Priscilla a Rainha do Deserto

Em 1994, estreou nos cinemas o filme Priscilla a Rainha do Deserto que foi um divisor de águas na sociedade da época, e da história em geral também. O filme conta a história de três drag queens, das quais uma é mulher trans, que embarcam em uma viagem de ônibus através do deserto australiano, de Sydney até Alice Springs, para realizar um show. Priscila é o nome escolhido para o ônibus com o qual fazem a viagem.

A jornada é feita por Mitzi Del Bra, Felicia Jollygoodfellow e Bernadette Bassenger. Os três enfrentam o calor, a poeira e o preconceito de algumas comunidades, mas encontram também apoio e situações inusitadas pelo caminho. O diretor Stephan Elliot foi pioneiro em abordar questões de identidade de gênero e sexualidade, temas que, na época, ainda eram considerados tabu em muitos lugares, de maneira leve e colorida, através do poder da amizade e da importância de ser fiel a si mesmo, mesmo quando o mundo ao redor parece hostil.

Stephan Elliot nasceu em 1964, portanto, cresceu em meio a uma cultura que predominava nos anos de 1970, muito machista onde a homossexualidade não era tolerada e ninguém sofria nem um tipo de punição por agredir um homossexual, mas o sexo entre homens rendia uma pena de 14 anos de prisão, além de uma surra que era maior do que os anos de cadeia. E quando alguém era vitimado fatalmente, a polícia simplesmente encerrava o caso como suicídio ou morte por acidente.

Ainda assim, haviam lugares clandestinos onde homens se apresentavam vestidos de drag queen e a partir dos anos de 1980, eles começaram a tomar coragem para se expor e fazer apresentações em locais públicos mesmo com os ataques frequentes, o que era ainda pior fora da cidade de Sidney.

Stephan escreveu o filme com base em personagens reais que conheceu nas noites da cidade e até mesmo de experiências pessoais ao sair da bolha em que vivia, como demonstrado no filme na cena em que uma mulher diz que os personagens não poderiam ficar dentro de um bar, que lá não era um lugar para eles.

Essa experiência serviu para um primeiro rascunho do filme. Depois ele foi atrás de uma das drag queens que via sempre nas noites, a Cindy Pastel, que ao acabar a sua apresentação não quis conversar, mas lhe passou seu endereço para que conversassem outro dia. Foi quando Stephan descobriu que Cindy tinha um filho pequeno e resolveu reescrever o roteiro.

Ele sabia que para abordar temas sérios e provocativos teria que usar de alguns apelos, isso ficou a cargo do figurino extravagante e inovador que foram desenhados por Lizzy Gardiner e Tim Chappel que receberam um Óscar pelo trabalho, além de uma boa trilha sonora. As canções pop e disco dos anos 1970 e 1980 deram ainda mais energia e vida à narrativa. Teve ABBA, Village People... e obviamente não poderia faltar o hino I Wil Survive de Gloria Gaynor.

Cada um tem uma personalidade distinta, Anthony, a drag Mitzi, foi interpretado por Hugo Weaving é o que mantém o equilíbrio entre o trio, pois Adam, a drag Felícia, que foi interpretado por Guy Pearce faz o tipo espalhafatoso que não consegue passar desapercebibo e Bernadette que foi interpretada por Terence Stamp, é uma mulher transexual, a mais elegante de todos.

Os personagens descobrem no caminho que a mulher que os contratou é mãe do filho de Anthony, que ainda não o conhece pessoalmente. Até chegar ao destino eles passam por diversas situações, o ônibus quebra e os três artistas ficam a mercê da sorte em meio ao deserto. Conseguem ajuda de Bob que conserta o veículo e passa a viajar com o trio e acaba se apaixonando por Bernadete.

O filme é apresentado como comédia, mas na verdade é triste. O tema que conduz toda a trama é o medo que ronda permanentemente os três homens durante todo o trajeto. Tem humor, mas é um filme profundamente emocional. Pois, os personagens enfrentam rejeições e incertezas, mas encontram consolo um no outro, mostrando que família pode ser algo construído por laços de escolha.

A mensagem de aceitação e a celebração da diversidade conquistaram audiências no mundo todo. O impacto cultural de Priscilla, a Rainha do Deserto ultrapassou as fronteiras do cinema, tornando-se um marco na representação LGBT+ na mídia e um símbolo de resistência e autenticidade para as futuras gerações. Continua sendo uma obra influente e querida e já foi adaptada para um musical que já ganhou versões em diversos países.


Curiosidades


O financiamento para o filme foi recusado por todos os órgãos de cinema da Austrália. Só em 1993, Stehphan conseguiu um empréstimo e juntou todas as economias que pode para dar início as filmagens.

O primeiro ator que concordou com a história foi Hugo Weaving que fez o papel de Anthony inspirado na drag Cindy Pastel. Entre os diversos filmes que fez está o personagem Agente Smith da série Matrix e o Caveira Vermelha do filme Capitão América O Primeiro Vingador.

Depois dele Guy Pearce, que contrariando as orientações de seus agentes, juntou-se ao projeto. Dentre os vários filmes em que atuou estão: Iron Man 3 como Aldrich Killian, o Mandarim, e O Discurso do Rei onde interpreta Príncipe de Gales David, depois o Rei Eduardo VIII e também o príncipe Eduardo, Duque de Windsor.

O terceiro dos protagonistas a entrar no projeto foi Terence Stamp. Com ele as negociações foram mais delicadas porque a produção até conseguiu outros atores que estavam dispostos, mas não se encaixavam no personagem e Terence não estava convencido, ele tinha medo do que poderia acontecer com a sua carreira e impôs uma condição, que o seu par romântico fosse o ator Bill Hunter.

Os dois eram grandes amigos, mas Bill Hunter passou 30 anos rodando o mundo, então, Terence Stamp viu o filme como uma forma de reencontrar o amigo e talvez a última oportunidade de trabalharem juntos.

