Mulheres com pênis e homens com vagina.

Morando em Barcelona, interruptamente, desde fevereiro de 2018 eu já me acostumei com a naturalidade que os espanhóis e pessoas de alguns outros países que por aqui passam lidam com a nudez. A Espanha tem muitas praias de nudismo e pelo menos os residentes desse território ibérico se sentem muito a vontade nus, também, nos vestiários das academias. Mas é claro, que vez ou outra, alguma coisa chama a atenção, como por exemplo um transexual que se dá o direito de vivenciar a liberdade tal como a grande maioria cisgênero presente na areia.


Divido em três as experiências com essas pessoas, e cada uma delas, apesar de ter uma similaridade, a reação fica mais tênue com o tempo.

A primeira vez que vi uma mulher trans, nua, foi em areias brasileiras, na praia do Pinho, em Santa Catarina. Lembro com detalhes daquela distinta senhora sentada em sua cadeira de praia, ao sol, como todos que lá estavam. Ou melhor, a cadeira era para poucos, mas quem se fazia presente sim que se bronzeava. Bem, ela poderia passar apenas como mais uma das tantas mulheres daquele dia, naquele balneário, não fosse o seu pênis que roubou a cena enquanto caminhava em direção ao mar.

Eu já tinha visto outros órgãos similares, lá mesmo inclusive, naquele dia, mas num corpo como aquele, não. Foi chocante em princípio, mas em seguida tive vontade de aplaudí-la, porque ela tinha o direito de estar lá, nua, e o usou tranquilamente.

Já em Barcelona, eu vi mais de uma vez uma mulher linda, com um corpo escultural, perfeito. Aliás, até de mais, e esse excesso de perfeição me chamou a atenção e me fez perceber que se tratava de uma mulher trans. Enquanto eu apenas a admirava, uma amiga que estava junto soltou um "joder" (roder/hoder), que em língua castelhana é similar a "caralho". Eu me senti feliz por ela, de verdade.

E a terceira vez que estive perto de uma pessoa trans foi ao fim do dia de um domingo, quando os banhistas já começavam a voltar para as suas casas e a areia ganhava mais espaço entre os que continuavam por lá. Havia um homem de frente para o mar, de costas para mim, e seria apenas mais um homem nu que eu provavelmente esqueceria logo em seguida, mas ao voltar para o seu parêo (como chamam o tecido que cobre o chão) não tinha como não perceber que lhe faltava algo, o pênis.

E da mesma forma que aquela senhora da praia do Pinho não era menos mulher por ter pênis, esse senhor da praia de Marbella não é menos homem pela falta do falo. Ou seja, não é a genitália que define a pessoa, é a essência, é como ela se identifica e como age.

Muita gente aceitando ou não, precisam se acostumar com o fato de que existem mulheres com pênis e homens com vagina, isso é uma realidade e não de agora. Eles apenas estão exercendo os seus direitos, entre tantos, o de liberdade que precisaram esperar tanto tempo para poder vivenciá-lo.

Origem do dia da mentira.

Os historiadores não têm certeza sobre onde oficialmente surgiu o Dia da Mentira e, portanto, o que existe são apenas teorias. Há alguns levantamentos que mostram que brincadeiras parecidas com as realizadas em primeiro de abril eram feitas por povos da Antiguidade, as evidências apontam para a Idade Média.

A teoria mais aceita diz que o Dia da Mentira ou “April Fools’ Day” (Dia dos Bobos de Abril), como é conhecido nos países de língua inglesa, surgiu de uma mudança no calendário utilizado na França do século XVI. Esse século ficou marcado por inúmeros debates a respeito de mudanças no calendário, pois o que era utilizado na época, o juliano, estava bastante defasado.

Na França da segunda metade do século XVI, o Ano-Novo era comemorado tradicionalmente em 25 de março, pois o início da primavera era enxergado como o momento da renovação de um ciclo. A comemoração de Ano-Novo acontecia até o dia 1º de abril, mas, em 1563, o rei francês Carlos IX propôs a mudança do Ano-Novo francês para 1º de janeiro.

Essa mudança proposta pelo rei francês foi aprovada no Parlamento, ficando conhecida como Édito de Roussillon. Com esse édito, oficializou-se a mudança do Ano-Novo na França para o dia 1º de janeiro. Acontece que muitos se recusaram a seguir a nova data e continuaram realizando sua celebração de Ano-Novo no período citado (25 de março a 1º de abril).

Essas pessoas começaram a ser alvos de zombaria na sociedade francesa e passaram a ser chamadas de Poisson d'Avril, expressão em francês que significa “tolos de abril”. A partir daí, acredita-se que a prática de realizar brincadeiras e zombarias com as pessoas em 1º de abril  se fortaleceu e se espalhou pelo mundo.

