Começou a carreira como atriz em teatro amador em 1985, no Colégio Sagrado Coração de Maria, onde estudou. Cursou o teatro O Tablado, com o professor Bernardo Jablonski e participou do Grupo Pessoal do Tom, com Roberto Bomtempo e Roney Vilella.
Em 1989, entrou para o programa Xou da Xuxa, da Rede Globo, como a Paquita Pituxa Pastel, ganhou esse apelido por ser distraída, mas se tornou uma das principais vocalistas do grupo.
Anos mais tarde, Letícia revelou que era mais divertido ser Paquita antes de gravar disco, e que em pelo menos uma ocasião, mentiu para não ir em um show porque tinha aula de interpretação no mesmo horário.
Como Paquita, participou do coro, nas gravações dos discos da Xuxa, e também dos dois álbuns do grupo. Atuou no filme Lua de Cristal e Gaúcho Negro.
Em 1990 começou a participar do Grupo Porão, sediado no Teatro Villa Lobos, onde desenvolveu uma linguagem pessoal através de investigações cênicas, físicas e vocais. Fez parte deste Grupo até 1994.
Depois que saiu do grupo das Paquitas, em 1992, Letícia atuou como a Querência, no humorístico Os Trapalhões, e estreou em telenovelas no papel da personagem Debbie, em Despedida de Solteiro. Em seguida, foi cursar a Oficina da Globo.
Em 1994, Carlos Lombardi teve que escrever às pressas a novela Quatro Por Quatro, que já estava programada para entrar no horário das 19h da Globo, mas precisou ser adiantada por problemas que fez a outra que estrearia, ser adiada.
Carlos Lombardi havia escrito a personagem Babalu pensando em Adriana Esteves, mas ela não pode aceitar o papel porque já estava comprometida com outros trabalhos. Ele, então, convidou Letícia, que fez um grande sucesso. A personagem se tornou a mais popular da obra e uma das mais populares no contexto das telenovelas da década de 90.
Em 1996 interpretou a personagem Giovanna, na primeira fase da telenovela O Rei do Gado. Sob a direção de Luiz Fernando Carvalho, Letícia teve a oportunidade de contracenar com grandes atores como Raul Cortez, Antônio Fagundes, Eva Wilma e Vera Fischer, em cenas cujos níveis de concepção e realização se aproximaram do cinema.
No ano de 1997 atuou em Zazá, como a cozinheira Beatriz, e em 1999, interpretou a sua primeira vilã, a Maria Regina, em Suave Veneno. Foi quando precisou cortar os cabelos e pintá-los de preto, em contraste com os seus olhos azuis.
Inicialmente foi muito criticada pelos exageros na interpretação da personagem, mas no decorrer da trama, Maria Regina acabou superando as críticas, sendo considerado uma das melhores atuações da novela.
Letícia foi convidada para protagonizar Esplendor, telenovela exibida no horário das 18h, em 2000, e no ano seguinte precisou recusar o papel de Jade, a protagonista de O Clone - que acabou ficando com Giovanna Antonelli, porque estava em processo de produção do espetáculo teatral O Falcão e o Imperador, em que foi responsável pela adaptação do texto, produção, direção e atuação, ao lado da artista Jac Fagundes. Baseado na obra do grego Nikos Kazantzakis e do persa Rumi, o espetáculo foi apresentado em diversas cidades brasileiras e é descrito pela atriz como o trabalho de sua vida. Letícia se afastou da televisão por um ano porque precisou raspar os cabelos em virtude do personagem Falcão na peça. Em seguida, fez o espetáculo A Leve, o Próximo Nome da Terra, de Hamilton Vaz Pereira.
Voltou à televisão em 2002, quando interpretou mais uma protagonista das 18h, a Diana de Sabor da Paixão.
Em 2004 foi convidada por Aguinaldo Silva para participar de Senhora do Destino, trama exibida às 20 horas. Deu vida a antagonista Viviane Perón, ambiciosa primeira-dama da Vila de São Miguel e apaixonada esposa de Reginaldo, interpretado por Eduardo Moscovis. Letícia afirmou em uma entrevista que se inspirou em Lady Macbeth, de Shakespeare, para compor seu papel.
No cinema atuou em Oriundi (1999), ao lado de Anthony Quinn. Anthony e Letícia cultivaram uma estreita amizade e Letícia recebeu muitos ensinamentos. Em 2000 atuou como Mindinha a segunda esposa do compositor Heitor Villa-Lobos, em Villa-Lobos, Uma Vida de Paixão (2000). Em 2002 viveu a personagem-título de A Paixão de Jacobina.
Participou ainda de dois curta-metragens: o premiado O Pulso (1997), de José Pedro Goulart, e O Problema (2004), em que foi dirigida por Frederico Benedini e repetiu a parceria com Eduardo Moscovis.
Em 2006 a atriz foi convidada pela autora Gloria Perez a integrar o elenco da minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, exibida pela Rede Globo em 2007. Participou como Anália, esposa infiel que contava com o consentimento do marido. Posteriormente, esteve em cartaz com a peça Isadora Duncan, sobre a vida da bailarina norte-americana homônima, considerada a pioneira da dança moderna. O espetáculo contou com a direção de Bibi Ferreira e texto de Aguinaldo Silva.
No fim de 2007, fez parte da novela das 20h, Duas Caras, em que interpretava a Maria Eva Duarte.
Em 2009, depois de um ano longe das novelas, trabalhou pela primeira vez com o autor Manoel Carlos, em Viver a Vida. Letícia interpretou Betina, uma mulher avançada e moderna, às voltas com a infidelidade do marido, que a traia com a própria prima, e o namoro da filha adolescente.
Atuou na 19.ª temporada de Malhação, que foi ao ar de 29 de agosto de 2011 a 10 de agosto de 2012.
Em 2011, após o nascimento de sua filha Stella, participou do espetáculo teatral Outside, um Musical Noir, inspirado em um poema do músico David Bowie, interpretando a personagem Peggy Gugenheim.
Em 2012, fez parte do elenco de Salve Jorge, como Antônia, uma ex-modelo falida, casada com Celso, personagem de Caco Ciocler. Em crise, o casal acaba se divorciando depois que ela resolveu retomar a carreira.
Em 2013, viveu a dançarina e cantora Lola Gardel da novela das 18 horas Joia Rara de Thelma Guedes e Duca Rachid.
Em 2014 viveu a ex-secretária Gilda na novela das 18 horas Boogie Oogie de Rui Vilhena.
Em 2015 interpretou Soraya Brenner, em I Love Paraisópolis, esposa de Gabo (Henri Castelli) e mãe de Benjamin (Mauricio Destri).
Depois de sua participação na novela, ensaiou e estreiou em janeiro de 2016, no Espaço Tom Jobim (Jardim Botânico), no Rio de Janeiro, a peça Doroteia - Uma Farsa Irresponsável em Três Atos, seu primeiro espetáculo da obra de Nelson Rodrigues e direção de Jorge Farjalla. Interpretando o papel-título ao lado de Rosamaria Murtinho. A peça foi considerado um sucesso pela crítica e realizou pequena temporada, viajando por algumas cidades brasileiras.
Em 2016, viveu a conflituosa Lenitta, na novela Sol Nascente.
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