Dentre os seus vários filmes, estão: Superman como o General Zod e Star Wars: Episódio 1 – A Ameaça Fantasma como Chanceler Supremo Finis Valorum.

O medo de Terence estava impedindo que ele conseguisse construir seu personagem, então pediu ajuda a Robyn Lee, uma transexual, com passava algumas horas observando seus gestos e suas atitudes o que lhe ajudou, mas não espantou o medo, então o diretor o impediu de ser ver em espelhos ou qualquer gravação quando estivesse caracterizado para que se sentisse mais a vontade. Essa sensação de insegurança o seguiu até a primeira gravação em local público quando subiu ao palco vestido de drag queen.

Os outros dois atores também passaram por uma experiência de laboratório, ambos, Hugo e Guy, passaram uma noite em uma discoteca travestidos de drag queen.

A cena mais icônica do filme, de Mitzi dublando ópera no teto do ônibus em movimento com um tecido super longo flamulando ao vento foi inspirado na sensação de liberdade e êxtase que as baladas propiciavam aos frequentadores das casas noturnas, mas quase ficou fora do filme.

Como não havia vento, o tecido se arrastava no chão, o que oferecia risco ao ator, então, por segurança, seria cortado. E justo no momento em que o figurinista estava com a tesoura na mão, prestes a cortar o tecido, ventou.

A frase que Rupaul costuma utilizar no reality Drag Race, "Acendam seus motores e que ganhe a melhor drag queen" foi retirada de uma cena do filme Priscila, quando os três amigos iniciam a viagem.

O Reality Caravana das Drags produzido e exibido por Prime Vídeo com apresentação de Xuxa e Ícaro Kadoshi também beberam da fonte de Priscila. A ideia de levar as drag queens de uma cidade a outra é uma clara alusão ao filme.

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RedeTV!

No dia 15 de novembro de 1999, estreou a RedeTV!, completando, por tanto, 25 anos em novembro de 2024. A emissora chegou com uma grande expectativa, pois estava assumindo as concessões da Rede Manchete que sempre teve um lugar cativo no coração de muitos telespectadores.

Para entender melhor como é que a RedeTV! apareceu, temos que conhecer os donos da emissora. São dois, o Amilcare Dallevo e o Marcelo de Carvalho. Amilcare trabalhava no Citibank até os seus 27 anos quando saiu para abrir a sua primeira empresa, a TecNet, de tecnologia em software. Foi onde ele desenvolveu um sistema telefônico para o público interagir em tempo real com a televisão. O sistema deu certo e ele abriu a TeleTV, uma empresa para vender essa novidade as redes de televisão.

O Marcelo de Carvalho se formou em Engenharia Química, mas resolveu se especializar em vendas, incialmente vendia peças íntimas femininas, e em 1986, passou a trabalhar no departamento comercial da TV Globo, no setor de merchandising. Foi neste período que ele conheceu o Amilcare Dallevo com quem fez parceira para implantar na Globo aquele sistema telefônico para o público interagir ao vivo com os programas, o 0900.

A Globo usou esse sistema para que o público votasse no final do programa Você Decide e para que escolhessem o filme do dia seguinte da sessão InterCine. O SBT usou para as brincadeiras do Gugu no Domingo Legal e para o programa Fantasia. Esses são alguns exemplos de como as emissoras utilizaram o serviço, além do disc tarô, disc sexo e nas historinhas do Chaves, entre outros tantas ofertas oferecidas.

De vendedora de serviços, a TeleTV passou a ser uma distribuidora de produtos questionáveis, aqueles milagrosos para perder peso ou ganhar massa muscular. Essas publicidades serviram como um embrião para a Ômega Produções que foi lançada em 1997, como uma produtora independente para produzir programas para a TV. Almicare e Marcelo compraram o horário de domingo da Rede Manchete e colocaram no ar um programa de auditório chamado Domingo Milionário que foi criado e dirigido por Homero Salles e teve vários apresentadores, como Marcelo Augusto, Thunderbird, Luiz Bacci, Sergio Malandro, Otávio Mesquita, Virgínia Novick...

Nessa época a Rede Manchete já não ia nada bem, tinha bastante horas terceirizadas e só acumulava despesas. O caos se instalou completamente em 1998, quando a emissora não tinha dinheiro para pagar os salários atrasados de seus funcionários, em 1999 a situação piorou e como a concessão estava vencida desde agosto de 1996, se não fosse renovada ou vendida até 18 de maio, o canal seria liquidado. Ou seja, extinto. A opção foi vender.

Almicare Dallevo pediu um empréstimo de um bilhão de dólares da financeira norte-americana Lehman Brothers para a compra da emissora, e no dia 9 de maio, foi anunciado que o grupo TeleTV tinha comprado a Rede Manchete por 608 milhões de dólares. Mas em vez de esse dinheiro ir para os bolsos dos antigos donos, 330 milhões de reais foram usados para quitar as dívidas com os trabalhadores e o restante seria investido na nova emissora.

Ficou acordado que o grupo Bloch receberia o valor da venda em prestações de sete milhões e meio de dólares a cada mês durante seis anos e teria seis meses para desocupar o prédio que ocupava no Rio de Janeiro. O grupo TeleTV esperava elevar o faturamento mensal da emissora de 10 milhões de dólares para 30 milhões, ou seja, a expectativa estava lá nas alturas.

Já no dia 10 de maio a vinheta da Manchete foi ao ar pela última vez e a nova logomarca que passou a ser usada era provisória, apenas TV. E no dia 14 de maio, o ministro Pimenta da Veiga assinou o decreto transferindo o controle acionário da Rede Manchete para o grupo TeleTV, o decreto foi publicado pelo Diário Oficial da União com a assinatura do então presidente da república Fernando Henrique Cardoso, e a concessão foi renovada.