Como mencionado, existem alguns registros históricos que apontam o Dia da Mentira como uma prática mais antiga do que se acredita atualmente. Um dessas menções é de um poeta chamado Eduard de Dene, também do século XVI, que escreveu um poema que sugere práticas parecidas com as do Dia da Mentira.

No Brasil, o Dia da Mentira é tradicionalmente celebrado por meio de brincadeiras que envolvem pequenas mentiras. Em outros países, como os Estados Unidos e a Inglaterra, além das pequenas mentiras, o April Fools’ Day também é celebrado com a realização de “pranks”, brincadeiras conhecidas aqui no Brasil como “pegadinhas”.


Fonte: https://escolakids.uol.com.br/datas-comemorativas/1-de-abril-dia-da-mentira.htm

Teste os seus conhecimentos sobre desenhos animados

Quanto você sabe sobre os desenhos que assistia?

Caverna do Dragão png. Cavalo de Fogo png. Chaves png.

1 – Chaves e sua turma ficou muito popular no Brasil, o seriado foi produzido no México e ficou muito conhecido em vários países de língua espânica. Em 2006, os personagens foram transformados em desenho animado. A pergunta é:  

Qual dessas séries também se tornou um desenho animado?

A – Alf, o ETeimoso

B – Punk, A Levada da Breca

C – O Fantástico Jaspion


2 – Em 1988, estreou no Brasil a série Ducktales – Os Caçadores de Aventura, que levava dos gibis para a televisão um dos personagens mais emblemáticos da Disney, o Tio Patinhas. A pergunta é:

Quem canta o tema de abertura de Ducktales?

A – Mauricio Mattar

B – Luiz Ricardo

C – Marcelo Augusto


3 – A apresentadora Angélica, além de participar de algumas telenovelas da TV Globo e protagonizar uma minissérie na Rede Manchete, já emprestou a sua voz para uma animação. Ela dublou A Princesa Encantada. Não foi a única, pois outros apresentadores e apresentadoras já colocaram voz em personagem de desenho animado. A pergunta é:

O filme Mamãe Virei Um Peixe, de 2003, contou com a participação de que apresentadora infantil?

A – Jackelyne Petkovick

B – Eliana

C – Angélica


4 – As dublagens de filmes, séries e desenhos animados no Brasil, são famosos pela qualidade do trabalho dos profissionais envolvidos. Vários dubladores também já atuaram na televisão. A pergunta é:

Que ator fez a voz do personagem Scooby Doo?

A – Orival Pessini (Fofão)

B – Garcia Junior (He-Man)

C – Orlando Drummond


5 – A animação Anastásia, que conta a história de uma princesa russa, foi produzida pela Fox Animation Studios e foi amplamente divulgada na ocasião de sua estreia, em 1997. A pergunta é:

Que cantora latino-americana foi a escolhida para divulgar o filme na América do Sul?

A – Shakira

B – Thalia

C – Daniela Mercury


Agora tente acertar qual é a música.

1 – A junção dos termos trovão e gatos, em inglês, formam o nome dessa música

2 – A quarta vogal, mais outro termo usado para designar o espaço sideral, mais sinônimo de necessita, mais a terceira consoante do alfabeto, mais a contração de vossa mercê, que utilizamos hoje em dia, no plural, forma o nome dessa música

3 – O nome do menino que não queria crescer, forma o nome dessa música

4 – A primeira sílaba de rito, mais a primeira sílaba de tatu, mais um estilo musical similar ao hip hop, forma o nome dessa música

5 – Espécie de réptil que tem uma espessa carapaça de proteção, mais o termo que designa um habilidoso guerreiro oriental, forma o nome dessa música


Tente acertar as questões seguintes.

1 – Em que ano estreou Caverna do Dragão, no Brasil?

2 – Quantos episódios tem o desenho Cavalo de Fogo?

3 – Quantos anos tem o personagem Bart Simpson?

4 – Quantas são as Meninas Superpoderosas?

5 – A princesa Sara tem quantos anos, no desenho Cavalo de Fogo?


Para ver as respostas, clique na imagem abaixo.

Geisy Arruda

Geisy Vila Nova Arruda nasceu na cidade de Diadema, SP, no dia 5 de junho de 1989. Ela ficou conhecida após ter sido hostilizada pelos colegas da universidade Bandeirante de São Paulo, onde estudava, por conta de um vestido rosa-choque considerado curto demais por outros alunos.

