Sonia Braga

Sônia Maria Campos Braga nasceu em Maringá (PR), no dia 8 de junho de 1950.

Os pais e seus seis irmãos se mudaram para Curitiba e depois para Campinas, São Paulo.

Quando Braga tinha 8 anos seu pai faleceu, e ela se mudou para uma escola de convento na cidade de São Paulo. Na sua adolescência, conseguiu um emprego no tradicional Buffet Torres como recepcionista e datilografava orçamentos.

Aos 14 anos, Braga foi convidada pelo diretor Vicente Sesso para fazer teleteatros e programas infanto-juvenis no programa Jardim Encantado. Depois disso, ela se integrou num grupo teatral que se apresentava na região do ABC Paulista. Aos 17 anos, estreou na peça O Marido Confundido - George Dandin em Santo André. Em 1968, aos 18 anos, participou da montagem brasileira de Hair, onde causou escândalo ao aparecer em cena nua. Além disso, ela também atuou no teatro infantil, como na peça de 1979, No País dos Prequetés.

Ainda em 1968, Braga participou do filme O Bandido da Luz Vermelha, e no inicio dos anos 70, apareceu em papéis coadjuvantes em filmes como A Moreninha (1970) e Cléo e Daniel (1970). No ano seguinte, foi escalada para atuar em A Menina do Veleiro Azul (1969), de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior, mas a emissora fechou antes de a novela ir ao ar. Foi convidada, então, para fazer Irmãos Coragem (1970), de Janete Clair, na Rede Globo. Nos anos seguintes, trabalhou em outras duas novelas da autora: em Selva de Pedra (1972), no papel de Flávia, e em Fogo sobre Terra (1974), como Brisa. Braga ainda participou da versão brasileira de Sesame Street, chamada Vila Sésamo, no início da década de 1970.

A carreira de Sônia Braga ganhou novas conotações em 1975 ao protagonizar a telenovela Gabriela. No papel-título, tomou o Brasil, tornando-se um nome conhecido, como observou Sue Branford e David Treece para o jornal britânico The Guardian. A telenovela baseada na obra de um dos mais conhecidos escritores brasileiros, Jorge Amado, atingiu uma das maiores audiências em sua época, uma média de 25 milhões de pessoas.

A personagem logo a levou a estrelar outra história de Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos (1977), uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro de todos os tempos.

Suas personagens em Tieta do Agreste e Saramandaia ajudaram ela a manter seu posto de sex symbol. Em 1978, estrelou como Julia Matos a novela Dancin' Days. Escrita por Gilberto Braga, sua personagem é uma ex-presidiária que tenta reconquistar o amor de sua filha.
Em 1981, com Eu Te Amo, filme dirigido por Arnaldo Jabor, Braga venceu o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Gramado. Neste ponto de sua carreira era anunciada como a próxima grande estrela sensual do cinema internacional, aos passos de Sophia Loren. Os relatos da imprensa ligando seu nome a romances com seus colegas de elenco ou diretores só aumentava o fascínio sobre ela; tais rumores cercaram a produção de um remake de Gabriela para o cinema em 1983 com o galã italiano Marcello Mastroianni.

Sônia Braga alcançou reconhecimento internacional por seu papel em O Beijo da Mulher Aranha de 1985, filme baseado em um romance de Manuel Puig, que se tornou um dos lançamentos mais aclamados desse ano, a atriz coestrelou ao lado de William Hurt, que venceu o Oscar de melhor ator. O filme foi descrito como "tenso, carregado de energia intelectual e espirituosa com o humor negro de desespero", bem como "hipnotizante" pelo crítico da revista People, Ralph Novak. Braga admitiu que o sucesso de O Beijo da Mulher Aranha surpreendeu até ela. Ela estava desconfortável com seu primeiro papel falado em inglês, "às vezes, eu dizia uma fala e me perguntava: O que significa isso?", disse ao jornalista do Los Angeles Times, Roderick Mann, "agora me sinto muito mais segura".

Ela foi a primeira brasileira a apresentar uma categoria no Oscar ao lado do astro Michael Douglas em 1987, com apenas 36 anos. Os aplausos e críticas logo levaram Braga a aparecer em mais dois grandes papéis em Hollywood, ambos lançados em 1988: Rebelião em Milagro, dirigido por Robert Redford, e na comédia, Luar sobre Parador, no qual foi indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante em 1989.

Em 1996, Sonia atuou em Tieta do Agreste, um filme baseado no romance homônimo de Jorge Amado, a mesma história que inspirou a novela de Aguinaldo Silva que teve Betty Faria como protagonista.

Nos anos 2000, Sônia participou em vários programas e séries americanas como: Sex and the City (2001), Law & Order (2003), Ghost Whisperer, CSI: Miami (2005) e no seriado American Family, que retrata uma família latina em uma grande cidade americana, a série foi ao ar pela rede PBS. Depois de quase 20 anos sem participação na televisão brasileira, Sônia participou da novela Força de um Desejo (1999) e em 2006, voltou a trabalhar em Páginas da Vida de Manoel Carlos, onde interpretou uma escultora internacionalmente reconhecida. Depois, participou da série Donas de Casa Desesperadas, apresentada pela Rede TV! e ainda protagonizou o episódio A Adúltera da Urca da série As Cariocas em 2010, e participou da série Tapas & Beijos em 2011, na Rede Globo.

Em 2016, ela estrelou o filme Aquarius do diretor Kleber Mendonça Filho. Por sua performance no filme, foi indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, e venceu os prêmios de atuação feminina no Festival Biarritz Amérique Latine e no Festival de Cinema de Lima, no Peru. Além desses, Braga foi eleita a melhor atriz pelos críticos de San Diego, desbancando atrizes como Emma Stone, Annette Bening e Natalie Portman.
Em 2017, Braga foi anunciada como integrante do júri da 33ª edição do Sundance Film Festival, que acontece em Park City, Utah, Estados Unidos.


E ainda:

Eduardo Moscovis nasceu no dia 8 de junho de 1968.

Seu Jorge nasceu no dia 8 de junho de 1970.

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