A nova grade de programação foi sendo atualizada gradativamente, alguns programas da Manchete continuaram, apenas tiveram os nomes trocados. O Jornal da Manchete passou a se chamar Primeira Edição, e o Manchete Clip Show passou a se chamar apenas Clip Show.

Os equipamentos da TeleTV foram instalados em um galpão alugado no bairro de Alphaville, em Barueri, São Paulo, onde a emissora funcionou nos seus primeiros anos. A RedeTV!, com a nova logo e a nova programação estreou oficialmente no dia 15 de novembro de 1999, no feriado da Proclamação da República.

Às 6 horas, 59 minutos e 32 segundos do dia 15 de novembro, entrou no ar o comercial da série estadunidense Jeannie é um Gênio, com duração de 30 segundos, seguida de uma vinheta da RedeTV!. Foi assim a sua estreia, sem festa, ou discurso oficial de inauguração. O primeiro programa foi o telejornal Brasil TV!, às 7h da manhã.

Depois teve o programa Galera da TV com Andreia Sorvetão e nesse mesmo dia estreou A Casa é Sua com Valéria Monteiro, Interligado com Fernanda Lima, TV Fama com Mariana Kupfer, e Superpop com Adriane Galisteu. A audiência oscilou entre um e dois pontos na maior parte do dia, atingido picos de mais de quatro pontos, segundo o Ibope.

Foi pouco. Talvez porque o canal já vinha de uma longa transição, então não teve o impacto da estreia que deveria chamar a atenção do público e também porque apostavam em uma programação voltada para a classe A, o que é um grande erro porque nessa época quem tinha dinheiro já assinava televisão paga.

A primeira grande polêmica na emissora foi em 2000 com a saída de Adriane Galisteu que simplesmente abandonou o Superpop para apresentar um programa similar na Record, o É Show. Alguns apresentadores se revezaram na apresentação do programa até a Luciana Gimenes assumir o comando. 

Tem vários programas da RedeTV! que foram muito bem produzidos como a versão brasileira de Donas de Casa Desesperadas que teve Sonia Braga no elenco, e Saturday Night Live com Rafinha Bastos, mas que não cativaram o público, além da passagem de Hebe Camargo que reclamava da dificuldade em elevar a audiência do programa que não passava dos quatro pontos entre os anos de 2011 e 2012, quando esteve na emissora.

Alguns deram muitio certo como foi o caso da novela colombiana Betty a Feia que elevou os índices de audiência colocando a emissora em segundo lugar no IBOPE. O programa Noite Afora com Monique Evans tinha boa repercussão, e o humorístico Pânico na TV que fez muito sucesso, mas deixou a RedeTV! cheia de processos quando migrou para a Band, inclusive processos da própria produção por atrasos de pagamentos.

E tem aqueles que se fixaram na grade como o Superpop com a Luciana Gimenes, o Mega Senha apresentado por Marcelo de Carvalho, e o A Tarde É Sua com Sonia Abraão, que não tem muita audiência, mas conseguem uma boa repercussão.

A baixa audiência de uma emissora afasta anunciantes e sem anunciantes não entra dinheiro no caixa. Em 2006, a emissora demitiu 80 funcionários, tirou programas do ar e dispensou as equipes de jornalismo e da área de esportes. A partir de 12 de setembro de 2009, passou a ocupar a sua nova sede, o Centro de Televisão Digital, em Osasco. O novo espaço foi inaugurado oficialmente em 13 de novembro, com uma grande festa que contou com a participação de políticos, empresários e artistas.

No ano seguinte, a partir de 23 de maio de 2010, a emissora passou a transmitir em tecnologia 3D, tendo sido a primeira emissora aberta a transmitir neste formato, e no dia 1º de dezembro do mesmo ano deu-se início a transmissão na França, exibindo sua programação para Paris e outros territórios franceses. O sinal 3D não pegou no Brasil, aliás, no mundo, foi uma tecnologia superestimada, mas que não conquistou o público e em 2015, a RedeTV! desativou esse tipo de sinal devido à baixa adesão.

Tinha tecnologia, tinha qualidade, mas não tinha dinheiro. Então, em 2011, a emissora começou a atrasar os salários dos funcionários, além de promover mais demissões, e passou a vender horários da programação. Isso é praticamente um caminho sem volta porque a qualidade cai muito o que acaba espantando ainda mais os telespectadores e os anunciantes.

E outro problema da RedeTV!, é que devido a tantos processos de artistas causados pelo programa Pânico na TV, e por alguns outros programas também, a emissora criou um alista enorme de nomes vetados. No final de 2019, o jornalista Leo Dias foi contratado para dirigir o programa TV Fama e como condição, pediu o fim dessa lista de artistas proibidos porque se não seria impossível fazer um trabalho decente.

Infelizmente a emissora amarga índices baixissimos de audiência, boa parte dos seus programas fica abaixo de um ponto na medição do IBOPE e em 2024, na ocasião dos 25 anos da RedeTV!, 10 horas e meia de sua grade de programação são programas religiosos de igrejas evangélicas. E o pior, esses programas foram entre a fraca programação original da emissora.

Ainda assim, com todos os problemas e a baixa audiência, em novembro de 2022 foi lançada a plataforma de streaming RedeTV!Go, que permite o telespectador acompanhar a programação pela internet, além de poder ver os programas que são disponibilizados por lá, gratuitamente.

A RedeTV! só existe ainda porque os dois sócios desempenham muito bem cada um o seu papel, apesar de já terem brigado, porque outra emissora, ou empresa, nessas condições já teria sido vendida ou encerrado suas atividades.


curiosidades


Amilcare Dallevo tem 71% de ações da RedeTV!. Sobrando, por tanto, 29% para Marcelo de Carvalho.

Duas grandes estrelas da casa têm em comum o marido dono da emissora. Luciana Gimenez foi casada com Marcelo de Carvalho, desde 2006 até 2018. E Daniela Albuquerque que se casou com Almicare Dallevo, também em 2006, ela estreou como apresentadora em 2007, a convite da diretora artiistica da emissora na época.