A hostilização ganhou proporções que fugiram do controle da universidade, exigindo a presença da Polícia Militar para a proteção da aluna e sua saída do recinto. Os vídeos do caso, que foram gravados a partir das câmeras de celulares de outros alunos, logo se disseminaram na internet. O caso ganhou destaque na grande mídia nacional e impacto internacional, chegando a ser noticiado no The Guardian, Pakistan News, Examiner, Yahoo! Voices, The New York Times e Associated Press, com direito a reportagem na CNN.

Apesar de ter sido vítima, chegou a ser expulsa da universidade. Embora sua expulsão tenha sido revogada, ela decidiu que não voltaria a frequentar a faculdade. Posteriormente, a ação dos alunos que a hostilizaram foi repudiada e classificada como sexista pelo corpo feminino que compõe a União Nacional dos Estudantes (UNE). A Ordem dos Advogados do Brasil pediu retratação pública à aluna pela Uniban. Os senadores Valter Pereira e Eduardo Suplicy se posicionaram contra o incidente.

No ano seguinte, Geisy transformou a seu favor a infelicidade de ser hostilizada publicamente ao se tornar empresária, lançando sua grife de roupas Rosa Divino. Ela também protagonizou um videoclipe da banda Inimigos da HP, foi capa de revistas (recebendo ainda um convite para posar na Playboy), manteve-se na mídia através de diversos programas televisivos e em jornais de grande circulação, e estudou teatro na escola Oficina de Atores do professor Nilton Travesso. Em setembro, estreou como participante da terceira temporada do reality show A Fazenda, e foi a segunda eliminada. Em novembro de 2010, foi a estrela do mês de aniversário da revista Sexy.

Geisy gravou como apresentadora para um programa na TV Cidade, em Fortaleza. O nome seria Rosa Choque e deveria ir ao ar nos fins de semana com 1 hora de duração. A estreia no dia 12 de fevereiro de 2011 foi cancelada, devido as exigências feitas por sua empresária, Adriana Pessoa, não caberem nas condições da emissora.

Estreou como atriz no quadro humorístico "Escolinha do Gugu", exibido dentro do Programa do Gugu, onde interpretou uma personagem homônima Geisy. Seu bordão no programa era "Repito de ano, mas não repito o vestido". Em 2016, posou nua novamente para a revista Sexy, lançou uma linha de cosméticos e um blog de moda.

Em 2020 ela foi a convidada do programa The Noite, com Danilo Gentili, onde falou sobre sua sexualidade e também comentou sobre seu canal no YouTube, Ponto G. Na ocasião, disse que tanto homem lhe dá prazer como mulher. Mas que ultimamente estava pegando muita mulher.

O sonho do rei.

Certa vez um rei sonhou que sua família havia falecido, tendo ele ficado sozinho no mundo sem nenhum laço sanguíneo com qualquer outra pessoa. Ao despertar, pediu para que chamassem o sábio do reino para que o homem interpretasse o seu sonho.

- Majestade, disse o homem, eu não lhe trago boas notícias. Isso quer dizer que toda a sua família morrerá e o senhor será o único sobrevivente.

O rei não gostou do que ouviu e ordenou que cortassem a cabeça do infeliz homem. E imediatamente pediu que encontrassem outro sábio.

Poucas horas depois, outro homem foi levado até o rei para interpretar o seu sonho, ele já sabia do que havia acontecido com o intérprete anterior, mas não podia inventar outra interpretação, ou seria pior. Talvez a sua morte fosse mais dolorosa, ou mesmo jogado na masmorra para que morresse lentamente.

- Majestade, disse o homem, eu lhe trago boas notícias. O seu sonho quer dizer que o senhor é um afortunado, pois há de sobreviver toda a sua geração.

Contente com o que ouviu, o rei ordenou uma festa para celebrar a premonição que acabou de receber e o homem recebeu uma boa quantia em ouro pela sua sábia interpretação.


Moral da história: nós podemos falar qualquer coisa para qualquer pessoa, a questão é saber usar as palavras certas

O fim dos programas infantis - parte 2

Dando sequência a análise do porque acabaram os programas infantis, seguimos a partir do ano de 1994. Se você ainda não viu o post anterior, clique aqui.

Sérgio Mallandro png. Jacky Petkovick png. Pat Beijo png. Priscila png. Debby Lagranha png.

Em 1994 estreou o Xuxa Park que tinha um ar infantil, mas com elementos para adolescentes e família. Foi o grande retorno de Xuxa ao modelo que tinha mais a sua cara, depois da tentativa de fazer um dominical engessado.

