angela Maria com 60 milhões de discos vendidos. Em segundo lugar temos Nelson Gonçalves com 75 milhões de discos vendidos. E o primeiro lugar fica com Roberto Carlos, com 120 milhões de discos vendidos.


A partir do ano 2000, com a queda brusca nas vendas de CDs, os artistas começaram a buscar alternativas. O Lobão assumiu uma postura combativa contra as gravadoras, denunciando a falta de transparência na venda de CDs. Ele afirmava que muitas pressões não eram informadas corretamente aos artistas.


Um projeto de lei da deputada Tânia Soares, que tornava obrigatória a numeração sequencial de cada exemplar de CD, DVD e livro, foi apresentado com o objetivo de garantir controle preciso das vendas e melhorar o recebimento de direitos autorais pelos criadores. O projeto enfrentou resistência das gravadoras, mas entrou em vigor em 22 de abril de 2003. O problema, é que durante esse processo, em 2001, surgiu o iTunes e a venda digital de música foi legalizada.


A partir de 2003 já era permitido comprar música via internet. Então, em vez de comprar álbuns físicos, o público passou a comprar faixas individuais. Lembra lá do compacto simples? Pois, voltamos ao período de vendas de músicas soltas.


E em 2006 nasceu o Spotify, que em vez de comprar música, o consumidor passou a pagar pelo acesso. A plataforma oferece uma biblioteca completa. Foi um ano depois que surgiu o Youtube, mas o Youtube demorou um pouco mais para disponibilizar música.


E a Xuxa, olha só, outra vez sendo uma forte influência no mercado fonográfico, porque além dela ter sido a primeira certificada com um disco de diamante, em 2000 ela reinventou a maneira de vender música com o projeto Só Para Baixinhos que disponibilizava um kit com CD e uma fita VHS. Ela foi tão pioneira no negócio que a Som Livre não sabia nem como redigir o contrato. Depois disso, vários outros artistas fizeram o mesmo e as gravadoras começaram a vender DVDs.


Em 2011, a previsão era que o mercado fonográfico global extinguisse as mídias físicas em 2025, mas já em 2010 as lojas de discos que ainda resistiam começaram a fechar suas portas. A Som Livre, que existia basicamente para vender discos das novelas da Globo, decidiu encerrar a produção de mídia física em 2021. As últimas canções lançadas em CDs pela emissora foram Amor de Mãe vol. 2, e Salve-se Quem Puder vol. 1.

Hoje em dia os artistas que lançam ou permitem que sejam lançados seus álbuns em mídias físicas, produzem para fãs e colecionadores em números limitados. Disco de vinil e CD se tornaram cult.