Maio de 1990

Mico Preto

No dia sete de maio de 1990, estreou a novela Mico Preto no horário das 19h na TV Globo. Foi escrita por Euclydes Marinho, Leonor Bassères e Marcílio Moraes, com direção de Dennis Carvalho. Contou com as atuações de Luiz Gustavo, Louise Cardoso, Miguel Falabella, Tato Gabus Mendes, Mauro Mendonça, Eva Wilma, Yara Côrtes, Marcos Frota, Otávio Augusto, Bia Seidl, Deborah Evelyn, José Wilker e Glória Pires nos papeis principais.

A história gira em torno da milionária Áurea Menezes Garcia, personagem de Márcia Real, que anuncia o seu casamento com o jovem Astor, vivido por Marcos Frota. Mas ela desaparece depois de contar aos três filhos, Zé Luís, personagem de Miguel Falabella, Adolfo, vivido por Tato Gabus Mendes, e Frederico, interpretado por José Wilker.

E todo o poder que a empresária tinha, a administração de suas empresas e fortuna, fica a cargo do seu procurador geral, o funcionário público Firmino do Espírito Santo, personagem de Luiz Gustavo, que tem bom caráter, mas, em sua vida, tudo dá errado. A partir daí, a trama une os mundos distintos e faz surgir trapaceiros e amores em sua vida.

Miguel Falabella interpreta dois personagens, o segundo é o malandro Arnaldo, irmão gêmeo de Zé Luís. Guilherme de Pádua, que assassinou Daniella Perez enquanto gravava a novela De Corpo e Alma, em 1992, fez uma pequena participação em Mico Preto. Foi também a primeira novela da Deborah Secco, com, então, 10 anos de idade.

Sérgio Mallandro, recém contratado da Globo, gravou uma participação como juri de um concurso chamado Caras & Pernas, ao lado de outras estrelas da época. O apresentador foi Guilherme Karan e Flávia Alessandra interpretou a concursante Francisca.

A atriz Louise Cardoso contou em uma entrevista que sua personagem era tão boazinha que era insuportável e gerou alguns desconfortos para ela porque tinha que ser simpática na rua o tempo todo, com muita raiva internalizada.

A vinheta de abertura mostrava um mico-leão-dourado passeando pela tela com um efeito de persianas com imagens dos atores, e causou mais alarde do que a própria novela, porque a Sociedade Protetora dos Animais considerou as imagens abusivas.

Mico Preto teve dois álbuns musicais, a trilha sonora nacional com o ator Marcos Frota na capa e a trilha sonora internacional com a atriz Louise Cardoso na capa.

Mariane

No dia 15 de maio de 1990 estreou o programa Mariane, criado especialmente para a apresentadora, como presente de 1 ano no SBT.

Ainda em 1990, Mariane lança o disco intitulado Ciranda, pela gravadora BMG. Além de músicas infantis, a lambada, ritmo da época, também esteve no repertório, além de músicas românticas. O disco teve uma grande repercussão, inclusive duas músicas foram inclusas no disco da novela Carrossel, exibida em 1991 pelo SBT. Ciranda alcançou mais de 100.000 cópias vendidas e Mariane recebeu um disco de ouro pela marca alcançada.

Ainda no SBT, Mariane chegou a superar a audiência do Xou da Xuxa por alguns minutos, com médias de até 8 pontos de ibope. Seu programa ficou no ar até 7 de setembro de 1991, quando foi demitida da emissora, no dia do seu aniversário. Ela tinha gravado mais um disco pela BMG, com canções inéditas e duas regravações do Trem da Alegria e da Turma do Balão Mágico.

Luta contra a homofobia

No dia 17 de maio de 1990, a OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a homossexualidade da categoria doença. A data ficou marcada como um dia de luta contra a homofobia.

Desejo

Desejo é uma minissérie brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 27 de maio a 22 de junho de 1990, em 17 capítulos. Escrita por Gloria Perez, com colaboração de Margareth Martins, teve direção de Wolf Maya e Denise Saraceni e direção geral de Wolf Maya. Contou com Tarcísio Meira, Vera Fischer, Guilherme Fontes, Marcos Winter, Marcos Palmeira, Cláudio Cavalcanti, Leonardo Villar e Nathália Timberg nos papéis principais.

A trama contava, de forma romanceada, o episódio conhecido como "A Tragédia da Piedade", quando o escritor Euclides da Cunha foi morto por Dilermando de Assis, amante de sua mulher Ana Emília Ribeiro, indo a fundo no trabalho de pesquisa e reprodução da época (começo do século XX), com os antecedentes do fato ocorrido e, também, os desdobramentos do caso, que culminou na absolvição de Dilermando.

O curioso é que os atores Marcos Winter e Marcos Palmeira, que estão na minissérie, protagonizaram também Pantanal. Tal feito aconteceu pelo fato de os dois, ainda novatos, terem gravado a minissérie com contrato por obra e logo após o final das gravações migrarem para a Rede Manchete. As minisséries são obras fechadas, quando estream já têm todos os episódios gravados.