Ao longo dos anos o Xuxa Park se definiu como infantil e os quadros para jovens foram transformados em outra atração. Aliás, o programa foi ficando cada vez mais gostoso e apesar de repetir a fórmula do Xou da Xuxa, ganhou uma cara própria, distinta. Esse ciclo se fechou no comecinho de 2001, depois de um incêndio nos estúdios da Rede Globo durante uma gravação. Não houve uma despedida formal, pois a emissora alterou a programação depois do acidente mesmo tendo alguns episódios gravados para mais algumas semanas após o ocorrido.


De volta ao SBT, Sergio Mallandro estreou um programa com o seu nome nos mesmos moldes que já fazia antes. O infantil durou até 1996, quando ele foi dispensado pela emissora que precisava enxugar gastos.

Também em 1994, Mariane assumiu o comando do Tudo Por Brinquedo, que havia sido criado para o Sergio Mallandro na CNT. A emissora transmitia em parceira com a Gazeta e ganhou destaque nacional. O apresentador ficou poucos meses no infantil e optou por voltar ao SBT para estrear um programa no mesmo formato que já fazia antes de ir para a Globo. Mariane reinou nas tardes da semana, mas em 1995 a CNT e a Gazeta romperam a parceria e o programa não pode ser continuado por falta de patrocinadores. Assim chegou ao fim o Tudo Por Brinquedo.

Ainda em 1995, Mariane assinou com a Rede Record e estreou o programa Tarde Criança. Mas a emissora passava por grandes dificuldades na época e em menos de um ano o infantil saiu do ar. Ou seja, o fim do Tarde Criança aconteceu por falta de estrutura.

Com a saída de Mylla Christie a Rede Manchete abriu testes para uma nova apresentadora e aprovou a Miss Patricia Nogueira que assumiu o nome artístico de Pat Beijo para comandar o Clube da Criança. No entanto, emissora não pode dar continuidade ao projeto por falta de recursos, e assim, em 1995 o infantil chegou ao fim pela quarta vez.

Em 1996 a Angélica aceitou o convite da Globo e assinou com a emissora para estrear o Angel Mix, apesar de Silvio Santos ter outros projetos para ela. O programa que mesclava quadros infantis com outros voltado ao público adolescente passou por várias reformulações, e em 2000, depois de várias trocas de diretores e de formato, saiu do ar. Ou seja, não havia mais remédio, o projeto era um mix tão grande que mirou em vários públicos e não acertou ninguém, pelo menos não na proporção que esperavam para o programa ser um sucesso. Assim, chegou ao fim o Angel Mix.

Em 1996 a Mara retornou a tv brasileira, dessa vez na Record, com o programa Mara Maravilha Show, que inicialmente era exibido aos sábados, mas depois de uns três meses passou a ser transmitido diariamente, à tarde. Em 1997, ela estreou outro programa pelas manhãs, intitulado Mundo Maravilha, com outro formato, mais didático e sem plateia, levando assim ao fim o Mara Maravilha Show.


A emissora não conseguiu manter a qualidade do Mundo Maravilha. Com o passar do tempo o infantil foi perdendo investimento e quadros até se limitar a Mara apresentado os desenhos animados, até finalmente sair do ar. Depois disso ela nunca mais voltou a apresentar programas infantis.

Em 1997 a Rede Manchete fez mais uma tentativa de apresentar o Clube da Criança. Dessa vez com Debby Lagranha que tinha 5 anos na época. O programa não tinha plateia, contava apenas com a pequena apresenadora e um coelhinho marionete como auxiliar, e durava trinta minutos.

Em 1998, a emissora foi vendida e transformou-se em Rede TV!. Toda a programação foi trocada e consequentemente o Clube da Criança chegou ao fim pela quinta vez.

Em 1998 Eliana estava sendo sondada pela Record e pela Globo, e Jackeline Petkovic que apresentava o programa Fantasia foi escalada para fazer testes como apresentadora do Bom Dia & Cia. Silvio Santos gostou tanto do piloto com a moça que resolveu coloca-la junto com a Eliana, caso a apresentadora resolvesse ficar na emissora. É óbvio que ela não gostou e assinou com os bispos, assim Jacky assumiu o seu lugar no infantil.

Jacky deu super certo como apresentadora infantil e se tornou uma estrela, mas com o passar do tempo, como a emissora precisava fazer cortes devido a outra crise financeira, começou a tirar elementos do infantil e por fim tirou a apresentadora para colocar uma dupla de crianças em seu lugar por um salário inferior. Em entrevistas ela disse que tinha sido dispensada pelo menos outras duas vezes antes e chamada de volta devido a contrato com patrocinadores.

Assim que saiu do SBT, Eliana não tardou em estrear o seu novo infantil na Rercor intitulado Eliana & Alegria, que se assemelhava bastante ao que já fazia antes. O programa passou por algumas adaptações, inclusive de horários e durou até meados de 2002, quando foi transformado em uma atração voltada ao público adolescentes.

