Dias Gomes escreveu até o capítulo 51, Aguinaldo Silva deu continuidade até chegar aos capítulo 162 e Dias Gomes retomou a novela até concluí-la no capítulo 209.
Foi dirigida por Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan, Marcos Paulo e Jayme Monjardim, com a direção geral de Paulo Ubiratan e gerência de produção de Carlos Henrique de Cerqueira Leite.
Contou com José Wilker como protagonista título. E, ainda, com Regina Duarte, Yoná Magalhães, Ary Fontoura, Eloísa Mafalda, Ilva Niño, Armando Bógus, Lucinha Lins, Marcelo Rezende, Cássia Kis Magro, Cláudio Cavalcanti, Lídia Brondi, Carlos Augusto Strazzer e Lima Duarte, entre outros.
Dias Gomes e Aguinaldo Silva escreveram Roque Santeiro baseando-se em uma peça de teatro, de autoria de Dias Gomes, O Berço do Herói, que já havia sido censurada e proibida em 1963.
A telenovela seria exibida a partir do dia 27 de agosto de 1975, pela Rede Globo, e já havia 30 capítulos gravados e chamadas anunciavam sua estreia. Porém, no dia de sua estreia, a emissora recebeu um ofício do Departamento de Ordem Política e Social, ou DOPS, do governo federal censurando a exibição da novela. O motivo da censura foi uma escuta telefônica do governo, em que foi gravada uma conversa do autor da novela, Dias Gomes, afirmando que Roque Santeiro era apenas uma forma de enganar os militares, adaptando O Berço do Herói para a televisão, com ligeiras modificações que fariam com que os militares não percebessem que se tratava da mesma obra. Em meio à comoção da equipe, a emissora teve apenas três meses para preparar uma outra novela. Para preencher o buraco na programação, foi exibida uma reprise compacta do grande sucesso Selva de Pedra, novela de Janete Clair, posteriormente substituída por Pecado Capital, da mesma autora, que se tornou um dos maiores sucessos da emissora na época. Para a realização desta novela, parte do elenco e dos cenários de Roque Santeiro foram reaproveitados.
Após 10 anos, já no governo civil de José Sarney, a telenovela foi finalmente liberada e podê ser exibida. Por consideração aos artistas envolvidos no trabalho original, os mesmo foram convidados à participar da nova versão da novela, com seus respectivos personagens. Porém, Francisco Cuoco e Betty Faria recusaram os papéis principais de Roque Santeiro e Viúva Porcina; já Lima Duarte retornou à produção novamente como o inesquecível Sinhozinho Malta. Além dele, alguns atores que participaram da versão censurada da novela, retornaram à produção, interpretando os mesmos personagens João Carlos Barroso, Luiz Armando Queiroz e Ilva Niño.
Milton Gonçalves, que interpretava o padre Honório (nome esse trocado para, Hipólito) na versão censurada, ganhou o papel do promotor público Lourival Prata; Elizângela, também, participou da versão censurada teve seu papel alterado, para viver Marilda, esposa de Roberto Mathias, interpretado por Fábio Júnior; e Lutero Luiz que interpretou o prefeito Flô, nesta versão, interpretou o Dr. Cazuza Amaral.
Sônia Braga, Vera Fischer, Marília Pera e Fernanda Montenegro chegaram a fazer testes para o papel da fogosa Viúva Porcina.
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