Segundo informações a respeito do grupo Gera Samba, o nome já existia desde 1985, de propriedade de Esmael de Oliveira, mas como grupo, a primeira formação aconteceu só em 1992, inicialmente com dez músicos e fazendo um estilo frouxo de pagode tendo como uma de suas músicas mais famosas da época, A Cordinha. Mas esse grupo passou por algumas transformações ao longo do tempo.
E antes de fazer sucesso, como o Gera Samba só se apresentava em barzinhos e bailes populares dos clubes de Salvador, os músicos tinham empregos paralelos porque só tocando não dava para sobreviver, mas lançaram alguns álbuns musicais que não tiveram repercussão nacional. No início era formado só por homens, mas em 1994, colocaram duas dançarinas para fazer as performances, coisa que não era habitual na época.
Fizeram parte da primeira formação do trio de dançarinos, a loira Carol, o Jacaré, que foi o único homem a desempenhar esse papel no grupo, e a morena Débora. Não houve concurso na época, eles foram escolhidos porque chamaram a atenção do grupo, a Débora, por exemplo, foi escolhida da plateia, ela estava dançando durante uma apresentação do Gera Samba e a chamaram para saber se ela topava em ser uma das dançarinas.
Pouco depois que a Débora entrou, a Carol saiu. Em seu lugar selecionaram a Carla Perez, da mesma forma que escolheram a Débora, ela estava dançando, chamou a atenção e foi convidada para integrar o grupo. Com essa formação, Débora, Jacaré e Carla na coreografia, e Compadre Washington e Beto Jamaica nos vocais, o grupo estourou nas rádios e TV com a música Melô do Tchan.
E outras canções vieram depois, todas seguindo o mesmo estilo dançante, mas eis que aconteceram alguns desmembramentos do grupo, por exemplo, o Terra Samba e a Companhia do Pagode foram formados por ex-integrantes desse grande grupo em que estavam Beto Jamaica e Compadre Washington. Ambos, segundo Esmael de Oliveira, registraram em 1994, a marca Grupo Musical Gera, junto com Luís Carlos Fernandes Adan, e depois mudaram para Grupo Musical Gera Samba.
Em 1996, eles chegaram a lançar um novo álbum chamado "Gera Samba - Na Cabeça E Na Cintura", que teve a Dança da Bundinha como o hit mais forte. No entanto, Esmael já tinha o nome Gera Samba registrado em seu nome, então, usaram como referência a música que fez mais sucesso do álbum anterior para renomear o grupo para É o Tchan e alteraram a capa das edições seguintes do disco que já estava fazendo bastante sucesso.
Em 1997, ao chegar no final do contrato da Débora Brasil, resolveram abrir um concurso para selecionar outra dançarina. No perfil dela na Wikipédia tem a informação de que ela teve um grave problema inflamatório no joelho que piorava com as rotinas de dança e por isso decidiu deixar o grupo. Mas, em entrevista ela disse que não queria sair, pois esperava que fossem renovar o seu contrato.
O concurso para escolher a nova morena do É o Tchan aconteceu no Domingão do Faustão e teve cerca de 2.000 inscritas, dentre as semifinalistas estava a Viviane Araújo que se tornou superfamosa depois na TV. Mas Sheila Carvalho disputou a final com Rosiane Pinheiro que, ao perder, foi nomeada dançarina do grupo Gangue do Samba.
A estreia de Sheila Carvalho aconteceu com o lançamento do terceiro álbum do É o Tchan, É o Tchan do Brasil, com um dos maiores hits do grupo, Ralando o Tchan. Era a mistura do Brasil com o Egito que deixou muitas dançarinas da dança do ventre com raiva da Carla Perez como se ela fosse a culpada por essa farofada.
Foi o ápice do sucesso do É o Tchan, e da Carla Perez que era a estrela mor do grupo. Além dos discos, lançaram vários produtos e até uma boneca da Carla. E por causa de um bambolê, ela pediu para sair.
Durante um show, Carla jogou para o público mais bambolês do que deveria e o Compadre Washington colocou o pé para ela cair. Teve bate boca, e quebra pau no camarim com ameaça de todo mundo ir para a delegacia e ela anunciou sua saída, mas que cumpriria com a agenda de shows. Em algumas ocasiões durante a performance de Nega Vá, na TV, a deixaram sozinha no palco, e em outras ocasiões a dançarina foi se apresentar sozinha mesmo. Depois teve mais lavação de roupa suja na TV através de ligações telefônicas e um abraço forçado entre os protagonistas da polêmica promovido pelo Gugu no Domingo Legal.
Com a saída de Carla, Sheila foi alçada a nova estrela do grupo, posto que deteve até a sua saída. Mas em 1998, foi realizado o concurso da nova loira do Tchan, outra vez no Domingão do Faustão e, dentre as 3.500 inscritas, Sheila Mello foi a vencedora. Ela até ganhou um hit chamado A Nova Loira do Tchan que soava como uma provocação à Carla Perez, e sua estreia aconteceu com o quarto álbum do grupo com o Tchan no Havaí.
Essa foi uma das várias músicas que o grupo compôs misturando temas distintos com o seu jeito de tocar. Depois do sucesso de Ralando o Tchan ainda teve Rock do Tchan, Lamba Tchan, Ariga Tchan, Twist Tchan, Reggae Tchan, Aeróbica do Tchan, Tribotchan... espalhadas em vários álbuns.