Com o fim do Angel Mix, em outubro de 2000, Angélica passou a atuar no Bambuluá, que tinha o formato de uma série. Dentro desse programa ela era âncora do TV Globinho, que era um quadro do infantil.

No fim do ano de 2001, Angélica decidiu retomar a sua carreira de apresentadora e apresentou o projeto de um game show para a emissora, estreando como uma extensão do Vídeo Show. Assim, o programa Bambuluá chegou ao fim.

Assim, em 2002, a TV Globinho, que antes era um quadro de Bambuluá, passou a ser um programa independente e teve vários apresentadores. Dentre eles, algumas meninas tinham sido Paquitas, outras Angels, e todos, praticamente, eram atores e atrizes.

Em 2005, com a estreia do TV Xuxa, o TV Globinho foi para os sábados. Isso tudo durou três anos porque em 2008 o TV Xuxa foi reformulado, de infantil passou a ser direcionado para toda a família, e de diário passou a ser semanal, assim o TV Globinho voltou a ser diário e se manteve até 2012, quando voltou aos sábados para dar espaço a Fátima Bernardes com o seu programa Encontro. Em 2015 saiu do ar definitivamente.


Em 2002, 10 anos depois do fim do Xou da Xuxa, a rainha dos baixinhos voltou a fazer programa infantil diário. Ela estreou o Xuxa no Mundo da Imaginação que tinha uma proposta mais pedagógica, educativa, mas com o tempo foi sendo moldado e adaptado para aumentar a audiência.

Em 2004, o Xuxa no Mundo da Imaginação chegou ao fim. Já não era o mesmo programa que havia estreado em 2002, pois nessa época já tinha se transformado numa versão menos cativante e interessante do Xou da Xuxa, ou do Xuxa Park. Além disso, a emissora tinha um novo projeto para ela.

Em 2002, Eliana & Alegria foi transformado em Eliana na Fábrica Maluca que era voltado a um público mais adolescentes. O programa foi trocado de horário várias vezes, passou por várias reformulações e até classificado para a faixa etária de 12 anos, o que só poderia passar no fim do dia. Diante de vários comentários negativos e baixa audiência, a apresentadora disse que não queria mais falar com o público infantil e até se ofereceu para voltar ao SBT sem salário, para um novo formato de programa.

Ou seja, o Eliana na Fábrica Maluca acabou por falta de audiência e por desinteresse da própria apresentadora em seguir tentando e ajustando o programa.

Em 2005 estreou o TV Xuxa, diariamente, com nave espacial e tudo, mas dessa vez digital. O programa apresentava jogos, musicais e desenhos animados. Continuava educativa, mas com mais pinta dos áureos tempos, no entanto, esse formato durou até o final de 2007 e foi totalmente reformulado em 2008. O programa de infantil passou a ser direcionado para toda a família, e de diário passou a ser semanal.

Esse foi o último programa de auditório para os pequeninos, e um dos últimos do gênero na história da televisão. Em 2012, saiu uma portaria do Conanda com o objetivo de pregar o bom samaritanismo em favor das crianças proibindo toda e qualquer propaganda direcionada a esse público na TV aberta, somente na TV aberta. Embora o código do consumidor já proibisse campanhas nocivas, ou seja, não era permitido, por exemplo, comercial de cerveja e de cigarros na grade infantil. E hoje em dia esse tipo de anúncio foi praticamente extinto das emissoras.

Como a televisão sobrevive de publiciadade, tornou-se inviável manter uma grande de programação infantil ativa. Infelizmente quem saiu perdendo foram as crianças das famílias que não têm condições de pagar TV por assinatura ou streaming.

Para assistir a este conteúdo, clique na imagem abaixo.

Paulo Vaz

O influencer Paulo Vaz morreu na segunda-feira, 14 de março de 2022. Popó, como era mais conhecido nas redes sociais, era esposo do influencer Pedro HMC, do canal Põe na Roda, desde 2019. Ele era policial civil e também ficou conhecido por ser um dos poucos homens trans que trabalhavam na polícia.

Paulo passou a ganhar notoriedade na mídia ao utilizar as redes sociais para viabilizar as causas das pessoas trans. Ele trabalhava como agente de segurança desde abril de 2018, em São Paulo. o rapaz era casado com o youtuber Pedro HMC, do canal Põe na Roda - um dos maiores canais do Brasil que trata de assuntos da cultura e entretenimento LGBTQIA+, com mais de 220 milhões de acessos no YouTube.