Apesar de a RedeTV! ter assumido as concessões da Rede Manchete com o compromisso de quitar as dívidas com os funcionários da emissora que faliu, ainda em 1999, deixou de pagar os salários atrasados dos trabalhadores provocando greve e manifestações dos mesmos que, inclusive, fizeram interferência até na transmissão da progamação da emissora.

Em 2004, a RedeTV! foi isenta dessa dívida, pois ficou entendido que a emissora não era sucessora civil, tributária, ou trabalhista da Manchete.


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As vezes que Xuxa esteve no SBT

Além de ter ido pessoalmente, Xuxa já participou de alguns programas do SBT através de matérias pré-gravadas e até gravou um quadro para o programa Vídeo Match do Marcelo Tinelli, que passava na emissora Telefé, na Argentina. Era uma pegadinha com artistas conhecidos no país vizinho, intitulado Xuxa de América. Isso aconteceu em 1999.

Quanto as suas participações, algumas vezes foi apenas através de vídeo, como foi o caso da visita em sua casa para um quadro do programa Domingo Legal, em 1995. O quadro em questão se chamava Gugu Na Minha Casa, onde o apresentador procurava objetos pessoais e dava um valor em dinheiro para cada um que ele  encontrasse.

Em 1998, Xuxa foi convidada para participar da primeira edição do Teleton no Brasil, promovido pelo SBT. Ela apareceu em um vídeo pré-gravado.

Em 2019, Eliana foi até a sua casa para gravar uma entrevista e promover algumas brincadeiras com a apresentadora.

Em 2023, depois do sucesso do encontro com Angélica e Eliana no Criança Esperança, na TV Globo, Xuxa apareceu em um telão no Teleton, no SBT, interagindo com as duas amigas.

Presencialmente, Xuxa esteve no SBT nas seguintes vezes:

Em 1981, no início de sua carreira de modelo participando com Sérgio Mallandro no programa Cidade Contra Cidade.

Em 1983, já como apresentadora do Clube da Criança, foi jurada do concurso Miss Brasil.

Em 1985, participou do programa Brincando Com As Estrelas, de Flávio Cavalcanti.

Em 1989, foi no programa da Hebe quando lançou seu álbum 4º Xou da Xuxa.

Em 1990, esteve no programa Show de Calouros com Silvio Santos, onde respondeu perguntas dos jurados e recebeu os Trófeus Imprensa que ganhou em 1986, 1987, 1988 e 1989 como melhor programa infantil com o Xou da Xuxa.

Em 1991, conversou com Jô, no programa Jô Soares Onze e Meia.

Em 2010, fez parte da plateia da Hebe, no retorno da apresentadora após uma pausa para fazer um tratamento de câncer.

Em 2015, participou presencialmente pela primeira vez no Teleton.

Em 2019, esteve no programa da Maísa.

Em 2024, voltou a se apresentar no Teleton, onde recebeu outros três Troféus Imprensa que estava guardados na emissora.

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Tarzan - a série de 1966

Tarzan foi criado pelo escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs na revista pulp All-Story Magazine em 1912, e foi publicado em formato de livro em 2014. De lá para cá o personagem já apareceu em muitos livros, filmes, séries, animações.

Não é uma história inédita, pois existem outras lendas similares de crianças que foram criadas por animais. Temos por exemplo o Mogli, o menino lobo, que é mais antigo do que o Tarzan. O Livro da Selva, que conta a história de Mogli foi publicado em 1894, e tem também a história de Rômulo e Remo, dois irmãos gêmeos que foram criados por uma loba, e um deles, o Rômulo, fundou a cidade de Roma e foi o seu primeiro rei. A data de fundação de Roma é indicada, por tradição, em 21 de abril de 753 a.C.

Em relação ao Tarzan, uma frase que virou referência ao personagem é: Mim Tarzan, você Jane. Mas essa versão selvagem não reflete o personagem original dos romances, porque apesar dele ter sido criado por macacos, é filho de aristocratas ingleses que faleceram quando estavam em uma selva africana, então ele foi concebido para ser gracioso e altamente sofisticado.

Seu verdadeiro nome é John Clayton III, Lorde Greystoke. Tarzan é o nome dado a ele pelos macacos e significa Pele Branca. Então, aquela antiga série que mostra um Tarzan barbeado e com um bom corte de cabelo não é tão surreal quanto possa parecer. Surreal é de qualquer forma, mas é mais fiel a ideia original do seu criador.

Tarzan é uma série de televisão exibida originariamente pela rede NBC, nos Estados Unidos, entre 1966 e 1968. O personagem foi interpretado pelo ator Ron Ely e é mostrado como um homem bem-educado que, cansado da civilização, retornou à selva onde cresceu e viveu diversas aventuras ao lado de Jai, um menino órfão que acolhe. O seriado conta com a presença da macaca Cheeta, mas não tem a participação de Jane, o seu par romàntico.

O produtor da série, Sy Weintraub, planejou o personagem para o ator Mike Henry, pois ele tinha as caracteristicas físicas mais próximas do personagem lo livro. Era moreno de cabelos bem escuros, alto e com o corpo trincado, um detalhe que deveria ser levado em consideração porque o personagem só cobre as partes essenciais. Então, para preparar os telespectadores, o produtor resolveu lançar uma trilogia no cinema o que lhe acarretou uma série de maus bocados.

Mike Henry gravou cenas no Brasil e no México, aqui na terrinha o filme teve participação do ator Paulo Gracindo, e quando o Henry dava atenção a um grupo de fãs no Rio de Janeiro, a maioria crianças, apareceu uma vaca que começou a avançar em sua direção e ele saiu correndo. O público presente ficou chocado e decepcionado, tipo, esse é o cara que luta com leões e tigres e tem medo de uma vaca?! Ele perdeu totalmente a credibilidade.

