Angélica
Quando Angélica assumiu a apresentação do Clube da Criança na extinta TV Manchete, em 1987, ela ainda era uma jovem promessa da televisão brasileira, tendo apenas 13 anos de idade. Sua estreia no comando do programa, que havia sido anteriormente apresentado por Xuxa Meneghel, marcou um novo momento para a atração — mas também contou com uma curiosidade pouco conhecida: nos primeiros meses, o Clube da Criança foi gravado utilizando o cenário do antigo programa infantil Lupu Limpim Clapla Topo.
Lupu Limpim Clapla Topo era uma produção voltada ao público infantil exibida também na Manchete nos anos 1980, com uma estética lúdica, cenários coloridos e elementos que lembravam um universo de fantasia e imaginação. Com o encerramento do programa, parte da estrutura cenográfica foi reaproveitada para economizar custos na retomada do Clube da Criança, que havia sido descontinuado após a saída de Xuxa para a Globo.
O uso do cenário reciclado foi uma solução temporária enquanto a emissora preparava uma nova identidade visual para o programa sob o comando de Angélica. Apesar disso, o reaproveitamento não comprometeu o sucesso da estreia: a jovem apresentadora rapidamente conquistou o público com seu carisma, músicas e brincadeiras, abrindo caminho para sua consolidação como uma das principais figuras da televisão infantil nos anos seguintes.
Esse momento de transição mostra como a televisão brasileira, especialmente fora do eixo das grandes emissoras, muitas vezes precisou usar da criatividade e dos recursos disponíveis para garantir a continuidade de seus programas — algo que não impediu o Clube da Criança de se tornar novamente um sucesso sob o comando de Angélica.
Débora Brasil
A saída de Débora Brasil do grupo É o Tchan marcou uma mudança significativa na formação de um dos grupos mais populares do axé brasileiro dos anos 1990. Débora, uma das dançarinas originais ao lado de Carla Perez e dos vocalistas Compadre Washington e Beto Jamaica, foi peça fundamental na construção da imagem e do sucesso inicial da banda.
Débora Brasil integrou o grupo desde os tempos do "Gera Samba", nome original do É o Tchan, e teve papel importante no auge da explosão do axé music, quando coreografias sensuais e figurinos marcantes eram tão reconhecíveis quanto os próprios hits. Sua presença no palco trazia energia e carisma, ajudando a consolidar o estilo irreverente que virou marca registrada do grupo.
A saída de Débora ocorreu em 1997, e embora os detalhes exatos sobre os motivos nunca tenham sido amplamente divulgados, na época especulou-se que divergências internas e o desgaste da rotina intensa de shows e compromissos contribuíram para a decisão. Após sua saída, ela foi substituída por Scheila Carvalho, escolhida por meio de um concurso televisionado que teve grande repercussão nacional.
Mesmo longe dos holofotes do É o Tchan, Débora Brasil manteve seu vínculo com a dança e a cultura baiana, participando de projetos locais e mantendo uma vida mais reservada em comparação aos tempos de fama nacional. Seu legado, no entanto, permanece na memória dos fãs que acompanharam o início da trajetória de um dos fenômenos da música popular brasileira dos anos 90.
Xuxa
Em 1991, Xuxa Meneghel, então no auge de sua carreira como apresentadora e ícone infantil no Brasil, recorreu ao uso de perucas em algumas aparições públicas e gravações de programas. A decisão veio após problemas com seu cabelo natural, resultado de procedimentos químicos e excesso de tinturas que acabaram fragilizando os fios.
Na época, Xuxa mantinha o visual loiro platinado que se tornara uma de suas marcas registradas. No entanto, o esforço para manter a coloração exigia descolorações frequentes, que causaram danos significativos à estrutura do cabelo. Para contornar a situação enquanto recuperava a saúde capilar, ela optou por usar perucas que imitavam seu corte e cor habituais, garantindo a continuidade de sua imagem pública sem chamar atenção para o problema.
Apesar de não ter sido amplamente divulgado na mídia naquele momento — muito em parte pela proteção à sua imagem e pela forma como a televisão controlava a exposição de seus artistas — o uso das perucas tornou-se posteriormente um assunto curioso entre fãs e admiradores da trajetória da apresentadora. O episódio mostra como, mesmo figuras públicas altamente reconhecidas, enfrentam desafios estéticos e pessoais longe dos holofotes.
Essa escolha estratégica permitiu que Xuxa seguisse com sua agenda lotada, incluindo gravações do programa "Xou da Xuxa", apresentações ao vivo e compromissos comerciais, sem comprometer sua aparência característica. Mais tarde, ela passou a adotar cuidados mais intensos com os cabelos e também assumiu visuais mais naturais em diferentes fases de sua carreira.
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