Na noite daquela segunda, o perfil do Instagram do Põe na Roda estava indisponível e até então a causa da morte de Paulo não havia sido divulgada.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) postou o seguinte texto: "Acabamos de saber que o @popo_vaz nos deixou. Infelizmente perdemos mais um de nós que não suportou continuar em uma sociedade tão violenta e desumana. Obrigada por tudo! Seguiremos em luto, na luta. Não é hora de especular sobre a morte do Paulo. Respeitem a dor de quem perdeu um amigo, marido, filho e irmão. É hora de silenciar e refletir. Precisamos pensar em formas de construir um mundo onde as pessoas queiram viver."

A síndrome do bom menino

 A maioria dos meus pacientes gays chega na psicologia com um mesmo histórico.

Na infância eram estudiosos e queridos pelso professores, considerados um bom exemplo para as demais crianças, eram tímidos, introvertidos e faziam muitas tarefas sozinhos.

Na vida adulta tendem a se sacrificar pelos demais, se preocupam com a saúde das pessoas queridas, se sentem responsáveis pelo bem-estar de familiares, têm dificuldades de pedir ajuda, tentam resolver os conflitos e problemas dos outros.

As histórias sempre falam de um menino que aprendeu cedo a esconder e ignorar suas vontades e inseguranças para cuidar dos outros.

Vivemos numa sociedade homofóbica e patriarcal que acredita que a homossexualidade é uma ameaça para estrutura social. Assim, toda criança que se comporta de forma diferente do padrão de gênero está sujeita a críticas e diversas formas de abuso.

Por serem identificados como femininos e inferiores, meninos gays são facilmente vítimas da violência social.

A maioria dos meus pacientes relata ter sofrido bullying na escola e em casa a partir dos 8 anos de idade. Os abusos são normalmente físicos e psicológicos, mas também sexuais.

Como não entende o porquê é tratado de forma hostil, o menino gay internaliza a ideia de que há algo errado com ele.

A homofobia aumenta na medida em que o menino gay entra na puberdade. E por ser violentado até na família, muitas vezes se sente confuso, com medo e só, sem ter com quem falar sobre e pedir ajuda.

Com o tempo, o medo da violência se junta aos sentimentos de culpa e vergonha por ser gay. Então o menino tem duas opções: se revoltar e talvez sofrer mais bullying, ou se reprimir e tentar evitar as agressões.

Quase sempre escolhemos nos reprimir. O que, além de não evitar a violência, nos traz uma série de traumas e consequências.

O bom menino é um personagem criado para proteger um menino agredido e reprimido por ser gay. Por isso, um dos pontos principais nas sessões  de psicoterapia com pacientes gays é o trabalho de autenticidade.


Fonte: @meupsiegay

https://www.instagram.com/p/CbFmqDuvdNH/

O fim dos programas infantis - parte 1

Lembra daqueles programas infantis que tinha uma apresentadora, ou apresentador, que fazia brincadeiras, ensinava coisas e passava desenho?

Xuxa 1986 png. Mariane Dombrova png. Mara Maravilha png. Angélica png. Eliana png.

Era tão legal, e de repente acabou. Veja abaixo porque é que eles sairam do ar. Para começar vamos até o início da década de 80.

O Bozo entrou no ar em rede nacional, em 1981, quando o SBT estreou. O infantil reinava absoluto pelas manhãs até a estreia do Xou da Xuxa, em 1986. Vários apresentadores vestiram a fantasia do palhaço, o último foi Décio Roberto que permaneceu no comando da atração até 1991, quando o programa foi extinto dada a dificuldade que a emissora enfrentava para renovar os direitos de imagem do personagem e pela saúde debilitada do artista que acabou falecendo no mesmo ano.

Diante do sucesso do Bozo, no SBT, os diretores da Globo resolveram criar um programa infantil com tema de circo também, e assim a Simony do grupo Balão Mágico foi convidada para estrelar o programa com o mesmo nome do trio, que entrou no ar em 1983. Os personagens Fofão e Cascatinha foram criados para auxilia-la e mais tarde os outros dois integrantes, Mike e Tobe, passaram a atuar na TV também.

A Globo continuava perdendo no IBOPE para o SBT e com a popularidade da Xuxa em alta viram nela uma opção de reforço para as manhãs da emissora. A apresentadora dividiria a grade com o Balão Mágico, mas Simony não gostou da ideia e resolveu deixar o programa. Sem ela, o Balão Mágico se manteve no ar apenas enquanto eram feitos os ajustes necessários para a estreia do Xou da Xuxa, sendo extinto em junho de 1986.

Em junho de 1983 a então modelo Xuxa Meneghel estreou como apresentadora do Clube da Criança na Rede Manchete. Ela popularizou um jeito diferente de fazer programa infantil e chamou a atenção dos diretores da Globo que a convidaram para apresentar um programa lá. Ela aceitou, dando fim ao Clube da Criança pela primeira vez.