Mas não foi só isso que aconteceu, ele levou uma mordida de um chimpanzé, no queixo, e precisou levar vinte pontos. Depois as locações foram transferidas para o México e lá o ator teve intoxicação alimentar e contraiu algumas infecções. Então, ao terminar o terceiro filme ele não quis saber de protagonizar a série na TV e processou o produtor por maus tratos, abuso, e péssimas condições de trabalho que prejudicaram sua saúde e bem-estar.

Ron Ely era um ator que estava a um bom tempo tentando decolar na carreira, mas até então não tinha tido a oportunidade de conseguir um bom papel. Ele estava escalado para fazer uma participação na série, onde interpretaria um Tarzan impostor em um dos episódios, e fora o fato de ser loiro, tinha 1,93 m de altura e um bom porte físico, ou seja, estava dentro do perfil do personagem, então foi escalado para ser o novo protagonista.

E além dos quesitos físicos a seu favor, Ron Ely já tinha lido todos os livros do Tarzan, então ele conhecia detalhes do personagem e usou isso em sua interpretação, ou seja, foi mais fiel aos livros do que os atores anteriores. Ele foi o 15º ator a interpretar o Tarzan.

A série foi transmitida pela NBC com algumas alterações em relação aos livros originais. O personagem tem os cabelos claros e se chama Earl Greystok, ele fica órfão ainda bebê depois que seus pais morrem em um acidente de aeroplano no continente africano, é achado e criado pelos grandes macacos e recebe o nome de Tarzan, que significa pele branca.

Passam-se os anos e o jovem Earl é resgatado pelos parentes e levado para os Estados Unidos, onde recebe educação e entra para a Universidade, tornando-se um fenômeno dos esportes, inclusive no karatê, mas se decepciona com a civilização e volta para a Selva Africana, tornando-se novamente Tarzan e ganha um companheiro de aventura, o menino Jay, também órfão, que é adotado pelo rei das selvas.

A personagem Jane não ocupa o papel de esposa de Tarzan na série.

Nos livros, Tarzan jamais frequentaria uma Universidade, mas era um homem viajado e tinha o dom de aprender as coisas com facilidade. Ele aprendeu várias línguas, dirigir carros, pilotar aviões, e várias técnicas de lutas. Não adotou nem uma criança, mas teve uma esposa, a Jane, o que não acontece na série de TV.

Ron Ely também gravou alguns episódios no Brasil e no México, mas sem nenhum incidente. No entanto, ele se recusava usar dublês para transmitir mais veracidade em suas cenas e frequentemente saía ferido ou com alguma fratura das gravações. Constantemente tinha músculos distendidos e atuava sentindo fortíssimas dores, além de ter sofrido queimaduras em uma cena de incêndio e levado uma mordida de um leão durante as filmagens, mas dizia sempre que Tarzan era o papel que ele tinha esperando a vida toda.

Além de atuar, ele também dirigiu um episódio da segunda temporada, o nono, intitulado Hotel Hurricane que foi inspirado no filme Key Largo de 1948. Em português esse filme se chama Paixões em Fúria.

Vários atores encenaram mais de um personagem ao longo da série. Ao todo foram 58 episódios divididos em duas temporadas, 32 na primeira e 26 na segunda. No Brasil, a série foi exibida no início dos anos de 1970 pela Rede Globo, no final da década pela Record e nos anos de 1980 pelo SBT.

Alguns episódios de duas partes foram reeditados para serem exibidos nos cinemas como filmes. É o caso de Tarzan's Jungle Rebellion em 1967, que nada mais era do que o piloto da série que além de ir para o cinema, também tinha sido inserido como episódio inédito na segunda temporada, dividido em duas partes.

Os outros filmes que foram retirados da série são: Tarzan and the Four O'Clock Army, em março de 1968. Tarzan's Deadly Silence, em julho de 1970. E Tarzan and the Perils of Charity Jones, em outubro de 1971.

Em 13 de março de 2012, a Warner Bros lançou a primeira temporada em DVD, e a segunda em 17 de setembro de 2013.

Com encerramento da série, Ron Ely fez participações especiais em outras séries para a Televisão, como Mulher-Maravilha, estrelado por Lynda Carter e A Ilha da Fantasia, estrelado por Ricardo Montalban, ambos da década de 1970. Depois disso, entrou em alguns projetos que não tiveram êxito e passou a se dedicar a profissão de escritor. Ron escreveu dois romances policiais com o detetive particular Jake Sands, o Night Shadows em 1994, e East Beach em 1995.

Ele até fez algumas participações na TV, declarando a sua aposentadoria em 2001, no entanto, voltou a atuar no filme para televisão Expecting Amish, em 2014. 

Ron Ely se casou em 1984, com a modelo Valerie Lundeen, ela trabalhou como comissária de bordo e foi eleita Miss Airlines Internacional de 1980, em um concurso realizado pela cia aérea. Eles tiveram três filhos, as gêmeas Kirsten e Kaitland e Cameron Ely. Na noite de 15 de outubro de 2019, Cameron Ely, aos 30 anos, tirou a vida de sua mãe a golpes de faca e chamou a polícia em uma tentativa de incriminar o pai.

Os policiais acabaram disparando contra o rapaz alegando auto-defesa, já que ele parecia estar armado. Foram 24 disparos efetuados por diversos policiais. Em 2020, Ron Ely abriu um processo de homicídio culposo e danos, contra a polícia justificando que o filho estava desarmado e não oferecia riscos à polícia, além disso, os policiais não se preocuparam em saber se a mulher ainda estava viva para tentar socorre-la.

As causas do ato do filho nunca foram esclarecidas. Ron Ely faleceu na casa de sua filha no Condado de Santa Bárbara, em Califórnia, nos Estados Unidos, no dia 29 de setembro de 2024, aos 86 anos.


