Revista Íntima

Enquanto na TV, Gugu explorava corpos quase nus de seus convidados, e de vários modelos no Domingo Legal nas mais distintas provas, todas carregadas de sensualidade, tendo Faustão como principal concorrente que em algumas vezes se viu obrigado a usar o mesmo tipo de apelo, nas bancas era muito comum que as revistas de nu feminino e masculino ficassem expostas na parte mais visível aos transeuntes e instalou-se uma guerra entre elas também.

As revistas de nu feminino sempre dominaram o mercado, a mais famosa de todas era a Playboy que conseguiu status no gênero, e dava status as mulheres que saiam na capa, no mercado brasileiro desde 1975, só teve uma versão masculina em 1997, 22 anos depois, quando Ana Fadigas, corajosamente, lançou a G Magazine.

A G, era direcionada ao público gay, mas as mulheres compravam porque muitos homens famosos da época posaram para a revista, então, 2 anos depois, Marcos Salles entendeu que elas estavam mais à vontade para apreciar a nudez masculina e criou a Íntima, da qual foi diretor também. O primeiro modelo a estampar a capa da revista foi o ator Humberto Martins.

Mas apesar da proposta ser uma revista direcionada ao público adulto e com homens sem roupa, a aparência editorial lembrava uma publicação para adolescentes que abordava moda, sexo, cosméticos e horóscopo. Outro detalhe, é que os modelos dos ensaios não mostravam a genitália, bem diferente da concorrente, a G Magazine. Tal posicionamento era para que os famosos se sentissem mais a vontade e que a mesma pudesse ser comercializada mais livremente, então poderia ser deixada até na recepção de um consultório oi um salão de cabelereiro.

Aliás, alguns famosos que posaram nus ressaltaram esse detalhe, inclusive que a qualidade dos ensaios e da edição era muito superior a G Magazine.

Depois de Humberto Martins, em maio foi a vez do jogador de futebol Renato Gaúcho tirar a roupa. Em junho o ator Raul Gazolla estampou a capa, e em julho o Alexandre Frota. Essa foi a primeira de tantas outras vezes que ele se despiu para uma lente fotográfica, mas dessa vez não mostrou o que as leitoras queriam ver. E elas pediram para a produção mostrar mais, pois queriam mais ousadia e que as fotos mostrassem os modelos por inteiro, sem qualquer tipo de censura.

Como o cliente tem sempre a razão, a revista respondeu à demanda de suas leitoras e no mês de agosto apresentou o seu primeiro ensaio de nu integral e frontal. O modelo foi o ator e cantor Klaus Hee, que na época era assistente de palco da Angélica e do Gugu, e que viria a se tornar um dos integrantes do grupo Dominó mais tarde.

Depois do Klaus Hee, em setembro foi a vez do ator César Oliveira posar nu, e a revista interreompeu a circulação por dois meses.

A NBO Editora passou a lançá-la com um novo título, Íntima e Pessoal a partir de dezembro. Nessa nova fase, a terceira dentro de mesmo ano de lançamento, o modelo de capa foi o garoto da banheira do Gugu, Joubert Campelo.

Depois, em janeiro de 2000, foi a vez do cantor Waguinho sair na capa. Em fevereiro, o Cantor Sylvinho mostrou o seu Blau-Blau. Em março, o modelo Adriano Heck. Em abril, foi a vez do DJ Leandro Resende que trabalhava no Planeta Xuxa, ou seja, mais um da turma da Xuxa que se expôs do jeito que veio ao mundo.

Detalhe, apesar de agora os famosos serem fotogrados sem censura, eles não ostentavam ereção. A proposta continuava sendo fazer uma revista mais artística, mais soft e menos pornô.

Humberto Martins voltou a posar para a revista em maio. Depois dele, em junho, o ator Tetê Vasconcelos estampou a capa. Em julho foi a vez do modelo Marco Mastronelli. E em agosto o stripper Gabriel Marcellos estampou a capa da última edição.


Curiosidades

As edições com Humberto Martins e Waguinho foram as mais vendidas, a primiera capa do ator vendeu 200 mil exemplares, e a do cantor já saiu com 160 mil.

Como os cachês costumavam ser muito altos para convencer um famoso a se despir, a revista passou a ter dificuldades financeiras para se manter no mercado.

Alexandre Frota, Raul Gazolla, Waguinho Renato Gaúcho, além de Beto Simas, entraram com um processo contra a revista, com a alegação de que não receberam cachê integral.

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