Em 1986 Xuxa assinou contrato com a Globo e na metade do ano estreou o seu bem-sucedido Xou da Xuxa, liderando a audiência na faixa da manhã. O programa fez tanto sucesso que foi reproduzido até no exterior, fato que culminou no fim da atração no Brasil, pois diante de tantos convites e oportunidades para estender a sua carreira a nível internacional, a rainha dos baixinhos precisava abrir espaço em sua agenda. O melhor infantil da TV chegou ao fim no final de 1992.

Ao deixar a TV Globo, Simony foi para a Rede Manchete e estreou um programa chamado Nave da Fantasia quase nos mesmos moldes do Balão Mágico e esteve no comando da atração por aproximadamente um ano.

Com a saída de Simony, o diretor Mauricio Sherman colocou a Angélica em seu lugar. Ele a havia conhecido durante a audição de um grupo musical infantil na emissora e resolveu contratá-la, no entanto, sua passagem pelo infantil foi curta, pois Adolpho Bloch, o dono da Rede Manchete, não estava satisfeito com a audiência do mesmo e pediu que acabassem com ele de uma vez, demitindo todo o elenco. Esse foi o fim da Nave da Fantasia.

Silvio Santos, vendo que a fórmula do Xou tinha dado certo, resolveu criar a sua própria Xuxa. Ele pediu que produzissem um programa similar para Mara Maravilha que já tinha apresentado alguns quadros na emissora, além de fazer parte do júri do Show de Calouros com o Silvio Santos e de ser repórter do Viva a Noite com o Gugu. Assim, em abril de 1987 estreou o Show Maravilha nas tardes do SBT, superando todas as expectativas.

O programa tinha praticamente a mesma audiência do Xou da Xuxa, mas não era uma concorrente direta porque passava em horário diferente. Apesar das várias mudanças de horários e reformulações, manteve-se no ar até 1994 e acabou por decisão de Mara, pois a direção da emissora queria cortar gastos e o infantil passaria por uma reforma radical perdendo a plateia, os assistentes de palco e até mesmo o cenário convertendo-se em uma sessão de desenhos. É claro que a apresentadora não aceitou e assim chegou ao fim o bem-sucedido Show Maravilha.

Ainda em 1987, Silvio Santos resolveu ampliar a grade infantil da emissora e encomendou um programa para Sergio Mallandro que, assim como Mara, já estava no SBT e havia atuado em várias atrações. Ele estreou o OraduKapeta, dividindo a faixa da manhã com o Bozo.

Sergio Malandro comandou o infantil até 1990, quando gravou o filme Lua de Cristal com Xuxa e assinou contrato com a TV Globo, dando fim ao Oradukapeta.

Na Rede Manchete, o diretor Sherman desobedeceu o patrão e poupou a Angélica mantendo-a meio escondida na emissora, colocando ela no ar em horários que Adolpho Bloch não assistia TV. A adolescente atuou no programa Shock, nas tardes de sábado, até o Clube da Criança voltar a grade, em outubro de 1987.

Angélica comandou a melhor fase do infantil, mas em 1992, diante das dificuldades financeiras da emissora e dos convites que recebia da Globo e SBT, aceitou o convite de Silvio Santos rompendo o contrato com a Manchete no comecinho de 1993. Assim o Clube da Criança acabou pela segunda vez.

Em 1988, Silvio Santos presentou a Simony com o programa Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony, com um lindo cenário e mais conceitual do que todos os infantis existentes no momento, mas não durou muito tempo.

A audiência não estava satisfatória e a Simony deixou a entender que estava sendo boicotada, disse que alguns assistentes de palco apareciam mais do que ela e que não estava gostando do formato do programa porque não podia ser muito natural. E assim, Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony chegou ao fim.

Em 1989, com a saída da Simony, Mariane Dombrova assumiu o comando do programa que passou a se chamar Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si, que teve mais um ano de vida, pois em 1990, a apresentadora ganhou um programa com o seu nome e o Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si chegou ao fim.

Em 1990, Simony ganhou um novo programa, o Show da Simony que passava às 7h30 da manhã e tinha em média três pontos de audiência, com pico de seis, o que para a faixa do horário era maravilhoso, mas um ano depois ela preferiu direcionar sua energia para a carreira musical e assim chegou ao fim o Show da Simony.

Mariane estreou o programa que levava o seu nome no dia em que fez aniversário, 7 de setembro de 1990, e ficou um ano o comando da atração. Nessa época o SBT passava por uma crise financeira e não atendia os pedidos da apresentadora para melhorias em seu programa, então resolveu cortar o cabelo.