Curiosidades


O famoso grito do Tarzan era descrito pelo autor dos livros como aterrorizante e quase desumano. O personagem sempre o emitia quando matava um inimigo, era a sua forma de celebrar a vitória. Mas isso ficava apenas na imaginação dos leitores e dos expectadores dos filmes porque até 1939, o cinema era mudo. O primeiro Tarzan que emitou voz foi o ator Johnny Weissmuller.

Johnny era nadador profissional, então ele tinha fôlego para gritar, mas o grito que se tornou um dos atos mais marcantes da história não saia apenas de sua garganta, era uma mixagem que tinha também a voz de uma soprano e até de cães treinados.

O menino adotado por Tarzan foi interpretado por Manuel Padilla Junior, na época com 10 anos. Ele faleceu no dia 29 de janeiro de 2008, aos 51 anos.

Em setembro de 1966, foram reunidos antigos atores que haviam interpretado Tarzan: James Pierce, Johnny Weissmuller e Jock Mahoney que apareceram juntos de Ron Ely como parte da publicidade para o lançamento da série.

Joseph C. Poller, que com o nome de Gene Pollar tinha interpretado Tarzan nos filmes dos anos de 1920, não foi convidado e reclamou do boato na época de que ficou de fora porque pensaram que tinha morrido.

Weissmuller tinha sido cotado para interpretar o pai de Tarzan, mas a ideia não foi concretizada.

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Os Trapalhões Na Terra Dos Monstros

O filme Os Trapalhões Na Terra Dos Monstros estreou no dia 12 de março de 1989. Teve direção de Flávio Migliaccio e contou com a participação de Angélica e Conrado entre os papéis principais, além do Gugu Liberato e Grupo Dominó que interpretaram eles mesmos. A modelo Vanessa de Oliveira fez a personagem Cira, Benjamin Cattan fez o dr. Romeu que era o pai da Angélica, e Geórgia Gomide fez a dona Cida que era a mãe da Angélica.

E o filme ainda contou com as vozes de Garcia Júnior, Oberdan Júnior, Mário Jorge de Andrade, José Luis Benício e Selton Mello para os personagens grunks. Foram mais de três milhões de espectadores que se deslocaram até os cinemas, um pouco menos do que os anteriores, O Casamento dos Trapalhões de 1988, e A Princesa Xuxa e os Trapalhões de 1989.

Na época, Os Trapalhões na Terra dos Monstros foi uma incrível evolução em termos de produção para os filmes dos Trapalhões. Eles já tinham conseguido um bom resultado com o anterior A Princesa Xuxa e Os Trapalhões, mas se hoje em dia algumas coisas podem saltar aos olhos, como zíperes nas fantasias e máscaras sem expressão dos coadjuvantes, esses detalhes não atrapalham. Nem mesmo o som de pancada em madeira em algumas cenas, o que não deveria ter, já que tudo acontece dentro de uma caverna de rocha.

Didi, como sempre, fica com as melhores cenas enquanto seus amigos, mesmo com menor tempo, ainda aparecem do jeito que dá. Angélica e Conrado até que se saem bem, mas, lembre-se, o filme é uma chanchada, não tem a menor intenção de fazer com que qualquer coisa se pareça real. Tanto é que no final do filme, durante os créditos, são mostrados os erros de gravação.

Como toda a história se passa dentro de uma caverna, o merchandising precisou ser inserido antes de a trupe ir parar lá. Então, já nos créditos iniciais tem a participação dos heróis dos refrescos Royal salvando os Trapalhões, o que funciona mais ou menos como os filmes da Pixar em que aparece um curta sempre antes do filme oficial começar.

Tem a Galinha Azul dos Caldos Maggi que aparecia sempre no Viva a Noite e só depois de tocar a música toda é que Gugu diz que não era a sua vez de entrar. Mas nada nos prepara para a aparição do Bocão da Royal dentro do quarto de Angélica. O que ele estava fazendo lá ninguém se importa em explicar. 

A trama nos coloca dentro da Pedra da Gávea, onde moram seres fantásticos como os simpáticos Grunks e os temíveis Barks. Os Trapalhões vão parar lá a procura de Angélica que pretendia gravar um vídeo com o grupo Dominó como parte de um sonho maluco, um dos quadros do Viva a Noite com o Gugu. Mas ela acaba sumindo junto de seu namorado e, então, cabe aos seus atrapalhados amigos a acharem e derrotarem as ameaças que impedem todos de sair daquele lugar. No meio do caminho, Didi se apaixona pela bela fenícia Cira e terá de escolher o que deseja fazer de sua vida.

Outro detalhe comum dos filmes dos Trapalhões são as canções que costumam tocar quase que integralmente durante o desenrolar da trama. Nesse temos as músicas P da Vida, e, Paraíso, do grupo Dominó. Nosso Amor é Festa, de Angélica. E Beijo de Aranha, do Conrado.

A história começa com o final da apresentação do grupo Dominó no Viva a Noite, como participantes de um festival musical. Depois deles Gugu anuncia a próxima atração e entra a Galinha Azul, mas quem deveria subir ao palco era a Angélica que ainda estava explorando as músicas do seu primeiro disco.

Didi vai buscar o Conrado para levá-lo no concurso musical com um carro cheio de coisas instaladas, tem até pipoqueira. É uma espécie de Uber quando o Uber ainda não existia nem nos planos dos criadores. Enquanto isso, o pai de Angélica, um rico empresário, acompanha a sua apresentação pela TV junto com Dedé, Mussum e Zacarias.

Quando ela tenta entrar escondida em casa, Conrado e Didi iniciam uma serenata com o som muito alto e são expulsos pelo pai dela que solta os cachorros para atacar os invasores, além de dar uma bronca na menina.

Na manhã seguinte, quando Mussum vai acordar Angélica, ela não está no quarto, pois saiu as escondidas para gravar o sonho maluco e os quatro trapalhões ficam encarregados de encontrá-la. Nesse momento chega a mãe da menina na casa e expulsa Didi a tiros.