Essa mesma formação esteve intacta até 1999, quando lançaram o quarto álbum do grupo, É o Tchan na Selva.
Em 2000, Beto Jamaica deixou o grupo sob boatos de que ele teria se desentendido com Compadre Washington, mas ambos eram sócios, então a ruptura foi só nos palcos mesmo porque continuaram trabalhando juntos. Mas a sua carreira solo não vingou.
Renatinho da Bahia foi eleito em um concurso realizado no Domingão do Faustão e assumiu a vaga de Beto Jamaica. Sua estreia aconteceu com o álbum Tchan.com.br, que teve um bom desempenho nas vendas.
E em 2001, resolveram testar outro estilo musical e lançaram o álbum Funk do Tchan com todos os integrantes soltando a voz, mas não agradou muito o público e, então, no mesmo ano foi lançado o álbum A Turma do Batente.
Este teve melhor repercussão, mas a fantasia de enfermeira de Sheila Carvalho fez o Conselho Regional de Enfermagem obter uma liminar na Justiça por considerar a capa do álbum ofensiva à profissão.
Em 2002, foi o Compadre Washington que saiu e foi substituído por Tony Salles. Jacaré passou a ser o único integrante da formação original. Nesse ano foi lançado o álbum É o Tchan Ao Vivo, marcando a estreia de Tony Salles.
Em 2003, Sheila Mello pediu para sair, abrindo vaga para outra loira que foi escolhida dessa vez no Domingo Legal. E dentre as 2.500 inscritas, Silmara Miranda foi a eleita e estampou a capa do álbum Ligado em 220V, lançado no mesmo ano.
Em 2004, o grupo fez uma reunião comemorativa dos dez anos da banda com os antigos integrantes, foi a celebração da paz entre todos, estavam presentes a Carla Perez, a Débora Brasil, Beto Jamaica e Compadre Washington, mas a Sheila Mello não participou. Em entrevista, ela disse que não fazia sentido fazer parte desse reencontro porque tinha acabado de sair. E como resultado dessa reunião, foi lançado o álbum ao vivo, 10 anos de É o Tchan.
E em 2005, foi a vez de Sheila Carvalho pedir para sair. Ela ficou até o fim do ano, quando, outra vez, o concurso foi realizado no Domingo Legal e de aproximadamente 3.000 candidatas o grupo teve as entradas das dançarinas Aline Rosado e Juliane Almeida. No entanto, a partir de aí o grupo não teve mais fôlego e em 2006, todos saíram.
Até voltaram em 2007. Aline e Juliane foram convidadas para que seguissem no grupo, até porque elas tinham contrato por mais dois anos ainda, mas já não tinha o Jacaré e os vocalistas também eram outros, o Johny Lopes e o Jack Fiaes. Depois, teve outro vocalista ainda, o Kléber Menezes. E em 2010, o Beto Jamaica e o Cumpadre Washington se juntaram novamente.
De todos os que passaram pelo grupo, os que seguiram fazendo sucesso mesmo foram os dançarinos, a mais bem-sucedida foi a Carla Perez que ganhou programa próprio, gravou álbuns musicais, teve filme.
O Jacaré também fez uma carreira na TV até mais longa do que a Carla Perez. Ele investiu na atuação e trabalhou com Renato Aragão desde 2002, até 2013. Depois atuou em séries, filmes e fez até uma participação como figurante na série estados-unidenses No Tomorrow, em 2017.
A Débora Brasil continuou trabalhando com a empresa do grupo por um tempo, depois investiu na carreira de cantora e foi vocalista do grupo Dengo de Mulher, e depois de 2002, ela passou a fazer palestras e eventos evangélicos.
A Sheila Carvalho também teve programas de TV, mas nenhum em cadeia nacional. E a Sheila Mello optou pela atuação e investiu no teatro. Em 2015, as duas se juntaram para fazer uma turnê musical intitulada Sheilas.
Silmara Miranda não investiu na carreira artística, ela optou por outras áreas e passou no concurso para polícia, cargo que desempenha nos dias de hoje. Aline passou a fazer eventos e depois abriu uma empresa própria para gerenciar sua própria carreira e de outras modelos. Juliane chegou a fazer teatro e novelas, ela esteve em Salve Jorge, mas depois se tornou fisiculturista.
Com exceção de Débora Brasil que nunca posou nua, todas as dançarinas foram capa da Playboy e/ou da Sexy. Inclusive, elas tinham que assinar um contrato para posar nuas antes ainda de serem uma das escolhidas. Era um dos critérios para avançar para a próxima etapa quando chegavam nas semifinais, porque a vencedora teria que, obrigatoriamente, ir para as bancas sem roupa, e parte do cachê ficava com a empresa do grupo. As mais prejudicadas nisso foram as últimas duas morenas dessa fase do É o Tchan, Aline e Juliane, que tiveram que dividir o prêmio do concurso e o cachê da revista.
A Carla estampou a capa da Playboy por três vezes e mais um pôster especial.
A Sheila Carvalho foi a recordista, posou para a Playboy cinco vezes e uma vez para a Sexy.
A Sheila Mello posou três vezes para a Playboy e uma vez para a Sexy.
Silmara Miranda posou uma vez para a Sexy.
Aline e Juliane, também, uma vez para a Sexy, juntas.
Em relação aos rapazes, todos foram convidados para posar sem roupa também, na época tinha duas grandes revistas de nu masculino, a Íntima e a G Magazine. Somente Tony Salles aceitou posar para a G Magazine.
0 comments:
Postar um comentário