Sua atitude foi reprovada por Silvio que resolveu castiga-la colocando-a no horário que antes era da Simony. Pouco tempo depois, em 7 de setembro de 1991, ela foi demitida. E assim se acabou o programa Mariane.

Foi nesse ano, 1991, que a Eliana foi convidada para fazer teste como apresentadora, até então ela era integrante do grupo musical Banana Split. A gravação foi feita no cenário do programa da Mariane e teve Cristina Rocha como concorrente, mas foi a escolhida para ocupar um horário na faixa da manhã e estreou o Festolândia.

O programa não vingou. Não deu o resultado esperado e era caro para mantê-lo no ar. Primeiro se tornou semanal, mas depois de quatro meses depois saiu do ar. Foi assim que acabou o Festolândia, por falta de audiência. 

Em 1992, o programa Show do Mallandro, que era um musical nas tardes de sábado, se converteu em infantil e diário. Ia ao ar às 8h da manhã, antecedendo o Xou da Xuxa. Nesse ano a Xuxa decidiu acabar com o seu programa e com a sua saída, o Sergio Mallandro também saiu do ar, pois a emissora optou por renovar a grade com um novo formato para as crianças, e assim acabou o Show do Mallandro.

Em 1993, influenciada pelo sucesso da série Família Dinossauros, a Rede Globo estreou o programa TV Colosso, que era apresentado completamente por bonecos e ocupava toda a faixa da manhã. Há informações de que a atração duraria poucos meses, até que Angélica estive pronta para estrear na emissora, mas ela acabou indo para o SBT.

A cachorrada fez a festa até a metade de 1996, quando Angélica não renovou com o SBT e assinou contrato com a Globo, estreando nas manhãs. Os produtores do infantil não tiveram seus contratos renovados e alguns episódios foram reprisados, saindo totalmente do ar no final do ano. Assim se acabou a TV Colosso.

Em 1993, a atriz Mylla Christie aceitou o desafio de comandar o Clube da Criança na Rede Manchete com uma linguagem circense. Mas diante das dificuldades financeiras, diferente dos anos anteriores, a emissora apenas cedeu a sua estrutura sem compromisso de pagar salários para a apresentadora, ficando a seu cargo a busca por anunciantes. Nesse período Mylla lançou um álbum musical e se manteve no comando da atração até meados de 1994, dando fim ao Clube da Criança pela terceira vez, com menos de um ano desde a sua estreia.

Depois de dois anos apresentando desenhos animados diante de uma tela de chroma key no SBT, Eliana estreou em agosto de 1993 um programa mais bem elaborado diferente dos formatos que dominavam as emissoras, o Bom Dia & Cia. O programa passou por várias reformulações ao longo dos anos, a primeira ocorreu em 1996, quando se converteu em Eliana & Cia, mantendo o mesmo formato, mas alterando o título. A sua saída do infantil ocorreu em 1998, ao resolver assinar contrato com a Record que lhe oferecia as reivindicações que Silvio Santos negou.

Em 1993, ao entrar no SBT, Angélica faria um programa diferente do Clube da Criança, mas ela não gostou do resultado dos pilotos e uma das justificativas era que perdia o protagonismo na atração. Depois de vários ajustes e troca da equipe de produção, estreou o Casa da Angélica no bom e velho formato do Xou da Xuxa que durou até 1996. No último ano, o infantil teve o seu tempo de duração reduzido a meia hora e foi transferido para às 7h30 da manhã, já que pela tarde a apresentadora comandava outros dois programas, o Passa ou Repassa e o TV Animal.

Com o fim do contrato, Angélica optou por aceitar o convite da TV Globo, dando fim ao Casa da Angélica.

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Cássio Scapin

Cássio Luiz de Souza Scapin nasceu em São Paulo, no dia 11 de dezembro de 1964. Ele ficou conhecido por ter interpretado o Nino no seriado infantil Castelo Rá-Tim-Bum.

Cássio é formado em arte dramática e trabalhou em mais do que 20 espetáculos no Brasil e na Itália. Recebeu os prêmios Mambembe, Governador do Estado, Troféu APCA, e em 1998 foi escolhido como Melhor Ator nos prêmios Apetesp e Shell, por sua interpretação em Memórias Póstumas de Brás Cubas, comédia musical de Machado de Assis.

Cássio também participou de telenovelas, filmes e minisséries, mas o seu personagem mais conhecido é Nino, do programa infantil Castelo Rá Tim Bum da TV Cultura.

No dia dos namorados de 2021, em 12 de junho, ele compartilhou em seu Instagram fotos e declarações para o namorado, que retribuiu a publicação.