Ao chegar na base da Pedra da Gávea o quarteto decide esperar até que Angélica e o grupo Dominó acabe as gravações e desça até eles, mas são persuadidos a subir depois de ouvir uma história a respeito de uma lenda de alienígenas que habitam na pedra.

Ao entrarem através de um dos olhos da figura esculpida, caem em um buraco e são perseguidos por figuras estranhas, os Grunks. Após serem cercados pelas criaturas, encontram Angélica e Conrado. E apesar de a garota estar a poucas horas na caverna com os alienígenas ela se demonstra bem íntima e uma boa conhecedora de seus hábitos e sabe até os nomes.

Ao perceberem que o grupo Dominó está gravando o vídeo na superfície, começam a gritar até serem percebidos por Afonso, mas são ignorados pelos demais membros e ninguém procura saber o que está acontecendo.

Didi encontra uma criatura que lhe revela uma maneira de sair da rocha. Para tanto, precisariam de fogo para enfrentar outras criaturas, os Barks, mas um dos Grunks queimou todos os palitos de fósforo enquanto dormiam.

Didi encontra um grupo de pessoas que são denominados fenícios e tenta aproximação. Ele se apaixona por uma das moças, a Cira, mas o lugar está repleto de monstros. Enquanto ele a leva até os amigos, Angélica ensaia sua música. Cira se assusta e sai correndo dos grunks.

Didi finalmente encontra a caverna dos Barks. Eles hipnotizam os humanos e capturam a Cira para sacrifica-la. Após liberar moça e os seus companheiros voltam para o refúgio e Didi ensina português para os fenícios. Ele volta a falar com o monstro de lama pela terceira vez. E detalhe, cada vez que ele ia o monstro dormia em seguida para acordar só 10 anos depois e sempre acordava muito fácil.

Didi consegue entrar na cova dos barks enquanto eles dormem e encontra a saída, mas precisa voltar para resgatar os amigos e é seguido pelos monstros. Os humanos são outra vez hipnotizados e atacam os trapalhões e vira tudo uma grande pancadaria.

Depois de derrotar os humanos o grupo de amigos volta para a caverna dos monstros onde está a saída, mas são perseguidos e começa outra pancadaria.

Dedé descobre que para liberar os fenícios da hipnose eles precisam derrotar os monstros.

Para abrir a passagem secreta necessitam do espelho, mas uma das pequenas criaturas o comeu. O monstro lama aparece dizendo que a passagem vai se abrir em alguns instantes antes de fechar outra vez e eles finalmente conseguem sair da pedra no mesmo instante em que os pais da Angélica estão chegando com o resgate.

Didi tenta convencer sua amada a sair com ele, mas ela é mais convincente e ele é quem acaba ficando dentro da pedra.

Angélica vence o concurso do Viva a Noite e seu pai lhe apoia na luta pela causa ecológica que ela defende.

Didi reaparece com a moça da caverna e rico. Ele explicou que só teve que esperar o monstro que engoliu o espelho o expelisse e que os cristais da caverna na verdade eram diamantes. E um dos monstros, o mais curioso, o seguiu sem que fosse notado.

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Como foi novembro de 1984, 1989, 1994 e 1999

1984

No dia cinco de novembro de 1984, estreou no SBT a novela Jerônimo baseada na radionovela Jerônimo, o Herói do Sertão, de Moysés Weltman. Foi escrita pelo próprio Moysés, teve direção de Antonino Seabra e contou com Francisco di Franco, Suzy Camacho, Joffre Soares, Jussara Freire, Marcos Caruso, Rogério Márcico, Annamaria Dias e Neusa Borges nos papéis principais. Trata-se de um cavaleiro justiceiro que ajuda a população a se livrar dos bandidos e dos desmandos do temido Coronel Saturnino Bragança. 

Poderia ser a nossa versão brasileira do Zorro. Essa foi a segunda adaptação televisiva da obra, a primeira tinha sido o seriado Jerônimo, o Herói do Sertão, de 1972, transmitido pela TV Tupi. 

No dia 26, estreou na TV Globo a novela Corpo a Corpo, inspirada na obra Pensão Riso da Noite: Cerveja, Sanfona e Amor de José Condé. Foi escrita por Walter George Durst com a colaboração de José Antônio de Souza, Tairone Feitosa e Tom Zé, com roteiro final e direção de Walter Avancini. Teve Ney Latorraca, Dina Sfat, Tássia Camargo e Lucinha Lins nos papeis principais.

A novela estreou no canal viva em 24 de junho de 2024. Como a Globo já não tinha mais a versão original completa em seu acervo, optou por adaptar a versão que foi vendida para outros países. Corpo a Corpo teve dois álbuns como trilha sonora, o nacional e o internacional.


1989

No feriado do dia 15 de novembro de 1989, aconteceu a primeira eleição presidencial pela nova constituição. Foi a primeira vez que a população pode ir às urnas para escolher um presidente depois do fim da ditadura militar. A votação para o segundo turno aconteceu em um domingo, no dia 17 de dezembro.

Foram 22 candidatos e foi a primeira vez em que presidente e vice-presidente foram eleitos juntos. Sim, antes o vice-presidente também tinha que disputar a vaga. Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva disputaram o segundo turno e Collor foi eleito no final.

No dia 18, aconteceu o lançamento do primeiro álbum da Xuxa em espanhol no mercado latino. De todos os seus lançamentos em espanhol esse foi o mais bem sucedido de sua carreira.


1994

No dia 29 de novembro de 1994, estreou na TV Globo a minissérie Incidente em Antares. Foi escrita por Charles Peixoto e Nelson Nadotti, com direção geral de Paulo José e Nelson Nadotti, com direção de núcleo de Carlos Manga e Paulo José. Trata-se de uma greve ds coveiros da cidade de Antares que se negam a efetuar o enterro de sete morto e, então, os sete defuntos vão para o centro da cidade gerando pânico entre a população e passam a contar todos os podres da cidade, desde os políticos, envolvendo as personalidades, até os devaneios sexuais dos moradores. 

