Claudia Rodrigues diz que não é lésbica e que não gosta de mulher.

Após assumir um relacionamento com sua ex-empresária Adriane Bonato, a atriz Claudia Rodrigues declarou, em entrevista para o jornalista José Vieira, do Noticias da TV, que não se encaixa na comunidade LGBTQIA+, pois não se considera lésbica e nem bissexual. 

Ao ser indagada sobre suas relações homoafetivas, a artista revelou que essa era a primeira e a última vez que estava vivendo um romance com alguém do mesmo sexo, pois não gosta de mulher, gosta apenas da Adriane que foi a responsável por cuidar da carreira da humorista por dez anos e esteve ao seu lado durante sua luta contra a esclerose múltipla.

Com a repercussão da fala, Adriane Bonato a defendeu dizendo que ela merece viver este processo para se conhecer melhor e no final entender o que está dentro dela, e que ninguém pode pressioná-la a se descobrir. 

Segundo Adriane, ao pedir explicação sobre o que Claudia sente por ela, a atriz disse que tem a segurança que nunca teria com um homem, além de carinho, sentir-se bem tratada, cuidada, receber atenção e ser compreendida. Frisou que quando precisou a amada até a pegou no colo e lhe deu banho. São coisas que eu nunca teve em relacionamentos anteriores.

Isso me fez lembrar da fala do Carlinhos Maia quando se casou. Ele disse na ocasião que não estava protagonizando um casamento gay e sim a união entre dois caras. Mais tarde, o influencer esclareceu em uma entrevista que apenas queria normalizar a celebração, já que quando duas pessoas de sexo oposto se casam ninguém noticia como um casamento hétero, é apenas casamento, então ele acha que a união civil entre gays deve ser normalizada também.

Já quanto a Claudia Rodrigues, segundo a médica ginecologista Lilian Fiorelli, especialista em sexualidade feminina, o fato de Claudia não se intitular LGBTQIA+ pode corresponder a um tipo de preconceito interno, pois a atriz, de 52 anos, viveu em uma época onde a discussão era invisibilizada pela população. Ela defende que existem algumas barreiras que foram colocadas ao longo de nossas vidas, e a humorista viveu em uma época em que era feio ser homossexual.

Ou seja, ela se acostumou com os padrões da heteronormatividade da sociedade e realmente pode ser que não se encaixe na categoria lésbica, pois existem outras manifestações de sexualidade que não se limitam ao masculino e feminino abrindo mais possibilidades para se apaixonar por alguém pela pessoa que é, e não exatamente pelas suas inclinações sexuais, como o Queer, que contradizendo a Claudia, faz parte da comunidade LGBTQIA+ sim.

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