A obra original foi a última escrita por Érico Veríssimo, em 1971. A adaptação para a TV contou com um grande elenco de estrelas, dentre as quais estava Betty Faria e Marilia Pêra, além de algumas participações curiosas como a de Valéria Monteiro que se destacou na emissora como jornalista e também da Nani Venâncio, a modelo que protagonizou a vinheta de abertura da novela Pantanal.


1999

No dia sete de novembro de 1999, estreou o Show do Milhão no SBT, inicialmente chamado de Jogo do Milhão. É um dos grandes clássicos da emissora que alcançou uma grande repercussão logo na primeira temporada e ganhou versões em jogos para computador. O único vencedor do prêmio máximo foi o sul-mato-grossense Sidiney Ferreira de Moraes, em 2003, que acertou em que dia nasceu e em que dia foi registrado o então presidente Luiz Inacio Lula da Silva.

A última pergunta tem apenas três opções. Se acertar o jogador leva um milhão para a casa, se parar de jogar leva 500 mil, e se errar perde tudo. Por isso quem consegue uma boa quantia em dinheiro prefere parar e garantir o que já conquistou. O formato é muito parecido com o jogo Quem Quer Ser Milionário, que pertence a Sony, e ficou bem popular depois do filme que leva o mesmo nome.

Já em 1999, o SBT teve que entrar na justiça para garantir o direito de produzir novas temporadas porque a Sony alegou que o Show do Milhão era um plágio. A defesa, entenda Silvio Santos, disse que o formato é original do SBT e que tem diferenças suficientes para ser considerado outro tipo de programa. Ele tentou usar a mesma tática com a Casa dos Artistas, mas não conseguiu convencer que não era plágio do Big Brother.

No dia oito, estreou na TV Globo, a novela das sete, Vila Madalena. Foi escrita por Walther Negrão, com direção de núcleo de Jorge Fernando e contou com as atuações de Edson Celulari, Maitê Proença, Marcos Winter, Yoná Magalhães, Ary Fontoura, Laura Cardoso, Flavio Migliaccio e Luiza Tomé nos papeis principais. Foi a estreia de Suzana Werner como atriz.

O folhetim tem como pano de fundo o bairro Vila Madalena, em São Paulo, mas o cenário foi reproduzido no complexo de estúdios da TV Globo. A produção optou por apresentar como vinheta um vídeo diferente a cada dia com as músicas que compunham a trilha sonora nacional, Profecias, do álbum Xuxa 2000, foi uma delas. Foram 14 vídeos ao total.

A novela teve dois álbuns musicais, a trilha sonora nacional com a atriz Maitê Proença na capa e a trilha internacional com o ator Thierry Figueira na capa.

No dia 14, estreou no SBT o programa Canta e Dança Minha Gente comandado por Carla Perez. O cenário reproduzia um discoteca onde a apresentadora promovia um concurso de dança entre o público presente ao som dos cantores e bandas que recebia como convidados, além de fazer também algumas entrevistas.

Na ocasião Carla Perez gravou a música Canta Canta Minha Gente, popularizada na voz de Martinho da Vila. Aqui no canal você encontra um vídeo sobre esse programa.

No dia 15, entrou no ar, oficialmente, a RedeTV. Desde 11 de maio o grupo TeleTV ocupava os canais da antiga Rede Manchete, mas usava somente a logo de TV! A nova emissora estreou com uma grande promessa por parte dos donos e uma grande expectativa por parte dos telespectadores, mas ao longo dos anos a realidade se mostrou bem diferente e hoje em dia o canal está entre os que menos audiência tem no país.

No mesmo dia 15, estreou o TV Fama, na RedeTV!. A primeira versão foi apresentada por Mariana Kupfer, mostrando os bastidores de festas e eventos, mas saiu do ar em duas semanas. Voltou em julho de 2000, sob o comando de Monique Evans e Paulo Bonfá, com foco em entrevistas e notícias das celebridades, seguindo a linha do programa estadunidense Entertainment Tonight, da CBS.

Desde então, já passaram vários apresentadores pelo TV Fama, mas um deles se destaca pela longevidade e pelo famosoo jargão Ok Ok. O Nelson Rubens que assumiu o comando em 2001, ao lado de Janaína Barbosa.

O SuperPop, também foi um dos programas de estreia da RedeTV!. A primeira versão teve apresentação de Adriane Galisteu, quando fazia jus ao nome do programa. Depois de sua ida para a Record, a proposta foi sendo adaptada aos apresentadores que assumiram o comando. Aqui no LOTV tem um vídeo sobre esse programa.

E também no dia 15, na estreia da RedeTV!, entrou no ar o infantil Galera na TV, um infantil estrelado pela Xiquita Sorvetão, Andréia Faria. O programa tinha como cenário uma lanchonete onde Andreia encontrava seus amigos, intercalando as histórias com a exibição de desenhos animados. Havia vários personagens fixos, além de convidados especiais que passavam por situações inusitadas e que divertiam ao mesmo.

O infantil transmitia noções de cidadania, saúde, cultura, ciência e ecologia, entre outras coisas, mas a emissora não conseguiu bancar a produção por muito tempo e no dia 26 de agosto de 2001, saiu do ar.

Foi no ano de 1999, no começo de novembro, que Angélica lançou o álbum Angel Hits & Amigos com 14 faixas, das quais 12 são duetos. A primeira é uma nova versão de Vou de Táxi com Claudinho e Buchecha.

A intenção foi lançar um projeto para tocar nas rádios direcionado ao público adulto, algumas faixas são bem produzidas e ficaram muito boas, mas Vou de Táxi que foi usada como uma das apostas, não foi uma boa escolha.

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